terça-feira, 26 de janeiro de 2016

1ª Parte do Grande Expediente 29/09/2015 Discurso 77ª Sessão

1ª Parte do Grande Expediente
29/09/2015

Discurso
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77ª Sessão

Senhor Presidente, senhores vereadores, senhoras e senhores, os reboques e as multas em Jacarepaguá estão se tornando um problema muito sério para comerciantes e para os clientes do bairro. Nós temos recebido inúmeras reclamações através de cartas, através de Facebook, através de contato pessoal com nosso gabinete itinerante, através de telefonemas. Não só, repito, dos comerciantes, como também dos clientes. Eu vou, para ratificar isso que acabo de dizer, ler para os senhores um e-mail que recebi de uma das comerciantes doValqueire. Esse problema em Valqueire também acontece na Praça Seca, também acontece na Taquara, no Tanque e na Freguesia.
Todo o bairro está realmente sofrendo muito com essa questão dos reboques e das multas. Passo à leitura do ‘e-mail’ da comerciante, cujo nome eu vou omitir. Vou ler como ela escreveu:
“Sou comerciante no Valqueire e, como eu, todo o comércio vem pagando um alto preço por não ter lugar para estacionar, e ser vítima do reboque diariamente.
Desde outubro do ano passado, claro que, além da crise, que é grande com o nosso governo, temos sido punidos por não ter onde os clientes estacionarem.”
Repito: estou lendo ipsis litteris.
“Por várias vezes, o cliente vai fazer algo no comércio local, como unha, como comprar uma roupa, e, quando volta, seu carro não se encontra. Aí, a grande dúvida: foi roubado ou rebocado?
O cliente não tem voltado, deixando, assim, de utilizar o comércio do Valqueire, onde teve uma queda nas vendas muito grande, pois o cliente já está de carro e, ao invés de vir para o comércio do Valqueire, que não tem onde estacionar, busca um shopping ou bairros mais próximos que tenham onde estacionar.
O comerciante também sofre, pois vem trabalhar e tem que colocar seu veículo muito longe do local do seu trabalho, onde não tem iluminação e onde corremos risco constante de assaltos.
Penso que, de forma organizada, poderia permitir o estacionamento dos veículos no Valqueire, pois, quando teve o interesse, a Prefeitura colocou guardadores e, onde não é permitido, se tornou permitido. Mas o povo ficou chateado e a Prefeitura tirou a maioria dos guardadores e colocou a placa de ‘Não estacionar.”
Estou lendo ipsis litteris.
“Gostaria da ajuda para poder fazer o comércio voltar a crescer como vinha crescendo, mas que agora estacionou, e já estamos vendo que pode iniciar para regredir. No Natal do ano passado e em outras datas festivas, ficamos espantados com o movimento. Os clientes estão com medo, pois não têm onde estacionar e quando mesmo assim o fazem, correm o risco. Pode verificar com o comércio a quantidade de carros rebocados.
Por favor, peço a ajuda para voltar o movimento dos clientes, pois está difícil, não só com a crise, mas também com a falta de local para parar o automóvel.
Desde já agradeço a atenção e aguardo o seu contato.”
Então, esse pânico que existe entre os motoristas e entre os clientes é uma coisa que está muito séria. Entende que tem que haver ordem para estacionar nos lugares devidos – isso ninguém discute. Ninguém é contra a ordem, mas essa ordem tem que ser de tal maneira que haja um equilíbrio nos interesses. Ordenar é importante, mas também organizar, disciplinar de uma maneira a que os próprios proprietários dos estabelecimentos possam colocar os seus veículos em segurança, e principalmente os clientes possam comprar nessas lojas comerciais.
A reclamante cita que compreende que há uma crise no Brasil, e que os comerciantes, os empresários em geral estão sofrendo com essa crise. Mas, indubitavelmente, quando a gente cria normas ou situações punitivas para aprofundar essa questão, não há como os empresários garantirem emprego e renda.
Então, em nome dos clientes – claro que não é a maioria –, dos empresários e até pequenos empresários, comerciantes, eu venho pedir ao Secretário de Ordem Pública e às demais autoridades envolvidas no processo que estudem viabilizar a questão de como estacionar próximo a essas, que não são conflituosas, não há grande circulação de automóveis. Há casos inclusive de academias de ginástica que não têm estacionamento, e quando foi dado alvará não tinha, não tem, mas se foi dado alvará estão autorizadas a funcionar e a qualquer hora, às vezes até domingos e feriados, as pessoas não podem frequentar essas academias, não podem visitar seus parentes porque a repressão é muito grande.
Então, em nome da população de Jacarepaguá, repito, e dos comerciantes, peço isso à Prefeitura para viabilizar a manutenção do comércio local.

Obrigado.