Integrais com rótulos errados devem ser retirados das prateleiras, sob pena de multa.
Preferido entre consumidores que fazem dieta, e custando o dobro do preço do produto comum, o pão de forma integral light não é tão saudável quanto mostra o rótulo. Sentença da juíza Márcia de Carvalho, da 2ª Vara Empresarial do Rio, proíbe a venda deles enquanto as empresas notificadas não apresentarem mudanças exigidas pela Anvisa e Inmetro. O objetivo é que as empresas deixem de passar a ideia ao consumidor de que ele não vai engordar ao consumir o produto.
Pela sentença, os fabricantes devem tirar das embalagens atrativos de marketing não comprovados cientificamente, tais como frases indicando que os pães “podem contribuir para um melhor funcionamento do sistema digestivo” ou que ajudam a “reduzir a absorção de gordura”.
Os fabricantes Wickbold, Kodama, Natuvita, Bimbo e Bread’s estão proibidos de vender até que as informações sejam alteradas. Caso não cumpram a determinação, terão que pagar multa diária de R$ 10 mil.
Os pães reprovados são os seguintes: light Wickbold, pão light de centeio Seven Boys, pão integral light Naturalle, pão com flocos de aveia light Carrefour, pão de forma Plus Vita light, pão light com grãos e proteína de soja Plus Vita Pullman, e pão multi grãos light Bread’s.
Os testes do Inmetro analisaram porções de 100 gramas de pães vendidos com o rótulo de light. A análise reprovou as marcas e revelou que nenhum pode ser classificado desta forma. Pesquisa recente constatou que é insignificante a diferença de calorias entre os pães comum, light, integral ou com grãos.
A esteticista Elizabethe Mendes, 60 anos, diz levava em conta informações das embalagens. “Quando compro pão integral light, entendia que ajuda a saúde”, disse.