terça-feira, 26 de janeiro de 2016

1ª Parte do Grande Expediente 07/10/2015 Discurso 81ª Sessão

1ª Parte do Grande Expediente
07/10/2015

Discurso
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81ª Sessão

Senhor Presidente, senhores vereadores, senhoras e senhores, na quinta-feira passada, 1º de outubro, eu me preparava para fazer uma homenagem ao Dia dos Idosos, até porque faço parte desse grupo de pessoas. Mas, por motivos do conhecimento de todos, não tivemos Sessão. Então, vou reparar essa nossa condição de impossibilidade de fazê-lo no dia, e fazê-lo hoje. Vamos homenagear os nossos idosos.
Nos países em cuja cultura se inclui a reverência, a admiração e o respeito aos idosos são feitas homenagens aos que atingiram a idade em que a pessoa acumulou mais experiências e que pode, com a sua sabedoria, colaborar na formação das novas gerações, transmitindo-lhes todo o acervo cultural reunido ao longo dos anos. Nesses países, não se desperdiça o conhecimento acumulado pelos idosos. Ao contrário, eles são estimulados a repassar os valores que compõem todo o acervo cultural daqueles povos para que as crianças, os adolescentes e até os adultos mais jovens percebam que não se deve perder, nas gerações seguintes, o que foi acumulado, ao longo do tempo, ao longo da história daquele povo. Assim acontece, por exemplo, no Japão e em boa parte da Europa.
Infelizmente, em países como o nosso, em que não se valoriza e nem se respeita a figura do idoso, há fragmentação cultural. Pouco ou nada do que foi acumulado pelos idosos é transmitido por eles próprios, já que os mesmos nunca são usados como referência cultural. Até mesmo as pessoas mais destacadas na sociedade, nos diversos campos de atividade, como políticos, escritores, pintores, jornalistas, religiosos, desportistas e professores, ao chegarem à chamada terceira idade, caem no anonimato, são desprezadas, esquecidas, adoecem e morrem em total desencanto.
As famílias, os governos e a sociedade como um todo não têm o devido cuidado com os idosos, mesmo que eles ainda estejam lúcidos. De forma inconsciente, os mais jovens discriminam os idosos, não lhes dão a atenção devida, consideram-nos ultrapassados e chatos, esquecendo-se que, talvez, se Deus permitir, um dia poderão atingir a idade dos que hoje ignoram, de alguma forma, ou fingem cuidar, colocando-os em asilos para se livrarem dos mesmos.
A inteligência dos povos que aproveitam os seus idosos na transmissão da cultura, além de garantir a formação de novas gerações mais unidas e responsáveis, colabora para que o envelhecimento seja saudável. É a prática sábia do respeito à idade e da dignidade da pessoa. Respeitar o idoso é homenagear sua história de vida, qualquer que seja ela.
A Constituição Brasileira, em seu Artigo 230, preconiza que: "A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida". No parágrafo primeiro desse artigo, encontramos a dicção: "Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares”. De pronto, percebemos que a nossa Carta Magna não é cumprida pelos governos. Basta comparecer a um hospital onde há idosos para se constatarem os maus-tratos e, se formos às casas de acolhimento aos idosos, vamos deparar com aberrações que nos decepcionam.
Quem não teve a oportunidade de ver o ônibus urbano passar e o seu motorista fingir que não viu o idoso e não parar o coletivo? Quem não teve a oportunidade de, no trem da Supervia, no metrô, na barca ou no ônibus, ver pessoas idosas viajarem em pé, enquanto jovens ficam sentados fingindo estar distraídos para não dar o lugar, como se fazia em outros tempos? O desrespeito ao idoso começa no lar, na família, passa pela sociedade e atinge a maioria das instituições governamentais ou privadas no Brasil.
Se um jogador de futebol é considerado velho aos 40 anos, um profissional de qualquer atividade é considerado velho aos 45 anos e, se estiver desempregado, dificilmente consegue novo emprego, imagine um idoso, ou seja, uma pessoa que tenha 65 anos ou mais? Se isso não é discriminação, que nome tem?
No Artigo 26 do Estatuto do Idoso, encontramos: “O idoso tem direito ao exercício da atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.”
O Dia Internacional do Idoso é comemorado, anualmente, a 1º de outubro. Esse dia foi instituído em 1991, pela ONU, e tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar da população mais idosa.
A mensagem do Dia do Idoso é passar mais carinho aos idosos, muitas vezes esquecidos pela sociedade e pela família. O idoso deve ser inserido no mercado de trabalho para ter uma vida digna. Nesse propósito, a ONU propõe uma mudança de paradigma para resolver o grave problema de envelhecimento da população, abordando-se de forma positiva, a fim de superar os estereótipos que estão associados aos idosos.
Assim, o Dia Internacional do Idoso serve para, primeiro, homenagear as pessoas idosas e comemorar as suas conquistas; segundo, conscientizar todas as populações sobre a importância da mudança de atitudes para com os idosos; terceiro, instituir reflexões acerca das necessidades dos idosos e buscar formular estratégias políticas e práticas em todos os setores, buscando concretizar as enormes potencialidades do envelhecimento no século XXI; quarto, que os idosos se realizem plenamente em seus direitos e consigam envelhecer com segurança e dignidade.
Os idosos não são uma categoria a parte. Todos nós continuamos a nos desenvolver, envelhecendo dia após dia. E aos jovens cabe saber que devemos oferecer carinho e atenção aos mais velhos. O mundo está pronto para os jovens porque existiram outros jovens que hoje estão em outra fase da vida, a velhice, e ela um dia nos terá! É inevitável o curso da vida!
Eu gostaria de encerrar com um chamamento a todas as autoridades e a todos os segmentos da sociedade para que deem atenção aos nossos idosos.
Por fim, Senhor Presidente, depois dessa nossa singela homenagem ao Dia dos Idosos que ocorreu no dia 1º de outubro, eu queria chamar a atenção para três pontos importantes nos quais vou bater até o dia 13 de novembro: as eleições dos conselhos tutelares vão ser fraudadas! As eleições para conselheiros tutelares vão ser fraudadas! Vão-se escolher conselheiros, em sua grande maioria, incompetentes e inidôneos para um exercício tão nobre! Por quê?
Primeiro, porque tem que haver uma análise de todas as declarações apresentadas pelos candidatos de sua atuação junto às crianças e adolescentes, por força de lei. Segundo, é indispensável que o TRE comande esse processo, sob pena de haver fraude! Se não for através do TRE, haverá fraude, não há dúvida! Terceiro, para que o processo seja correto, num trabalho do TRE, e depois da apuração, das declarações, há necessidade de fiscalização nos locais de votação, e mais, segurança promovida pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar.

Estou avisando hoje, dia 7 de outubro, que haverá fraude no dia 15 de novembro!