segunda-feira, 16 de julho de 2012

Chips deveriam ser instalados em pacientes sem atendimento .


Sindicato vai denunciar ao Ministério Público instalação de chips em jalecos para controlar frequência dos médicos

Os chips instalados nos jalecos de médicos e outros profissionais de saúde para controlar a frequência e a permanência deles nos plantões da UPA de Mesquita serão alvo de denúncia do Sindicato dos Médicos no Ministério Público do Trabalho e na Organização Internacional do Trabalho. A insatisfação com o monitoramento por radiofrequência encontrou eco também no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj).

- Isso é escandaloso - critica Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro: - Tratam os profissionais de saúde como gado. É assédio moral. Há formas mais respeitosas de controlar a presença. Para que servem o diretor da unidade e o chefe do plantão?

Para o coordenador da Comissão de Saúde Pública do Cremerj, Pablo Vazquez, o controle de horário dos médicos nos plantões tem que ser feito, mas a instalação de chips nos jalecos é uma "parafernália que só induz a uma imagem errada".

- Isso é para desviar a atenção do que realmente não está certo. Deveriam implantar chips para ver se um paciente está enfartando sem atendimento. Esses sensores deveriam apitar quando não há vaga para internar alguém - diz Pablo Vazquez, referindo-se aos aparelhos instalados nas portas de saída da UPA de Mesquita, que apitam caso alguém vestindo jaleco se aproxime, alertando que não se deve deixar a unidade com o uniforme.