quinta-feira, 31 de maio de 2012

As imundas estratégias de Lula para desmoralizar o STF.


Está em curso uma operação para tentar desestabilizar Mendes e forçá-lo a se declarar impedido de julgar o mensalão. Ou: Desavergonhados, petistas proclamam por aí ter quatro votos certos pela absolvição da súcia

Está em curso, e não chega a ser exatamente uma novidade, uma operação de desestabilização do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma ação ampla, que encontra eco até mesmo dentro do tribunal. O JEG não esconde o propósito, escancara-o em suas páginas financiadas com dinheiro público: querem que ele se declare impedido de participar do julgamento dos mensaleiros, na suposição — sem lastro na realidade! — de que estaria praticando prejulgamento. É uma falácia. Nada no histórico de votos do ministro no STF indica antipetismo militante. Ao contrário até: Mendes foi um dos que inocentaram — e deixei clara, então, a minha discordância — Palocci no caso da quebra do sigilo do caseiro, por exemplo. Por se tratar de questão de natureza criminal, entendeu que não poderia condenar sem a prova provada, a ordem explícita para que um subordinado executasse a tarefa. Como essa evidência documental não existia, optou, então, pela absolvição. A questão, claro!, tem mais meandros do que isso. Faço uma síntese.

E por que agora todo esse barulho em relação ao mensalão em particular? Medo do suposto preconceito anti-PT? Uma ova! Medo das evidências que estão nos autos, isso sim! Os petistas não fazem segredo de que têm os “seus ministros” — aqueles cujos votos dão como favas contadas. Não listo aqui porque poderia apenas estar dando curso a uma difamação. O fato é que eles não escondem de ninguém que consideram que QUATRO VOTOS ESTÃO GARANTIDOS.

Certos ou errados, os petistas avaliam que Mendes e Cezar Peluso votarão contra os mensaleiros. E acham que Ayres Britto pode seguir o mesmo caminho. Assim, Lula quer adiar o julgamento para 2013 porque estes dois últimos já não estariam na corte. Para inocentar a súcia, bastam 6 votos — no caso de o tribunal estar completo.

Ganhar de goleada

Lula pôs na cabeça que não basta vencer, não! Ele quer ganhar de goleada. Acha que uma vitória apertada, por um voto, deixaria no ar a suspeita de arranjo. Tem de ser um placar convincente. Um julgamento sem Peluso e Britto e com um Mendes impedido seria um sonho.

É esse o pano de fundo dessa baixaria. A canalha tenta desmoralizar Mendes, mas está, na prática, é desmoralizando todo o Supremo. A cada vez que petistas dão como líquido e certo o voto de ao menos quatro ministros, tratam o tribunal como se fosse mera extensão ou franja do partido, dando a entender que passou a existir um critério para integrar a corte. Não por acaso, os setores mais extremistas do petismo tratam Joaquim Barbosa e Peluso como traidores e Britto como um possível ingrato. Mendes, por óbvio, está no radar desde sempre porque indicado para o tribunal por FHC.

Trabalho sujo

Os setores da imprensa que não dividem espaço no lixão financiado do lulo-petismo que dão curso às críticas a Gilmar Mendes — indo além da notícia, censurando o seu ato de coragem — estão contribuindo, na prática, para desmoralizar o Supremo. Engrossam a corrente daqueles que querem fazer do tribunal um quintal do Executivo, a exemplo do que se vê na Venezuela, na Argentina, no Equador, na Bolívia ou na Nicarágua, esses notáveis exemplos de cultura democrática.

Por Reinaldo Azevedo ( Veja )

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Gilmar diz a Lula : "O Brasil não é a Venezuela de Chávez" !


Gilmar Mendes diz que ‘intuito é trazer STF à vala comum’.Ministro critica ex-presidente Lula e fala em ação orquestrada para enfraquecer instituição
                                        Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes

  O Globo / Gustavo Miranda

Indignado com o que afirma ser uma sórdida ação orquestrada para enfraquecer o Supremo, levar o tribunal para a vala comum, fragilizar a instituição e estabelecer a nulidade da Corte, o ministro Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira, em entrevista no seu gabinete no início da noite, que o Brasil não é a Venezuela de Chávez, onde o mandatário, quando contrariado, mandou até prender juiz. Gilmar acredita que por trás dessa estratégia está a tentativa de empurrar o julgamento do mensalão para pegar o STF num momento de transição, com três juízes mais jovens, recém-nomeados, dois dos mais experientes para sair, uma presidência em caráter tampão.

Gilmar, que afirma ter ótima relação pessoal com Lula, conta que se surpreendeu com a abordagem recente do ex-presidente na casa do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar afirma que há estresse em torno do julgamento do mensalão e diz que os envolvidos estão fazendo com que o julgamento já esteja em curso. Ironicamente, diz, as ações para abortar o julgamento estão tendo efeito de precipitá-lo.

Entrevista :

GILMAR MENDES: Começou de forma absolutamente normal. Aí eu percebi que ele entrava insistentemente com tema da CPMI, dizendo do controle, do poder que tinha. Na terceira ou quarta vez que ele falou, eu senti-me na obrigação de dizer pra ele: “Eu não tenho nenhum temor de CPMI, eu não tenho nada com o Demóstenes”.

Isso soou a ele como provocação?

GILMAR: Isso. A reação dele foi voltar para a cadeira, tomou um susto. E aí ele disse: “E a viagem a Berlim? Não tem essa história da viagem a Berlim?” Aí eu percebi que tinha uma intriga no ar e fiz questão de esclarecer.

Antes disso ele tinha mencionado o mensalão?

GILMAR: É. Aqui ocorreu uma conversa normal. Ele disse que não achava conveniente o julgamento e eu disse que não havia como o tribunal não julgar neste ano. Visões diferentes e sinceras. É natural que ele possa ter uma avaliação, um interesse de momento de julgamento.

Isso é indício de que o presidente Lula não se desprendeu do cargo?

GILMAR: Não tenho condições de avaliar. Posso dizer é que ele é um ente político, vive isso 24 horas. E pode ser que ele esteja muito pressionado por quem está interessado no julgamento.

Na substituição de dois ministros, acha que as nomeações podem atender a um critério ideológico?

GILMAR: É uma pressão que pode ocorrer sobre o governo. Toda minha defesa em relação ao julgamento ainda este semestre diz respeito ao tempo já adequado de tramitação desse processo. O presidente Ayres Britto tem falado que o processo está maduro. Por outro lado, a demora leva à ausência desses dois ministros que participaram do recebimento da denúncia e conhecem o processo, que leva à recomposição do tribunal sob essa forte tensão e pressão, o que pode ser altamente inconveniente para uma corte desse tipo, que cumpre papel de moderação.

A partir da publicação da conversa do presidente Lula com o senhor, os ministros do STF estariam pressionados a condenar os réus, para não parecer que estão a serviço de Lula?

GILMAR: Não deve ser isso. O tribunal tem credibilidade suficiente para julgar com independência (...) O que me pareceu realmente heterodoxo, atípico, foi essa insistência na CPMI e na tentativa de me vincular a algo irregular. E de forma desinformada.

Quem está articulando o adiamento do mensalão dá um tiro no pé?

GILMAR: Acho que sim. E talvez não reparar que o Brasil não é a Venezuela de Chávez... ele mandou até prender juiz. Um diferencial do Brasil é ter instituições estáveis e fortes. Veja a importância do tribunal em certos momentos. A gente poderia citar várias. O caso das ações policialescas é o exemplo mais evidente. A ação firme do tribunal é que libertou o governo do torniquete da polícia. Se olharmos a crise dos jogos, dos bingos, era um quadro de corrupção que envolvia o governo. E foi o Supremo que começou a declarar a inconstitucionalidade das leis estaduais e inclusive estabeleceu a súmula. Eu fui o propositor da súmula dos bingos.

Depois que o ministro Jobim o desmentiu, o senhor conversou com ele?

GILMAR: Sim. O Jobim disse que o relato era falso. Eu disse: “Não, o relato não é falso”. A “Veja” compôs aquilo como uma colcha de retalhos, a partir de informações de várias pessoas, depois me procuraram. Óbvio que ela tem a interpretação. O fato na essência ocorreu. Não tenho histórico de mentira.

O julgamento já está em curso?

GILMAR: Sim, de certa forma. Por ironia do destino, talvez essas tentativas de abortar o julgamento ou de retardá-lo acabou por precipitá-lo, ou torná-lo inevitável.

O momento é de crise?

GILMAR: Está delicado. O país tem instituições fortes, isso nos permite resistir, avançar.

Tem uma ação deliberada de tumultuar processos em curso?

GILMAR: Ah, sim.

Existe fixação da figura do senhor?

GILMAR: Isso que é sintomático. Ficaram plantando notícias.

Qual o motivo disso?

GILMAR: Tenho a impressão de que uma das razões deve ser a tentativa de nulificar as iniciativas do tribunal em relação ao julgamento desse caso.

Mas por que o senhor?

GILMAR: Não sei. Eu vinha defendendo isso de forma muito enfática (o julgamento do mensalão o quanto antes). Desde o ano passado venho defendendo isso. O tribunal está passando por um momento muito complicado. Três juízes mais jovens, recém-nomeados, dois dos mais experientes para sair, uma presidência em caráter tampão. Isso enfraquece, debilita a liderança. Já é um poder em caráter descendente.

Um tribunal com ministros mais recentes é mais fraco que um com ministros mais experientes?

GILMAR: Não é isso. Mas os ministros mais recentes obviamente ainda não têm a cultura do tribunal, tanto é que participam pouco do debate público, naturalmente.

Dizem que os réus do mensalão querem adiar o julgamento para depois das substituições.

GILMAR: Esse é um ponto de ainda maior enfraquecimento do tribunal. Sempre que surge nova nomeação sempre vêm essas discussões acerca de compromissos, que tipo de compromissos teria aceito. Se tivermos esse julgamento, além do risco de prescrição no ano que vem, vamos trazer para esses colegas e o tribunal esta sobrecarga de suspeita.

Haverá suspeita se a indicação deles foi pautada pelo julgamento?

GILMAR: Vai abrir uma discussão desse tipo, o que é altamente inconveniente nesse contexto.

O voto do senhor na época da denúncia não foi dos mais fortes...

GILMAR: Não. É uma surpresa. Por que esse ataque a mim? Em matéria criminal, me enquadro entre os mais liberais. Inclusive arquei com o ônus de ser relator do processo do Palocci, com as críticas que vieram, fui contra o indiciamento do Mercadante, discuti fortemente o recebimento da denúncia do Genoino lá em Minas. Ninguém precisa me pedir cautela em termos de processo criminal. Combato o populismo judicial, especialmente esse em processos criminais, denuncio isso.

Todas as figuras que o senhor citou são petistas proeminentes. Por que querem atacar o senhor agora?

GILMAR: Desde o início desse caso há uma sequência de boatos, valendo-se inclusive desse poder perverso, essa associação de vazamentos, Polícia Federal, acesso de CPI. Como fizeram com o (procurador-geral da República, Roberto) Gurgel, de certa forma.

Um ex-presidente empenhado em pressionar o STF não mostra alto grau de desespero com a possibilidade de condenação no mensalão?

GILMAR: É difícil classificar. A minha indignação vem de que o próprio presidente poderia estar envolvido na divulgação de boatos. E a partir de desinformação, esse que é o problema.

Ele pode ter sido usado?

GILMAR: Sim, a sobrecarga... Ele não está tendo tempo de trabalhar essas questões, está tratando da saúde. Alguém está levando esse tipo de informação. Fui a Berlim em viagem oficial. Por conta do STF. Pra que ficar cultivando esse tipo de mito? São historietas irresponsáveis. Qualquer agente administrativo saberia esclarecer isso.


Esses ataques não atingem o STF?

GILMAR: Claro, evidente. O intuito, obviamente, não é só me atingir, é afetar a própria instituição, trazê-la para essa vala comum.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Gilmar Mendes diz ser alvo de "intrigas "por parte de Lula.



O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a "central de divulgação" de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo "constranger o tribunal" para "melar o julgamento do mensalão".

"O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora", afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

Mendes diz que, durante um encontro com Lula no escritório do advogado Nelson Jobim, o ex-presidente teria insistido em argumentar que o mensalão não deveria acontecer neste ano. Após ouvir do ministro do Supremo que o julgamento deve, de fato, ser realizado em breve, Lula teria então começado a fazer ilações sobre a possibilidade de Mendes ser investigado na CPI do Cachoeira.

A assessoria de Lula afirma que ele não vai comentar as declarações de Mendes feitas hoje. Ontem, o ex-presidente divulgou nota dizendo estar "indignado" com a versão, que foi relatada pela revista "Veja" e não é corroborada por Jobim.

Nesta terça-feira, Gilmar Mendes diz que desde sempre defendeu a realização do julgamento do mensalão ainda este semestre. "Não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal".

"Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue", completou.

Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos", que estavam "vazando" informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.

"Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações", disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.

Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está "sobreonerado" com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. "Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]", disse. Ele não disse quem seriam "eles" a exigir a tarefa.

Mendes afirmou ter dito a Lula que vai a Berlim como o ex-presidente vai a São Bernardo, que frequenta a cidade europeia desde 1979 e que possui atualmente uma filha que vive lá.

Segundo o ministro, ele não precisa de "fundo sindical, nem dinheiro de empresa" para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o "Curso de Direito Constitucional", vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar "algumas voltas ao mundo".

"Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso. Um pouco mais de respeito", afirmou.

O ministro, então, relatou que entre 2010 e 2011 viajou duas vezes para Goiânia em aviões cedidos por Demóstenes Torres, mas que tais fatos são públicos. Segundo Gilmar Mendes, mesmo se, na ocasião de Berlim, o senador goiano tivesse oferecido uma carona, isso não seria um problema.

"Eu poderia aceitar tranquilamente. Estava me relacionando com o senador que tinha o mais alto conceito na República. Até pouco tempo nós discutíamos com ele todos os projetos". ( Folha )

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lula e o PT estão desrespeitando o Estado de Direito.

Quem acompanhou a entrevista do Ministro do STF , Gilmar Mendes , no Jornal Nacional ( TV Globo) de hoje , não tem dúvida : houve algo de muito estranho na conversa entre Gilmar e Lula . Apesar de evidenciar nervosismo , o ministro deixou escapar para os que viram a sua fala com atenção e isenção que ele foi chantageado. E isso , se ocorreu , é muito grave.

O episódio é mais grave que o mensalão do PT , que as relações promíscuas entre o poder público e o setor privado , que a corrupção sistêmica no país e que a constatação de que temos cerca de 20 milhões de brasilerios vivendo abaixo da linha da pobreza , porque , se a mais alta Corte da Nação está refém de um partido político ou de um de seus líderes , a Constituição está sendo afrontada e teremos o sepultamento do Estado de Direito. É hora de os fanáticos retomarem o raciocínio ; de as pessoas lúcidas e imparciais exercitarem a reflexão sobre o tema. O fato de Lula nomear 8 e Dilma, 2 , dentre os 11 membros do STF , como determina a Lei , não pode servir de justificativa para se tentar cooptar ou inibir as ações do Supremo .

 Basta o que estamos vendo em relação à cooptação das centrais sindicais , das lideranças estudantis , de grande parte da Mídia , de boa parte do Judiciário e dos partidos políticos e seus parlamentares. Tentam calar a oposição . Isso não é bom para a democracia. Mas coagir o STF é o fim da própria democracia e da atual constituição que Lula e o PT se negaram a assinar em 1988 e que , agora , tentam rasgar. Os que , hoje , acham graça desses feitos , amanhã poderão chorar !      

OAB cobra explicações de Lula sobre suposta pressão a Gilmar Mendes.


Segundo revista, Lula sugeriu que ministro adiasse julgamento do mensalão. Presidente da entidade defendeu independência de magistrados.

Diante da polêmica gerada pela suposta pressão do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, cobrou que o petista explique o episódio relatado no último final de semana pela revista "Veja".

Segundo a publicação, Lula teria sugerido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes o adiamento do julgamento do mensalão em troca de proteção ao magistrado na CPI do Cachoeira, que investiga a relação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. A blIndagem ocorreria por conta de uma viagem feita a Alemanha, na qual Mendes teria encontrado o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), investigado pelas relações com o contraventor.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (28), o dirigente da OAB defendeu a independência da Suprema Corte, ainda que a nomeação de seus integrantes se dê por uma escolha pessoal do presidente da República. Para Ophir, não caberia ao chefe do Executivo tratar os ministros do STF como “sendo de sua cota pessoal”, exigindo proteção ou tratamento diferenciado.

“O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência”, enfatizou o dirigente no documento.

O presidente da Ordem também afirmou que é “desonroso, vergonhoso e inaceitável” tentar influenciar o Judiciário. Segundo Ophir, interferências políticas retirariam a independência e impessoalidade dos magistrados.

“A ser confirmado o teor das conversas mantidas com um ministro titular do Supremo, configura-se de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto”, escreveu Ophir.

STF tem que dar uma resposta imediata à Nação.

28/05/2012


às 5:25

STF tem de se reunir imediatamente para dar uma resposta à Nação. Ou: O que Lula fez dá cadeia! Chama-se “obstrução de justiça”

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem de fazer imediatamente uma reunião administrativa, dar consequência ao julgamento do mensalão, oferecer a ajuda que se fizer necessária ao ministro Ricardo Lewandowski — um dos que já foram assediados por Luiz Inácio Lula da Silva — e emitir um “Comunicado à Nação” rechaçando a tentativa do ex-presidente de chantagear, intimidar e constranger os ministros da corte suprema do país. Ou o tribunal se dá conta da gravidade do ato e do momento ou corre o risco de se desmoralizar.

Os jornalistas de política de Brasília não podem nem devem quebrar o sigilo de suas fontes, mas também eles têm uma obrigação institucional, com a democracia: revelar que sabiam, praticamente todos eles, do assédio que Lula fazia a ministros do STF. A história estava em rodas de conversa, em todos os cafezinhos, em todos os jantares, em todos os bares. O que não se tinha era a prova ou alguém que decidisse quebrar o silêncio, a exemplo de Gilmar Mendes. O ministro fez bem em comparecer ao encontro. Fez bem em ouvir o que ouviu. Fez bem em advertir o presidente do Supremo, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União. Fez bem, finalmente, em confirmar a história que VEJA apurou e falar tudo às claras.

Ok, vá lá… Se Nelson Jobim nega que a história tenha acontecido, a imprensa tem de registrar. Mas há de buscar uma forma — como fez o repórter Jorge Moreno, de O Globo, de circunstanciar o desmentido — que, no seu texto, vale por uma confirmação. Afinal, se Jobim tivesse endossado a acusação de Mendes, ninguém menos do que o grande Lula estaria lascado. Aquilo a que se assistiu na sala do ex-ministro do STF e ex-ministro de Lula chama-se, entre outras coisas, “obstrução de justiça”, o que pode render, em caso de condenação, de um a quatro anos de cadeia, segundo o que caracteriza e prevê o Artigo 344 do Código Penal, a saber:

“Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Única saída

Reflitam um pouco: a única saída que tem Lula é a negativa de Jobim. Sem ela, estaria obrigado, nesta segunda, a vir a público para, mais uma vez, pedir desculpas à nação — a exemplo do que fizera em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão. Lula, na sua ousadia tresloucada, ficou, se vocês perceberem, nas mãos de Jobim. Assim, vivemos essa realidade algo surrealista: Jobim nega, ninguém acredita, mas isso impede o agravamento da crise — ou, pensando bem, impede que a situação beire o insustentável. Não restaria outro caminho que não processar o ex-presidente da República.

O Supremo não pode se contentar com o que seria, então, uma mera guerra de versões e deixar tudo por isso mesmo. Até porque, reitero, É DE CONHECIMENTO DE CADA JORNALISTA DE BRASÍLIA A MOVIMENTAÇÃO DE LULA. Todos sabem que ele vem assediando os membros do STF. Nem mesmo o esconde. Os nomeados por ele próprio ou por Dilma, segundo seu discurso boquirroto, lhe deveriam obrigações — e não posso crer, escrevo sem cinismo nenhum, que ministros e ministras a tanto se prestem. Os que não nomeou estariam sujeitos a outra abordagem, como foi o caso de Gilmar, que assistiu àquilo que os dicionários definem como “chantagem”.

É chegada a hora de o Supremo Tribunal Federal deixar claro que não passarão. E tem de fazê-lo hoje.

Texto publicado originalmente às 4h02 - revista Veja.
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 27 de maio de 2012

Ministro do STF revela que Lula propôs troca de favores.


Há cerca de um mês, o ex-presidente Lula procurou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para tentar adiar o julgamento do mensalão. O encontro ocorreu em Brasília, no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça, Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Em troca da ajuda, Mendes ganharia proteção na CPI que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. As informações foram publicadas na revista Veja .

No encontro, Lula teria citado uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira. Revelando ter ficado perplexo com o comportamento e as insinuações do petista, Mendes disse que não tem motivo para preocupação com as investigações e que o ex-presidente poderia "ir fundo na CPI". A tentativa do ex-presidente faria parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre o STF. Se o julgamento for adiado, muitos crimes seriam prescritos.( JB )


A CHANTAGEM DE LULA AOS MEMBROS DO STF

27/05/2012
às 7:03

QUE FIQUE CLARO! AVANÇO DE LULA SOBRE O STF É AINDA MAIS GRAVE DO QUE ESCÂNDALO DO MENSALÃO. É A MAIS GRAVE AGRESSÃO AO ESTADO DE DIREITO DESDE A REDEMOCRATIZAÇÃO. O DICIONÁRIO REGISTRA O QUE LULA TENTOU PRATICAR: “CHANTAGEM”!!!

Caros, é preciso dar à iniciativa de Lula, de tentar encabrestar o Supremo (ver post na home), a sua devida dimensão. Espalhem a verdade na rede. Um ex-presidente da República, chefe máximo do maior partido do país — que está no poder —, atuou e atua como chantagista da nossa corte suprema. Lula se coloca no papel de quem pode chantagear ministros do STF.


Nosferatu não quer largar o nosso pescoço e o do estado de direito! Chega, Nosferatu! Vá militar no Sindicato dos Vampiros Aposentados!

A reportagem que VEJA traz na edição desta semana expõe aquela que é a mais grave agressão sofrida pelo estado de direito desde a redemocratização do país — muito mais grave do que o mensalão!!! Alguns setores da própria imprensa resistem em dar ao caso a sua devida dimensão, preferindo emprestar relevo a desmentidos tão inverossímeis quanto ridículos, porque se acostumaram a ter no país um indivíduo inimputável, que se considera acima das leis, das instituições, do decoro, dos costumes, do razoável e do bom senso. Quanto ao dito “desmentido” de Nelson Jobim, acho que o post publicado pelo jornalista Jorge Moreno (ver abaixo) fala por si mesmo.

Não há por que dourar a pílula. O que Lula tentou fazer com Gilmar Mendes tem nome nos dicionários: “chantagem”. O Houaiss assim define a palavra, na sua primeira acepção:

“pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças de revelação de fatos criminosos ou escandalosos (verídicos ou não)”.

Atenção, minhas caras, meus caros, para a precisão do conceito: “verídicos ou não”!!! No “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”, aquele que já registra o verbete “petralha”, lemos:

“Pressão que se exerce sobre alguém mediante ameaça de provocar escândalo público, para obter dinheiro ou outro proveito; extorsão de dinheiro ou favores sob ameaça de revelações escandalosas”.

Atenção para a precisão do conceito: “mediante ameaça de provocar escândalo público”. A questão, pois, está em “provocar o escândalo”, pouco importando se com fatos “verídicos ou não”.

Aplausos para o ministro Gilmar Mendes, que não se acovardou! É bom lembrar que, pouco depois dessa conversa, seu nome circulou nos blogs sujos, financiados com dinheiro público, associado à suposição de que teria viajado à Alemanha com o patrocínio de Carlinhos Cachoeira. Não aconteceu, claro! Mendes tomou as devidas precauções: comunicou o fato a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao Advogado Geral da União. Poderia mesmo, dada a natureza da conversa e seu roteiro, ter, no limite, dado voz de prisão a Lula. Imaginem o bafafá!

Não é segredo para ninguém

As ações de Lula nos bastidores não são segredo pra ninguém. TODOS — REITERO: TODOS!!! — OS JORNALISTAS DE POLÍTICA COM UM GRAU MÍNIMO DE INFORMAÇÃO PARA SE MANTER NA PROFISSÃO SABEM DISSO! E sabem porque Lula, além de notavelmente truculento na ação política — característica que passa mais ou menos despercebido por causa de estilo aparentemente companheiro e boa-praça —, é também um falastrão. Conta vantagens pelos cotovelos. Dias Toffoli, por exemplo, é um que deveria lhe dar um pito. O ex-presidente e seus estafetas têm a pretensão não só de assegurar que ele participará do julgamento como a de que conhecem o conteúdo do seu voto.

Lula perdeu a mão e a noção de limite. Não aceita que seu partido seja julgado pelas leis do país, assim como jamais aceitou os limites institucionais nos quais tinha de se mover. Considera que a legalidade existe para tolher seus movimentos e para impedir que faça o que tem de ser feito “nestepaiz”.

Sua ação para encabrestar ministros do Supremo é, se quiserem saber, mais nefasta do que o avanço do Regime Militar contra o Supremo. Aquele cassou ministros — ação que me parece, em muitos aspectos, menos deletéria do que chantageá-los. O mensalão foi uma tentativa de comprar o Poder Legislativo, de transformá-lo em mero caudatário do Executivo. A ação de agora busca anular o Judiciário — na prática, o Poder dos Poderes.

Obrigação do Supremo

O Supremo está obrigado, entendo, a se reunir para fazer uma declaração, ainda que simbólica, à nação: trata-se de uma corte independente, de homens livres, que não se submete nem à voz rouca das ruas nem à pressão de alguém que se coloca como o dono da democracia — e, pois, como o líder de uma tirania.

Chegou a hora de rechaçar os avanços deste senhor contra as instituições e lhe colocar um limite. A Venezuela não é aqui, senhor Luiz Inácio. E nunca será! De resto, é inescapável constatar: ainda que haja ministros que acreditem, sinceramente e por razões que considera técnicas, que os mensaleiros devem ser inocentados, não haverá brasileiro nestepaiz que não suspeitará de razões subalternas. Pior para o ministro? Pode até ser, mas, acima de tudo, pior para o país.

Lula se tornou um vampiro de instituições. É um passado que não quer passar. É o Nosferatu do estado de direito!

Por Reinaldo Azevedo ( revista Veja )

sábado, 26 de maio de 2012

Lição de Vida ! Para os Traidores !

Lição de Vida .


Aprenda ! Não traia ! Não blasfeme contra quem te acolheu em algum momento da tua vida ! Mesmo que não estejas satisfeito hoje, por motivo que te parece justo na tua traição, com tuas exigências, pense, reflita e veja o que já recebeste dessa relação de amizade ! Será que merecias tudo o que recebeste? E , se merecias , e se és puro , por que usar do artifício condenável da traição antes de elucidar com quem julgas injusto? Não estará você tão errado quanto ele que julgas injusto ?

Não é mais correto seres perfeito, e procurar o esclarecimento , o diálogo e ter a sabedoria de ponderar o melhor para ti e para o outro sem traíres?

Não troque quem você está traindo por outro , porque esse outro te usará até o momento que lhe convier , uma vez que sabe da tua traição. E sabe do teu feito indigno , seja pelo traído ou por outrem. E está preparado para a tua próxima traição , que , certamente, é a tua característica. E saberá mesmo , por experiência em lidar com traidores ! Saiba disso ! Não há traição secreta. Sabe ele que , se traiste um , certamente o trairá também.

Para ele , você é massa de manobra. É um pseudo malandro. Não aposte na ignorância dele, pois , se ele te recebeu, mesmo depois de saber que vòcê foi servo de outro e o traiu covardemente , você é impuro , indigno , imundo e descartável como um fósforo apagado. Você está maculado ! Tua marca será essa para ele. É melhor voltar atrás e se reconciliar com o seu traído.

É mais lúcido te reconciliares com quem traiste , que poderá te acolher, por generosidade e por determinação divina , do que acreditares no que te recebeu em nome da traição. Esse é um exemplo de
Sabedoria Humana. E de Vida . Se não crês , o tempo te dirá. E te arrependerás ! E te agogarás nas tuas próprias teias produzidas pela tua traição!

Célio Lupparelli





 

Se Você mora ou trabalha em Jacarepaguá , leia !


Vivemos em Jacarepaguá há 65 anos. Tivemos a oportunidade de conviver com os bondes que circulavam desde o Largo da Freguesia e o Largo da Taquara até Cascadura. Vimos o nascer e o sucumbir do sistema das lotações e a implantação do monopólio do transporte de ônibus até a chegada do sistema alternativo como o de ( vans). Acompanhamos o auge dos clubes sociais com suas programações de entretenimento , esporte e cultura , como o Jacarepaguá Tênis Clube ( Praça Seca ) e o Clube Olímpico ( Freguesia). Vimos nascer e crescer o Bandeirantes Tênis Clube , o Recreativo Português ( Taquara ) , o Valqueire Tênis Clube e o Country Club ( Praça Seca ) . Acompanhamos , também , a sua decadência. E sabemos as razões.

Testemunhamos a transformação das duas grandes áreas de horta cultivadas por portugueses , desde as proximidades da Rua Albano até a Rua Godofredo Viana , onde chamamos Mato Alto em conjuntos
habitacionais do IPASE e em favelas da Chacrinha e do Mato Alto.Vimos , com indignação , ser destruida casa de Cândido Benício .

Preocupamo-nos com o descaso em relação ao espaço onde existe a Colônia Juliano Moreira , onde temos um acervo cultural inestimável. E também com a casa da Baronesa da Taquara. Essa gente não gosta da
Cultura nem de Jacarepaguá. São os verdadeiros TALIBÃES .Querem apagar a nossa memória. Querem voto e nada mais . querem poder para se locupletar e nada mais. querem enriquecer a sua conta bancária e nada mais. São bandidos !

Jacarepaguá era , até os anos 60 e 70 , um bairro em parte residencial urbano e noutra parte , agrícola-rural .Seus rios eram límpidos , ricos em peixes e crustáceos ; suas lagoas , saudáveis ; seus morros e
encostas eram verdes e sem habitações humanas ; o trânsito fluia maravilhosamente ; a Praça Seca era o local de encontros dominicais ; os cines Baronesa,Ypiranga , Marajó , Tibiriçá , Cisne e Taquara eram
frequentados por grande público ; havia muitos campos de futebol como Curicica , Colônia , Pau Ferro , Nova Estrela , Parames , Breno da Silveira , Nova Aurora e Mangueirinha. O morador de Jacarepaguá tinha excelente qualidade de vida. Quem não se lembra das festas juninas do Retiro dos Artistas e das Igrejas da Penna e do Loreto ?

Com a chegada da especulação imobiliária , aprovada pelos vereadores que estão até hoje com mandato , o número de prédios residenciais , comerciais e industriais aumentou e trouxe , a reboque , os problemas
indesejáveis . Não somos contra o desenvolvimento , pois gera emprego e renda , mas há que existir planejamento na infraestrutura para suportar esse crescimento exponencial de prédios , de pessoas e de demandas , como lançamento de esgoto , o número de escolas , o número de hospitais , as vias para fluxo de trânsito , o trasnporte coletivo , a inibição de poluição ambiental , o aumento de oportunidades de lazer , de espaços culturais e esportivos , além do abastecimento de água potável e de outros serviços essenciais.

Como nada disso foi pensado pelos que são até hoje vereadores , deputados , e até prefeitos e governadores eleitos com base em Jacarepaguá, é grande o lançamento de poluentes nas águas pluviais.

Aliás, há trechos que nem sistema pluvial existe. A iluminação pública é caótica , apesar de , recentemente , os vereadores e o atual prefeito instituirem uma taxa de iluminação pública. O desmatamento , em razão da ocupação desordenada da terra e das encostas , agravou a poluição ambiental. As principais vias de fluxo de trânsito não suportam o número de ônubus , carros , motos e camihões. E ninguém aguenta mais !

Em relação ao Esporte , nada foi feito nesses últimos quatro anos. Construímos a Vila Olímpica do Mato Alto e eles inauguraram. Eles nunca pensaram em trazer uma Vila Olímpica para Jacarepaguá. Estão aí
desde 1992 e não deram nenhuma demonstração de interesse nesse campo .Defendemos a construção de mais duas, sendo uma no eixo Taquara-Curicica-Colônia-Camorim e outra no eixo Anil-Gardênia-Freguesia-Pechincha .

No setor Cultura , não temos um teatro em nosso bairro. Só temos o Centro Cultural Professora Dyla De Sá. Não há uma Bilblioteca Municipal ( a da Praça Seca está em condições desfavoráveis ). Perdemos os cinemas. Por nossa iniciativa , há uma Lona Cultural no Barro Vermelho , mas não é suficiente. Outras três devem ser construídas: uma no eixo Taquara-Curicica-Colônia-Camorim ; outra no eixo Freguesia-Anil-Gardênia Azul-Cidade de Deus e ainda outra no eixo Campinho-Valqueire. Há público para isso.E é dever do Poder Público incentivar a Cultura .Mas esses caras só trabalham com centros sociais e com mentiras ou obras superfaturadas. Acompanhem , pelo amor de Deus , quanto custaram a reforma do Maracanã , e as Transoeste , Tanscarioca , além de outras. Rouba, mas faz ? Essa não deve ser prática em País civilizado.

No setor educação , não temos uma escola técnica pública. O número de escolas de ensino médio é precário. Para onde vão os alunos que concluem o ensino fundamental em Jacarepaguá ? A rede municipal não cresceu nesses últimos 3 anos e meio. Há um débito dos governos municipal , estadual e federal em relação ao nosso bairro. Onde estão  os políticos que têm base aqui no bairro e os que são forasteiros , mas aceitos por liderranças que levam dinheiro para apoiá-los ?

O monópólio do sistema de transporte impede que tenhamos um METRÔ. Com o número crescente de carros , o BRT não resolverá. Quem viver , verá ! Isso só está servindo aos megaempresários da  Construção , aos  políticos que terão apoio financeiro em suas campanhas eleitorais e a mais ninguém. Em grandes cidades , esse sistema funcionou nos anos 80 . Hoje , são obsoletos.Mas quem brigará com as empresas de ônibus ?

Esses pilantras têm rabo preso e não podem falar! O setor agrícola sucumbiu.Vieram as favelas e , com elas , por absoluta incompetência dos gestores de segurança pública que deixaram as armas e as drogas chegarem às comunidasdes carentes , para depois  massacrá-las com caveirões , bopes , tapas na cara de inocentes pobres e constrangimentos para trabalhadores humildes, crianças , jovens , idosos e cadeirantes, instalaram-se o tráfico e as milícias,sob os olhares complacentes de membros do Poder Público que finge hipocritamente combatê-los, mas , na verdade , são cúmplices e , através deles , se sustentam no Poder. È uma forma de garantir eleição,atemorizando as pessoas humildes que vivem nessas comunidades sob comando de poder paralelo , mas não tão paralelo assim , pois está conivente com o Estado . Que horror! !
E essa gente ainda tem o apoio dos " ESCRACHAS " da comunicação na TV , insuflando a violência.

Não há integração no sistema de saúde. Os políticos eleitos pelo bairro são clientelistas há anos. Ocupam cargos no Tribunal de Contas do Município , na Assembléia Legislativa , na Câmara Municipal e em
cargos dos governos municipal e estadual . Desviam verbas , equipamentos , material e pessoal da saúde pública para seus centros sociais , enquanto o TRE e a administração pública fazem olhos de quem não vê. Através de centros sociais ou de benesses patrocinadas por delinquentes , passam por " pais do povo ", distribuindo frangos , dentaduras , cortes de cabelo em praça , medidas de pressão ou de taxa de glicose e coisas do tipo como colocação de brinquedos como pula-pula em praças e distribuição de doces e de brinquedos para crianças , adocicando a boca dos pais para amealhar votos dos humildes.

POBRE JACAREPAGUÁ : TÃO GRANDE , TÃO PODETOSO E TÃO EXPLORADO POR
DELINQUENTES DO PODER PÚBLICO ! ACORDA , JACAREPAGUÁ !


Célio Lupparelli


Por isso , os eleitores votam em pessoas , e não , em partidos políticos.

Em São Paulo, apoio de Paulo Maluf é disputado por PT e PSDB


O apoio do PP e do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), eleito em 2010 com 497 mil votos, está sendo disputado por PT e PSDB em São Paulo. Os líderes tucanos e petistas tem cortejado o PP por ser o 4º maior partido do país com tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.

As assessorias dos pré-candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) foram procuradas pelo Terra sobre a possível aliança com o partido do ex-governador e ex-prefeito de SP, durante as décadas de 1970, 1980 e 1990.

A equipe da pré-campanha de Haddad e seu diretório municipal negaram envolvimento nas negociações. Já o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, confirmou que encontrou com Paulo Maluf em sua residência no Jardim Europa, cerca de três semanas. "Ele foi em busca do apoio do deputado Maluf ao pré-candidato Haddad", afirmou assessoria do PT.

A coordenação da pré-campanha de José Serra também afirmou que está negociando com o PP. Além da sigla malufista, o PSDB de São Paulo, que já conta com o apoio de DEM, Partido Verde (PV) e Partido Social Democrático (PSD), disse estar em busca também do apoio de outras duas legendas, Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Partido da República (PR).

Questionada sobre uma possível perda de votos pela alta rejeição de Maluf demonstrada nas últimas pesquisas eleitorais em SP, a equipe do tucano afirma que essa aliança "é uma coligação partidária entre PP e PSDB, e não envolve apenas o deputado".

Paulo Maluf disse através de sua assessoria que ele e a executiva estadual do PP devem decidir o apoio ao candidato, Haddad ou Serra, apenas no dia 15 de junho.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Eles inauguram obras inacabadas !

Para os cariocas não está fácil viver ! As inúmeras obras inacabadas pela Cidade infernizam a vida dos cidadãos. Eles inauguram trechos  , apenas com interesse eleitoreiro , porque , no todo , nenhuma obra se encontra em fase de inauguração e , consequentemente , de uso. Os empreiteiros ganham , enquanto , nós , usuários pegamos para sofrer em uma cidade que não tem segurança pública , não tem serviço de saúde e de educação , os bueiros explodem , o trasnporte é um caos e o trânsito é uma desgraça. Apelar para quem ? Vejam as fotos enviadas por um leitor desse Blog e tiradas em trechos da transcarioca na Curicica , na Estrada dos Bandeirantes. Veja , ainda , a iluminação precária.








Simon pede pressão da sociedade pela quebra de sigilo da Delta nacional.


O senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a criticar, nesta sexta-feira (25), a demora da CPI em quebrar o sigilo da Delta Nacional e convocar governantes para esclarecer suas relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele também conclamou a juventude a acompanhar, na próxima terça-feira (29), reunião em que a comissão deverá votar requerimentos com esses objetivos.

– Jovens das chamadas redes sociais, terça-feira, às dez horas, vocês devem estar aqui, na frente do Senado, vocês devem vir aqui, porque a presença de vocês, com as mãos limpas, tornou-se realidade. Com a presença dos senhores, a Diretas Já se tornou realidade. Com a presença dos senhores, o presidente que tinha de ser afastado foi cassado. Com a presença dos senhores, a reunião de terça-feira abrirá as contas da Delta e abrirá as contas dos que devem ser policiados – disse Simon.

Na avaliação do parlamentar, depois das primeiras semanas de trabalho, a CPI “parece ter se afogado sem ter dado um único mergulho”. Simon criticou os depoentes que ficaram calados diante dos membros da comissão, a passividade de parte dos que têm obrigação de investigar e também acordos denunciados na imprensa que visariam evitar a convocação de governadores à CPI.

O senador lembrou ainda a instauração de outras CPIs na história recente do país e afirmou que a corrupção só terminará com o fim da impunidade.

- O capítulo do dia são os pecados do Cachoeira. Que já foram os do tesoureiro da campanha; que já foram os dos anões do Orçamento; que já foram os dos sanguessugas das ambulâncias, dos precatórios, das privatizações, dos Correios, da compra de votos nos fundos de pensão, do mensalão, dos bingos, dos cartões corporativos. Tudo indica que outros capítulos virão, no rastro da impunidade que já se desenha, mal começada a CPI – lamentou.

Na avaliação de Simon, o investimento em educação é também um dos caminhos para mudar esse cenário.

- A educação leva a uma melhor escolha dos governantes que, sem a impunidade de agora, não se deixarão levar pelos acenos corruptores do poder – argumentou. ( JB ).



quarta-feira, 23 de maio de 2012

As covardias da Globo com o povo brasileiro .


A engenharia da manipulação das consciências dos cidadãos brasileiros , deturpando hábitos e costumes ,
deteriorando valores como a moral e a ética , desintegrando a família e estimulando a promiscuidade , a
discórdia , a traição , a extorsão , o egoismo e o consumismo doentio , tudo em nome da obtenção de audiência , tem sido bem-sucedida , ao longo dos anos pela Rede Globo.

Quase meio século a serviço de um sistema político-econômico-cultural que promove e aprofunda as desigualdades sociais e alimenta a concentração de renda , e que tem causado a miséria , a falta de
políticas públicas universalizantes e de boa qualidade nos campos da educação , da saúde , da habitação , da geração de renda e do saneamento básico , por acobertar crimes , a emissora em tela se tornou a protetora dos maus políticos e dos maus empresários , responsáveis pelas injustiças que tornam nosso povo refém do clientelismo estatal.

A Rede Globo nasceu e cresceu em pleno regime autoritário brasileiro , instalado em 1964 . Financiada , em parte por capital estrangeiro e em parte por " acertos ' com os detentores do poder , ela se transformou
no " POLVO DO MAL " , cujos gigantescos tentáculos atingem , dominam , envolvem e tornam submissos os poderes constituidos e as instituiições que desejar para saciar a sua sede de influências na vida nacional.

Esse poderoso sistema de comunicação é tão maléfico à democracia brasileira que controla o Executivo , o Legislativo e o Judiciário nas esferas federal , estadual e municipal.

Controla , ainda , partidos políticos , igrejas , os sindicatos , algumas ONGs e outros segmentos da sociedade. Até as manifestações culturais , como desfiles de escola de samba , e esportivas , como os horários e as tabelas dos jogos do campeonatos estaduais e nacional são do seu inteiro domínio.

Conduz , de forma tendenciosa , os debates eleitorais de candidatos a prefeito , a governador e a presidente da república . Produz pesquisas  eleitorais para beneficiar candidatos de sua preferência , com os
quais , provavelmente , já celebrou acordos para futuros conchavos.

Submete prefeitos , governadores e ministros e até o chefe da nação a " uma focinheira" , de tal forma , que os obriga a investir em propaganda oficial na TV com recursos públicos que poderiam ter um destino social .Mas a ganância da Globo e a fragilidade dos governantes prevalece.

Os que não aceitam a mordaça caem em desgraça , são pressionados por noticiários montados por jornalistas que vasculham o que de negativo possa existir nas administrações públicas com o fito de atemorizá-los e aí , debilitados , eles se rendem ao controle global do impidedoso molusco.

Há cinco meses das eleições para prefeito , já se notam as preferências da Globo. Os telejornais são " produzidos" para enaltecer seus parceiros e para denegrir a imagem dos que não aceitam a sua cartilha.

E por que esses políticos se rendem ao Grande Polvo da Comunicação ? Porque a Rede Globo , durante esse tempo , conseguiu promover a sensação de impotência política no cidadão brasileiro. As pessoas não
têm mais forças para reagir; conformam-se com os noticiários televisivos manipuladores ; não debatem ; não atuam politicamente.

Estão em pleno desalento ; não acreditam que as coisas possam mudar para melhor. Mas votam. E como votam , são orientados pela Globo , razão pela qual os políticos temem as ações do Polvo do Mal.

Mas , então , qual é a receita da Globo para alienar ? Simples ! As pessoas acordam com um " Bom dia Brasil " ; assistem a um programa " da Brega", que de nada vale . Logo depois , têm a sensação de " Bem
Estar" com um casal insípido ; por volta de 11 horas , as crianças são " atacadas ' por uma programação debilóide ; e , na hora do almoço , vem o primeiro grande punhado de distorções no notíciário local ,
tentando mostrar uma realidade virtual , através do tal RJ / TV .

Não para por aí ! Em sequência , temos um " vídeoshow " de bobagens ,  uma perda de tempo com o " vale a pena ver de novo " , a apresentação de um chatíssimo filme americano , encerrando a tarde com " Malhações " , para alienar os adolescentes , porque as crianças já o foram na parte da manhã. O dia se fecha com telenovelas de enredos que deformam  as consciências e sepultam todos os valores sociais.

O auge da alienação política é apresentada sob o nome de Jornal Nacional . Nessa hora , os telespectadores cansados , com preguiça de ler , de conversar ou de ter outro entretenimento , recebem , goela abaixo , um punhado de informações manipuladas para favorecer os governantes. Vez por outra , o JN "sacrifica" algum mau político para tentar passar a falsa impressão de isenção. Tudo rigorosamente combinado ! Tudo dentro do enredo previamente estabelecido.

Nos finais de semana , as estratégias do Polvo do Mal lançam mão de " xuxas " , " hucks " , " faustões " e , como são " caras de pau ' , fazem o " fantástico show " repleto de bobagens , mas que divertem o povo cansado e impotente. Alterando aqui ou ali o tempero , o Sistema do Mal , o Grande Polvo , aprofunda suas influências e se constitui no PRIMEIRO PODER NO BRASIL , capaz de pautar as ações dos fracos
governos que temos pelo Brasil afora.

Enquanto o Brasil não investir pesadamente em EDUCAÇÃO , a Globo manipulará os inocentes e os pseudointelectuais , verdadeiros idiotas da objetividade e o nosso POLVO DO MAL fará do País o que bem lhe aprouver !





No Rio , Saúde vira Vaca !


Forró com verba da Saúde.


Governo estadual aluga touro mecânico com dinheiro de hospitais. TCE aprova as contas.

Aluguel de touro mecânico para festa julina, contratação de trio de forró, de banda para o aniversário de uma cobra albina e de bufê com “feijoada completa, petiscos, sobremesa e bebidas”. Esses itens foram apresentados pelo governo do estado como gastos com saúde ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), ano passado. Os conselheiros deram parecer prévio favorável às contas do Executivo, mas fizeram ressalvas.
Os conselheiros destacaram que R$ 73,3 milhões apresentados como gastos com saúde não poderiam ser contabilizados assim. Ou seja: não podem fazer parte dos 12% da arrecadação de impostos que a Constituição Federal determina que os estados destinem à Saúde. Mesmo sem os R$ 73,3 milhões, o governo estadual comprovou ter gasto 12,03%. A Secretaria Estadual de Saúde não explicou os gastos e disse apenas que o percentual exigido foi cumprido.

O relatório do TCE classifica essas despesas como “não pertinentes”. Na lista dos gastos se destaca o Instituto Vital Brazil, em Niterói, que produz soro contra veneno de cobra e aranha, medicamentos e exames laboratoriais.

Para a festa julina de 15 de julho, gastou R$ 600 com o aluguel do touro mecânico, R$ 1.428,60 com trio de forró e R$ 10.500 com buffet para 350 pessoas. O órgão gastou R$ 15.275 com a feijoada para 235 pessoas e R$ 5 mil para o “2º aniversário da cobra albina que tem o nome de Sivuca”.

Só com “eventos e festejos”, o Fundo Estadual de Saúde, subordinado à Subsecretaria Executiva da Secretaria de Saúde, autorizou o pagamento de R$ 1,45 milhão em 2011, aponta o relatório do TCE. O estado deu R$ 3 mil para apoiar o evento Niterói Naval Offshore.

Secretaria não explica gastos

Infrações de trânsito, autos de infrações emitidos por outros órgãos, juros e multas também foram incluídos pelo estado como gastos com Saúde. A inclusão da despesa na pasta teve como unidade ordenadora, a que autoriza o pagamento, o Fundo Estadual de Saúde (FES). Só com esses itens o governo gastou R$ 1,5 milhão no ano passado.

Foi incluído como investimento em Saúde o pagamento de R$ 18,2 milhões ao INSS. A verba custeou ainda um show do quinteto Sivuca, em agosto do ano passado no instituto Vital Brazil, e a organização de evento com “hospedagem e alimentação” para formação de recursos humanos que custou R$ 59,6 mil ao FES.

A Secretaria Estadual de Saúde limitou-se a informar, em nota, que “o Tribunal de Contas do Estado aprovou as contas. O índice de 12% na Saúde foi atingido.” O órgão não explicou o motivo de tais despesas terem sido incluídas em “aplicações em ações e serviços públicos de saúde”. O Instituto Vital Brazil foi procurado no final da tarde, mas ninguém atendeu o telefone. ( O Dia )



terça-feira, 22 de maio de 2012

O silêncio é sinônimo de confissão.


A certeza de que o sinônimo de confissão é o silêncio que vem da sabedoria popular, com a célebre máxima de que "quem cala, consente". A lei permite ao suposto criminoso — quando não no foro competente, que é a Justiça — o direito de se calar.

Essa prerrogativa, quando idealizada pelos doutos do código, não previa a possibilidade de que um suposto ladrão do povo pudesse utilizá-la a seu favor, em plena Casa do Povo. As investigações, realizadas há dois anos pelo que existe de melhor neste país, os homens da Polícia Federal e do Ministério Público, apresentavam provas suficientes para que esse senhor já estivesse trancafiado na companhia de Fernandinho Beira-Mar e outros de seus pares.

Mas, não. Aconselhado por um dos mais brilhantes advogados de notório saber deste país, qualificado não só por ter sido ministro da Justiça, mas muito mais pelos importantes clientes que ele defende: banqueiros, médicos, empresários. E notabilizou-se sobretudo na defesa de Chico Mendes.

O país e seus cidadãos, em face de tais demonstrações de deboche, dentro de sua própria casa, devem ter consciência dos momentos difíceis por que passa a democracia. Mesmo com tamanho acinte a suas instituições, o povo indignado não deve fazer justiça com suas próprias mãos. A democracia, ainda que ferida por alguns políticos e empresários em seus valores morais, é a grande arma de que um povo dispõe. (JB)


Médicos federais protestam no Rio contra mudanças nos salários.


Médicos de hospitais federais do Rio fizeram nesta terça-feira uma manifestação em frente ao Theatro Municipal, na Cinelândia (centro do Rio). Eles protestam contra congelamento salarial devido a mecanismos criados pela Medida Provisória 568, editada no início deste mês, que ajusta o salário dos servidores ativos e inativos, além de pensionistas.

Cerca de 500 profissionais participaram do ato, conforme estimativa da assessoria de imprensa do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro). Antes, o grupo se reuniu em frente ao Palácio Gustavo Capanema, também no centro, onde funciona a representação do Ministério da Educação.

A caminhada dos médicos até a Cinelândia foi acompanhada por policiais militares e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego. O trânsito ficou lento na região, mas não houve interrupção do fluxo viário.

A Medida Provisória 568 institui partir do dia 1º de julho diversas mudanças na remuneração dos médicos, entre elas a criação da Vantagem Pessoal Nominal Identificada (VPNI), item apontado pelos servidores como o mais prejudicial à classe.

A VPNI é uma compensação salarial que reúne benefícios como insalubridade, periculosidade, gratificações, entre outros, antes vinculados ao salário dos médicos federais.

De acordo com a presidente do Cremerj, Márcia Rosa, com essa desvinculação dos benefícios, a cada percentual de reajuste salarial será descontado o mesmo índice na VPNI, causando em longo prazo uma equiparação entre os salários.

A presidente explicou que esse mecanismo vai causar o congelamento do salário da categoria. "Eles conseguiram um subterfúgio para reduzir o salário nominalmente. Eles vão congelando progressivamente, então, quando congela, acaba reduzindo o salário ao longo do tempo", destacou.

Na quinta-feira da próxima semana (31) os servidores voltam a se reunir em assembleia para definir as próximas ações, na tentativa de modificar o texto da medida provisória.

Manifestação contra Cabral na porta da Alerj.


Cerca de 40 manifestantes fizeram na tarde desta terça-feira, em frente às escadarias da Assembleia Legislativa do Rio, no Centro, um protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Delta Construções, empreiteira investigada pela Polícia Federal por suposto envolvimento em esquemas fraudulentos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Eles cobraram explicações de Cabral, fotografado em Paris ao lado do amigo e ex-presidente da Delta Fernando Cavendish em passeios e jantares em restaurantes de luxo. As imagens foram divulgadas no blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR).


O movimento foi organizado nas redes sociais pelo consultor de projetos na internet, Rafael Silva Oliveira, de 38 anos. Com faixas e cartazes, os participantes ironizaram Cabral e o ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP): "Pizzaria Vaccarezão - pedindo um Cabral à francesa, você ganha uma CPI brotinho".

Na semana passada, o governador e o petista foram flagrados trocando mensagens pelo celular. Nos torpedos, enviados em meio à votação de requerimentos de convocação da CPI mista que investiga as atividades de Cachoeira, Vaccarezza sugeriria uma estratégia de blindagem de Cabral para ele não ir depor na comissão.

- Este protesto é uma forma de ajudar a ampliar a manifestação na internet. O dramático não é o Cabral gastar dinheiro em Paris. O triste é saber que quem manda no estado é um empreiteiro (Cavendish). Quando o Cabral não se explica, ele está desrespentando a população. Os cariocas não podem ser tratados como palhaços - afirmou Oliveira, referindo-se aos contratos de R$ 1,5 bilhão firmados entre a Delta e o governo do estado desde 2007.

Policiais do Batalhão de Choque, guardas municipais e seguranças da Alerj isolaram a entrada principal do prédio, na Rua Primeiro de Março, evitanto que os manifestantes se aproximassem. Não houve confusão. Integrantes do PSOL e do PSTU e alguns bombeiros estiveram no local, assim como o pré-candidato a prefeito do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que passou rapidamente no protesto. A deputada estadual Janira Rocha (PSOL) e o presidente regional do PSTU, Cyro Garcia, também estavam presentes.

- Estamos vivendo uma decadência moral no estado do Rio de tal forma que é muito importante que a população passe a deixar de se acostumar com essa corrupção e, realmente, se mobilize para demonstrar sua insatisfação - declarou a deputada Janira Rocha.

Os participantes usaram panos brancos na cabeça. A atitude foi uma sátira às fotos divulgadas em que secretários do governo Cabral aparecem dançando com guardanapos na cabeça em uma comemoração na capital da França, ao lado de Cavendish. Entre eles, Sérgio Côrtes (Saúde) e Wilson Carlos (Governo). Na imagens, de 2009, está também Sérgio Dias, secretário municipal de Urbanismo da administração do prefeito Eduardo Paes (PMDB), pré-candidato à reeleição. Os manifestantes distribuíram ainda os adesivos "Operação explica Cabral. Eu cobro".

Enquanto ocorria o protesto, o plenário da Alerj estava vazio. Às 15h30m, apenas 14 dos 70 deputados estaduais havia marcado presença no expediente inicial da Casa, iniciada às 14h30m. Cabral tem o apoio de pelo menos 64 parlamentares. Procurado pelo GLOBO, o governador não quis falar sobre o protesto.





CPI do Cachoeira : Sarney é flagrado por grampos da Operação Monte Carlo.


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é a mais nova vítima da Operação Monte Carlo. Em gravações da Polícia Federal (PF), o ex-presidente aparece fazendo lobby pela promoção de um servidor público da Infraero, cedido à Presidência da República durante o seu mandato. Ele também é citado por outros investigados sobre a compra da participação de Carlinhos Cachoeira em um negócio de incineração de lixo tecnológico, na Alemanha.
O funcionário beneficiado por Sarney é Raimundo Costa Ferreira Neto,o Ferreirinha, que trabalhava na portaria do Palácio do Planalto. Ele é funcionário da Infraero e, segundo a PF, facilitaria a entrada de produtos contrabandeados para a quadrilha de Carlinhos Cachoeira através do Aeroporto de Brasília. As informações foram divulgadas pelo site "Congresso em Foco".
Sarney queria que Ferreirinha fosse nomeado como superintendente da Infraero ( JB )

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dinheiro público na mão de Cabral é vendaval.

21/05/2012 17:16


Dinheiro público na mão de Cabral é vendaval

Reprodução do Radar online, da Veja

Podem estar certos que uma boa fatia desses R$ 3,6 bilhões que vão desaparecer como passe de mágica e vão aparecer depois no bolso da turma de Cabral e seus amigos empresários. É o que vem acontecendo desde que Cabral e Pezão tomaram posse e isso hoje está bem claro para boa parte da população. Quem deve estar rindo à toa e esfregando as mãos é o Rei Arthur, do Grupo Facility, João da Locanty, os “cavendishs” dos aditivos, a mídia e outros parceiros de negócios de Cabral, Paes e da Gangue dos Guardanapos.

Como diz a letra de um famoso samba de Paulinho da Viola que abria a novela Pecado Capital: “Dinheiro na mão é vendaval, é vendaval. Na vida de um sonhador”. Ou numa adaptação que retrata a triste realidade: dinheiro público na mão de Cabral é um vendaval. ( Blog do Garotinho )



" Meu erro . " , declara Cristovam Buarque ! " Servi de desculpa ".


O senador Cristovam Buarque conta por que se arrepende de ter se candidatado ao cargo de diretor-geral da UNESCO

"Há erros definitivos, que não permitem correção de rumo, e os menores, que não desviam irreversivelmente o rumo da vida. Entre os primeiros, alguns são identificados, outros não, por se desconhecer o que teria ocorrido se o erro não fosse cometido. É impossível saber se foi um erro pessoal ter me afastado da vida acadêmica para me dedicar à política. Se tivesse continuado na academia, minha contribuição e minha realização pessoal talvez tivessem sido maiores. Mas foi a política que permitiu levar ideias dos livros para as leis.

Como governador do Distrito Federal, errei ao nomear um dirigente do sindicato de professores para as relações do governo com os servidores, o que me levou a enfrentar uma greve de professores. Muitos dizem que foi erro negar aumento aos servidores no debate da eleição de 1998, que perdi. Foi erro eleitoral, mas acerto por evitar a desmoralização de não cumprir um compromisso que sabia não poder cumprir.

Mas o erro do qual não tenho dúvida foi ter me lançado candidato a diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 2008. Pelo tradicional sistema de rodízio, era o momento de o Brasil ter o diretor-geral dessa importante instituição. Com o prestígio brasileiro, graças ao então presidente Lula, a eleição seria muito facilitada. Além disso, para mim, a Unesco é o organismo com mais condições de coordenar o debate mundial sobre as alternativas futuras para a civilização. Havia um ótimo candidato brasileiro, o próprio diretor-geral adjunto, Marcio Barbosa. Mas fui informado de que o governo brasileiro não lhe daria apoio. Se o Brasil não o apoiaria, considerei que eu poderia ser a alternativa brasileira.

Na realidade, Lula e o ministro Celso Amorim não queriam nenhum brasileiro como diretor da Unesco, porque desejavam agradar aos países árabes. Preferiam guardar a posição para outro organismo das Nações Unidas. Por isso fizeram campanha pelo ministro da Cultura do governo de Hosni Mubarak, do Egito. Mas, no lugar de explicitarem isso ao Marcio Barbosa, terminaram usando minha candidatura como desculpa para que o Brasil não apoiasse nenhum candidato brasileiro.

Meu erro foi achar que Lula e Celso Amorim teriam interesse em apoiar um candidato brasileiro para um cargo tão importante e achar que, como não queriam o Marcio, me apoiariam. Foi um erro também não ter discutido o assunto diretamente com o próprio Marcio Barbosa. O governo já tinha tomado sua posição contra qualquer brasileiro. Nada mudaria se não tivesse me lançado. Mas eu não teria servido como desculpa para o governo. Nem criado conflito com um quadro internacionalmente respeitado, como o Marcio Barbosa. Não percebi que a estratégia do presidente e seu ministro era impedir a eleição de qualquer brasileiro para diretor-geral da Unesco. A exclusão do Marcio já estava definida na estratégia do governo, mas eu cometi um erro ao me lançar como alternativa."

CRISTOVAM BUARQUE
Senador pelo PDT-DF. Foi governador do Distrito Federal de 1995 a 1998 e ministro da Educação de Lula em 2003 e 2004 (Foto: Ruy Baron/Valor Econômico/Ag. O Globo)

Quem é o " Cachoeira " do Rio ?

21/05/2012 às 6:49

Chega de conversa mole! Matando a charada: “Carlinhos” é só um dos “Cachoeiras” da Delta. Pergunto: “Quem é o ‘Cachoeira’ do Rio, por exemplo?”

Caras e caros, acho que este post põe os pingos nos devidos “is” no que diz respeito à CPI. Se acharam que ele vai ao ponto que interessa, cuidem de ajudar a espalhá-lo por aí. Vamos lá.

Os fragmentos de narrativa e de conversas que vão vazando das escutas feitas pela PF nas operações Vegas e Monte Carlo vão nos fazendo perder a noção do todo. Aos poucos, os vários pedaços da verdade vão contribuindo para construir o que tem tudo para ser uma grande mentira e um elogio à impunidade. Pensemos.
“Será que Fernando Cavendish, o dono da Delta, está envolvido com jogo do bicho, caça-níqueis, essas coisas?” Não há, até agora, nenhum sinal, certo? Não existem evidências, pois, de que Cavendish seja sócio de Cachoeira na contravenção, mas há indícios de sobra de que este era parceiro daquele em alguns empreendimentos. Estão acompanhando?

Outra questão relevante. Ainda que não existisse uma Delta, Cachoeira seria quem é no mundo da contravenção. Essa sua atividade específica independe de contratos com o governo, licitações, obras públicas etc. Assim, ele tem de ser investigado e, dado o que já se sabe, punido por suas ações no jogo. Atenção para isto: o contraventor já existia antes de a Delta ser o que é. Haveria a obrigação de investigá-lo ainda que ele não tivesse contato com construtora nenhuma.

O que estou querendo dizer é que a investigação tem de ser dividida em dois grupos: num deles, encontramos Cachoeira, os caça-níqueis, a exploração do jogo etc. É coisa séria, que merece atenção? É, sim! Afinal, ele contava até com parlamentares que atuavam como despachantes de seus interesses, a exemplo do que se depreende de seus diálogos com o senador Demóstenes Torres. Restringir, no entanto, a investigação a Cachoeira, como quer o PT — defendeu essa posição até numa resolução nacional —, corresponde a fraudar de forma espetacular a verdade.

Quem é Cachoeira mesmo?

Cachoeira é um contraventor que tem de ser punido na forma da lei, independentemente de seus vínculos com Cavendish. MAS ELE TAMBÉM ERA O HOMEM DA DELTA NA REGIÃO CENTRO-OESTE. E agora chegamos ao ponto: Cavendish não aparece nas conversas de Cachoeira sobre jogo porque, de fato, não tem nada com isso! O bicheiro era o seu operador e intermediário em assuntos no Centro-Oeste. Seu raio de ação não ia muito além dessa região, especialmente Goiás e o Distrito Federal.

Assim, insisto: duas investigações precisam ser feitas: a) a que envolve as ações ilegais do bicheiro como bicheiro; b) a que envolve as ações do bicheiro como parceiro da Delta. E é nesse ponto que a coisa fica interessante: Cachoeira era apenas um dos, digamos, “escritórios” que cuidavam do interesse da empresa. Cavendish, que já declarou ser possível comprar um senador por R$ 6 milhões, ESTABELECEU UMA PARCERIA COM ELE EM ASSUNTOS LOCAIS. Mas certamente não era o bicheiro que atuava como procurador da Delta no Rio, por exemplo.

Quando Cândido Vaccarezza mandou aquele torpedo amoroso para o governador Sérgio Cabral (PMDB), já sabia que o nome do governador do Rio não frequenta as conversas do bicheiro com sua turma. ORA, NEM PODERIA! Tanto no jogo ilegal como no assalto ao erário, a região de Cachoeira, insisto, é o Centro-Oeste.

O leitor esperto já se tocou, não? Cumpre perguntar: quem é o braço operativo de Cavendish no Rio, por exemplo? O bicheiro pode ser hábil, poderoso e tal, mas aquela não era uma área que ele dominasse. Podem virar do avesso os contratos de R$ 1,1 bilhão do estado do Rio com a Delta, e duvido que se encontre por ali o dedo de Cachoeira. A construtora, está claro como a luz do dia, tinha operadores regionais. No Centro-Oeste, ficamos todos sabendo, parece difícil fazer um negócio sem se molhar na fonte do contraventor, mas não fora dali. Tendo a achar que isso explica aquele rasgo vaccarezzo-shakespeariano. O petista dirceuzista estava dando garantias a Cabral de que a CPI vai se limitar ao Centro-Oeste e não quer saber dos outros “Cachoeiras” espalhados Brasil afora.

Quem não se lembra?

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) acusaram maracutaias da Delta no Ceará, em 2010!!! A operação Mão Dupla identificou de tudo por lá: propina, fraudes em licitações, desvio de verbas, superfaturamento, pagamentos irregulares e emprego de material de qualidade inferior ao contratado em obras comandadas pelo Dnit. Um diretor local da Delta, Aluizio Alves de Souza, e o superintendente no Dnit no Estado, Joaquim Guedes Martins de Neto, foram presos. Mesmo assim, o governo celebrou com a construtora outros 31 contratos, no valor de quase R$ 800 milhões. Pergunto: o Ceará estava sob a jurisdição de Cachoeira??? Não! O “homem” da construtora no Estado era outro.

Pergunto outra vez: “Quem será, hein, o ‘Cachoeira’ de Cavendish no Rio? Assim como, no Centro-Oeste, foi preciso recorrer ao estado paralelo cachoeirístico para viabilizar negócios, quem terá, nas terras fluminenses, feito pela Delta o que fazia Cachoeira na região central do Brasil? Entenderam o busílis? Uma coisa é apurar a infiltração da contravenção no estado etc. e tal… É grave? É grave! Mas isso, convenham, para os cofres públicos, beira a irrelevância quando se pensa, só para ficar nas obras do PAC, em R$ 4 bilhões! A INVESTIGAÇÃO QUE MAIS INTERESSA É OUTRA: QUAIS SÃO OS BRAÇOS QUE OPERAM O ESQUEMA DELTA NO BRASIL? Esse é o ovo de Colombo. E parece que é isso o que a CPI quer esconder. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que deixou por um tempos a militância em favor da descriminação da maconha para cuidar de outros baratos na CPI, chama a possibilidade de investigar a Delta em escala nacional de “devassa”!!! Esse é um dos que preferem perseguir a imprensa a ficar no encalço de larápios, que roubam os cofres públicos.

Agora, sim!

Agora, sim!, as coisas parecem mais claras. Misturar no mesmo imbróglio a jogatina — que tem de ser investigada e punida! — e o esquema Delta corresponde a mentir de forma asquerosa para os brasileiros. No Centro-Oeste, em razão das atividades preexistentes de Cachoeira, essas duas coisas se cruzaram. Cachoeira ainda é um contraventor local, com aspirações de estender nacionalmente a sua influência. A Delta, nesse sentido, lhe era um canal e tanto. A teia verdadeiramente nacional é outra: chama-se Delta. E é preciso saber o nome dos outros “cachoeiras”. PARA QUE TODOS SEJAM PUNIDOS POR SEUS EVENTUAIS CRIMES.

Punir apenas Carlinhos Cachoeira, Demóstenes e mais um, dois ou três não é injusto, não, no que diz respeito à turma e às suas ações. Punir apenas essa gente é injusto com o Brasil! E se trata de mais uma aposta na impunidade, que está na raiz de toda essa lambança.

Se a CPI não investigar para valer a Delta no Brasil inteiro, estará mandando um recado aos demais “Cachoeiras” do esquema:

“Vocês são nossos, nós somos seus, e o Brasil e os brasileiros que se danem”.

Texto publicado originalmente às 4h27 desta segunda

Por Reinaldo Azevedo ( Veja )

domingo, 20 de maio de 2012

Cariocas pedem pressa no julgamento do mensalão do PT.

Uma cadeia simbólica, feita de canos de PVC, foi montada hoje (20) na orla da Praia de Ipanema, na zona sul da capital fluminense. A iniciativa chamou a atenção para a demora do Supremo Tribunal Federal (STF) em votar o processo do chamado mensalão.

No calçadão, os manifestantes colheram cerca de 1,2 mil assinaturas em uma petição. O documento pede celeridade ao STF no julgamento dos réus do mensalão e também pode ser assinado na internet. Lançado em abril, o documento conta atualmente com cerca de 40 mil adesões e será entregue à Corte até o final do mês.

O protesto é uma iniciativa da rede de movimentos contra a corrupção e ocorre paralelamente em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, segundo os organizadores.

No Rio, à frente do Movimento 31 de Julho, o empresário Marcelo Medeiros diz que a demora no julgamento abre a possibilidade da prescrição de crimes cometidos por políticos, às vésperas das eleições municipais – cuja campanha no rádio e na TV começa em 21 de agosto. "O que não pode é [o STF] deixar de julgar, porque isso dá abertura, evidentemente, no caso de condenação, para que [candidatos] fichas sujas sejam eleitos, o que, obviamente, contraria a Lei da Ficha Limpa", disse Medeiros, que vestia uma camisa com os dizeres "Pega Ladrão".

O processo do mensalão apura o envolvimento de 38 réus em um esquema de compra de votos de parlamentares no primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A ação tramita desde 2007 no Supremo e contém denúncias feitas há sete anos. O andamento do caso depende do voto do revisor, ministro Ricardo Lewandowski, e espera-se que entre na pauta de sessões do STF ainda no primeiro semestre. O relator é o ministro Joaquim Barbosa.

Para traçar um estratégia para o julgamento, o caso será tema de reunião no STF na próxima terça-feira (22). Segundo o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, a ideia é avançar no cronograma e na logística, processo iniciado no último dia 9 de maio.



Queremos Cabral na CPI , gritavam manifestantes !


Um grupo de manifestantes segue na orla de Copacabana (Zona Sul) para protestar contra o adiamento da convocação dos governadores Sérgio Cabral (Rio de Janeiro), Agnelo Queiroz (Brasília) e Marconi Perillo (Goiás) para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o elo entre o bicheiro-empresário que dá nome à Comissão e parlamentares e entidades públicas e privadas.


Os populares cobram não apenas a convocação dos governadores, mas também explicações sobre as inúmeras viagens realizadas pelo governador do Rio de Janeiro.


Denúncias trazidas à tona pelo deputado federal Anthony Garotinho, em seu blog, no mês passado, revelaram que Cabral e alguns secretários estaduais, além do empresário Fernando Cavendish, proprietário da Delta Construções, viajaram para Paris e Mônaco. Há suspeita de que o grupo tenha se beneficiado de dinheiro público para as viagens.

Muitos manifestantes usam lenços na cabeça, uma alusão à fotografia publicada por Garotinho em seu blog, quando Cabral e secretários faziam uma "farra" na Europa. Na ocasião, o governador disse que estava em "viagem oficial", buscando "investimentos para o estado do Rio de Janeiro".( Fonte : JB )






Asfalto nem tão liso assim.


Um buraco surgido a partir da degradação do asfalto na Avenida Marechal Rondon, no Engenho Novo.


Buracos nas ruas trazem dor de cabeça aos motoristas e prejuízo aos cofres públicos. Dois anos depois de ter sido iniciado, o programa Asfalto Liso está prestes a encerrar seu cronograma. De acordo com a prefeitura, a durabilidade do novo pavimento poderia ser de até dez anos. Entretanto, algumas vias recuperadas recentemente já apresentam obstáculos para quem circula de carro pelo Rio. Desde 2010, 640 quilômetros de ruas foram recapeados e outros 700 estão sendo recuperados. Ao todo, foram aplicados R$ 476 milhões.

Entre os casos identificados pelo EXTRA — na Tijuca, em Vila Valqueire, no Engenho Novo e no Méier —, é possível perceber que há situações em que a obra foi mal finalizada, enquanto há outras em que concessionárias de serviços públicos realizaram intervenções, danificando a pavimentação. Prevendo inicialmente encerrar o programa em julho, a Secretaria municipal de Obras já pensa na possibilidade de estendê-lo por mais tempo.

Motoristas e pedestres concordam que houve avanços, mas também reclamam de situações em que fica evidente a falta de planejamento. Um desses casos ocorre na Rua São Francisco Xavier 190, na Tijuca. Uma cratera foi aberta por uma das concessionárias, que a deixou sinalizada.

— O problema já tem um mês. Vieram consertar um vazamento. Eles (os técnicos) abriram, mas não fecharam. Um carro até já caiu no buraco, que se torna bastante perigoso porque é muito grande — diz o faxineiro Luiz Aprígio, de 48 anos.

Na Rua Hermengarda 428, há dois trechos em que no lugar do asfalto há uma cobertura de concreto mais baixa do que as pistas.

— Tiraram os buracos, mas eles aparecem de novo. O asfalto não deve ter seis meses. Vai ser a terceira vez que fazem consertos. Esta é uma da ruas principais do Méier, é um descaso total, não é asfalto liso como falam — diz Josias Santos, de 49 anos.

Especialista aponta para falta de manutenção.

Professora do departamento de engenharia civil da PUC, Michele Casagrande aponta que, em geral, os episódios de baixa durabilidade do pavimento ocorrem pela utilização de material inadequado e por causa de falta da manutenção frequente.

— Em pavimentação, tudo gira em torno de custos, porque as obras têm um custo alto, e as prefeituras não têm tanto dinheiro para fazer investimentos. Às vezes, usa-se um material de qualidade inferior. Aqui, no Rio, o material está sendo adequado. Mas, todo tipo de pavimento requer uma manutenção a curto prazo. O que acontece, muitas vezes, é que não há conservação — explica a engenheira da PUC.

A Avenida Marechal Rondon também já passou pelo programa Asfalto Liso. Mesmo assim, nas proximidades do prédio de númer 2.651, no Engenho Novo, verificam-se buracos na pista da direita, perto de um ponto de ônibus.

— A rua estava pior do que se encontra agora. Taparam um pouco os buracos, mas o serviço foi feito de qualquer jeito — afirma a estudante Ariane Cardoso, de 18 anos.

Já na Estrada Japoré, nas proximidades do número 241, em Vila Valqueire, há um buraco profundo que surpreende alguns motoristas.

— Quem conhece desvia, quem não conhece... Outro dia um carro tentou se afastar e quase pegou um outro — conta o pedreiro Luiz Geraldo Pereira, de 40 anos.

Enquanto isso, na Rua Conde de Bonfim 984, na Usina, há um buraco na pista e um bueiro abaixo do nível do asfalto no canto direito, em direção à Praça Saens Peña. A tampa de bueiro desnivelada é um risco para motoristas desavisados, dizem moradores.

— Quando passa um caminhão ou um ônibus e a roda bate no bueiro faz muito barulho. Outro dia, um veículo bateu no buraco e chegou a tirar um pedaço do poste — relembra o comerciante José Azevedo, de 66 anos.( Extra )



sábado, 19 de maio de 2012

Cala , Cavendish ! Ordem de Lula . Mas o Povo quer : Fala , Cavendish.

Segredos de Cavendish preocupam PT e seus aliados


Acusada de irregularidades e pagamento de propina, a construtora Delta, uma das maiores do país, agoniza. Nos bastidores, seu dono ameaça revelar segredos que comprometeriam políticos e outras grandes empreiteiras


Blefe? - Fernando Cavendish, proprietário da Delta, tem enviado recados a grandes empreiteiros e políticos sobre o risco de surgirem revelações envolvendo caixa dois e dinheiro para campanhas eleitorais (Cristiano Mariz e Oscar Cabral)

É absolutamente previsível a explosão que pode emergir de uma apuração minuciosa envolvendo as relações de uma grande construtora, no caso a Delta Construções, e seus laços financeiros com políticos influentes. A empreiteira assumiu o posto de líder entre as fornecedoras da União depois de contratar como consultor o deputado cassado José Dirceu, petista que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) no papel de "chefe da organização criminosa" do mensalão. Além disso, consolidou-se como a principal parceira do Ministério dos Transportes na esteira de uma amizade entre seu controlador, Fernando Cavendish, e o deputado Valdemar Costa Neto, réu no mesmo processo do mensalão e mandachuva do PR, partido que comandou um esquema de cobrança de propina que floresceu na gestão Lula e só foi desmantelado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff. A empreiteira de Cavendish é dona da maior fatia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem contratos avaliados em cerca de 4 bilhões de reais com 23 dos 27 governos estaduais. Todo esse império começou a ruir desde que a Delta foi pilhada no epicentro do escândalo envolvendo o contraventor Carlos Cachoeira. Se os segredos de Cachoeira são dinamite pura, os de Cavendish equivalem a uma bomba atômica. Fala, Cavendish!


Na semana passada, a CPI do Cachoeira aprovou a convocação de 51 pessoas e 36 quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Os números foram festejados pela cúpula da comissão como prova inconteste da disposição dos parlamentares para investigar os tentáculos da máfia da jogatina nos partidos políticos, na seara das empreiteiras e na administração pública. Sob essas dezenas de votações, no entanto, esconde-se a operação patrocinada pelo ex-presidente Lula e alguns políticos para impedir que a bomba atômica de Cavendish seja detonada. A estratégia é enaltecer as convocações e quebras de sigilo relativas a empresas e personagens já fartamente investigados pela Polícia Federal. Assim fica mais fácil despistar as manobras para evitar que Cavendish conte tudo — mas tudo mesmo — o que sabe sobre como obter obras públicas pagando propinas a pessoas com poder de decisão nos governos. Investigar a Delta, aliás, foi considerada a tarefa prioritária pelos próprios delegados da Polícia Federal que prestaram depoimento à CPI. Eles disseram que desvendar os mecanismos subterrâneos de concessão de obras públicas no Brasil seria o maior legado da CPI. Fala, Cavendish!
Deflagradas pela Polícia Federal, as operações Vegas e Monte Carlo revelaram o envolvimento do contraventor Carlos Cachoeira com políticos como o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta na Região Centro-Oeste. Entre outras atividades, o trio agia para abrir os cofres dos governos estaduais e federal à empresa. Para tanto, ofereceria propina em troca de contratos. A PF colheu indícios desse tipo de oferta criminosa, por exemplo, em Goiás e no Distrito Federal. Foi com base nessa delimitação geográfica que os petistas defenderam uma investigação sobre a atuação da empreiteira apenas na Região Centro-Oeste — tese que saiu vitoriosa na semana passada. "Não há conversa gravada do Cachoeira com o Fernando Cavendish. A CPI não pode se transformar numa casa de espetáculo", bradou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "A generalização beira a uma devassa", reforçou Paulo Teixeira (PT-SP). Os petistas cumpriram à risca as ordens dadas por Lula um dia antes, quando ele esteve em Brasília para a cerimônia de instalação da Comissão da Verdade. A ordem foi calar Cavendish. Mas o correto é o contrário. Fala, Cavendish!



O ex-presidente sabe do potencial de dano ao PT e a seus aliados caso Fernando Cavendish conte como a sua Delta conseguia seus contratos de obras e, em troca, pagava políticos. Numa conversa gravada com ex-sócios, Cavendish os incentivou a cortar caminho para o sucesso comprando políticos. Na tabela da corrupção da Delta, um senador, por exemplo, custaria 6 milhões de reais. A Delta tem obras contratadas por governadores pertencentes aos maiores partidos do país — PT, PSDB e PMDB. Será que essa onipresença da Delta explica as razões pelas quais a CPI decidiu não chamar para depor os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ)? O deputado Vaccarezza deu a resposta. "A relação do PMDB com o PT vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu", escreveu em idioma parecido com o português o deputado Vaccarezza numa mensagem de celular destinada ao governador Sérgio Cabral. Captada pelas câmeras de televisão do SBT, a mensagem revela de forma inequívoca o grande arranjo para calar o dono da Delta, amigo íntimo de Cabral. Portanto, é bom repetir a palavra de ordem que pode salvar a CPI do fracasso. Fala, Cavendish!

Nos bastidores, Cavendish tem falado. E muito. Ele usou interlocutores de sua confiança para divulgar suas mensagens. Uma delas foi endereçada aos políticos. Seus soldados espalharam a versão de que a empreiteira destinou cerca de 100 milhões de reais nos últimos anos para o financiamento de campanhas eleitorais — e que o dinheiro, obviamente, percorreu o bom e velho escaninho dos "recursos não contabilizados". Uma informação preciosa dessas deveria excitar o ânimo investigativo da CPI do Cachoeira. Os mensageiros de Cavendish também procuraram solidariedade na iniciativa privada. A arma foi ressaltar que o caixa dois da Delta, que serviu para financiar campanhas, segue um modelo idêntico ao de outras empreiteiras, inclusive usando os mesmos parceiros para forjar serviços e notas fiscais frias. A mensagem é: se atingida de morte, a Delta reagiria alvejando gente graúda. Como o navio nazista Bismarck, a Delta afundaria atirando. Faria, assim, um bem enorme ao interesse coletivo, mas seria mortal aos interesses privados. Os mensageiros de Cavendish têm espalhado que a mesma empresa fornecedora de notas frias da qual sua construtora se servia abastecia outras duas grandes empreiteiras. São essas ameaças, somadas à coloração suprapartidária dos contratos firmados, que azeitam a blindagem da Delta. Como saber se Cavendish está apenas blefando em uma clássica operação de controle de danos? Levando-o à CPI. Fala, Cavendish!

Desde a eclosão do escândalo, a Delta foi forçada a deixar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), encomendadas pela Petrobras, e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), sob responsabilidade do Ministério dos Transportes. A polêmica sobre o destino da empreiteira pôs a presidente e o antecessor em rota de colisão pela segunda vez em menos de dois meses. Lula patrocinou a criação da CPI do Cachoeira ao considerá-la uma oportunidade de desqualificar instituições que descobriram, divulgaram e investigaram o esquema do mensalão, como a imprensa, o Ministério Público, o Judiciário e a oposição. Logo após a abertura da CPI, Fernando Cavendish passou a negociar a empresa com o grupo J&F, cujos donos eram parceiros preferenciais do governo Lula. A venda foi orquestrada pelo ex-presidente. O papel de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de mandato do petista e atual CEO do J&F, na manobra ainda não está claro. Meirelles não comenta, mas sabe-se que ele, desde os tempos de BC, não assina nada que não tenha a chancela de seus advogados particulares.


Vergonha nacional - Collor e o petista Cândido Vaccarezza: constrangimento à imprensa e troca de gentilezas com o governador Sérgio Cabral

O J&F tem 35% de suas ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mais que isso. Tomou emprestados mais de 6 bilhões de reais no banco. É, portanto, uma empresa semiestatal. Por meio de assessores, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que seu governo não apoia a encampação da Delta pelo grupo J&F. A contrariedade de Dilma foi explicitada pela decisão das estatais de tirar a Delta de obras do Dnit e da Petrobras. Dilma determinou à Controladoria-Geral da União (CGU) que declare a empreiteira inidônea e, portanto, proibida de fechar contratos com a União. "O governo fará tudo o que estiver a seu alcance para esse negócio não sair", diz um auxiliar da presidente. Quem conhece Fernando Cavendish mais de perto garante que ele nem de longe vestiria o traje de homem-bomba. Mas como ter certeza de que tem potencial explosivo ou apenas quer minimizar os ataques a ele e a sua empresa? Levando-o à CPI. Vamos lá, coragem. Fala, Cavendish! ( Fonte : Veja )