terça-feira, 26 de janeiro de 2016

1ª Parte do Grande Expediente 17/09/2015 Discurso 73ª Sessão

1ª Parte do Grande Expediente
17/09/2015

Discurso
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73ª Sessão
Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores. Nesta semana é a terceira vez que venho à tribuna para externar a minha opinião contrária ao pacote fiscal do Governo Federal, mais notadamente contra a volta da maldita CPMF.
Não se pode mais sacrificar os setores produtivos da sociedade e da população para tentar reparar erros das autoridades. A CPMF não é imposto apenas do cheque, como alguns pensam. Eu vou repetir: A CPMF não é imposto apenas do cheque, como alguns pensam! Ela recai sobre todas as transações financeiras, atingindo a produção, a circulação e até mesmo o consumidor. Toda a economia sofre com a CPMF!
Trago hoje a nota pública de entidades de elevada credibilidade. Passo então a ler, e por isso vim a esta tribuna:
“Entidades avaliam que aumento da carga tributária impede crescimento do Brasil
Ao elevar impostos, o governo está transferindo o ônus do ajuste fiscal para a sociedade e para o setor produtivo.
A Ordem dos Advogados do Brasil, a Confederação Nacional da Indústria, a Confederação Nacional do Transporte, a Confederação Nacional de Saúde, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas avaliam que, ao elevar a pressão fiscal sobre os contribuintes – com a recriação da CPMF – o governo está transferindo para a sociedade e o setor produtivo o custo do ajuste fiscal. O Brasil possui carga tributária das mais elevadas para países com a sua renda, que passa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento dos tributos neste momento repete a fórmula anticompetitividade e impeditiva do crescimento.
A CPMF é um tributo de má qualidade por ser pouco transparente e incidir de forma cumulativa na cadeia produtiva.
A ausência de um programa fiscal estrutural que enfrente as regras automáticas de expansão dos gastos abre caminho para a fácil alternativa de se criar novos tributos. O corte de gastos apresentado pelo governo, além de insuficiente, é bem menor que as contribuições das receitas.
Para as Entidades, novas contribuições estão sendo transferidas para a sociedade sem que se vislumbre um caminho de saída da atual crise. O Brasil precisa enfrentar a agenda de superação da crise com agenda estrutural que demonstre a intenção real do governo em equilibrar as contas públicas. O caminho não passa pela elevação da carga tributária.”
Muito obrigado, Senhor Presidente.