No dia 2 de julho , das 19 às 21 horas , os moradores do Condomínio Mirante Residencial , na Estrada do Cafundá , 1757 , Bloco 2 , Taquara , receberam o professor Célio Lupparelli , acompanhado do Dr Marcos Paulo Montenegro e da Professora Edjane Fontes para uma palestra-debate sobre a situação da saúde pública na cidade do Rio de Janeiro.
Após a apresentação inicial , o Dr Marcos fez uma brilhante análise sobre os diversos problemas que prejudicam o setor , destacando , entre outros , os desvios dos recursos da sáude divulgados , fartamente , pela mídia e que dificultam o trabalho do pessoal das unidades hospitalares , das UPAs , das Clínicas da Família e dos Centros de Saúde. Abordou reportagem que divulgou pesquisa mostrando que 54% dos cariocas estão preocupados com o caos da saúde , enquanto 14 % estão preocupados com a segurança , 12 % com a educação , 3% com transporte e 2% com saneamento. A Saúde passou a ser a maior preocupação de todos.
Vimos que , na avaliação feita pelo governo federal , só 6, 2 % dos municípios têm serviço de boa qualidade. Desperdícios do dinheiro da saúde com academias , aluguel de touro mecânico , construção de pistas de skate e farras de festas juninas são algumas das causas desse quadro lamentável . Em nove anos , pelo menos , R $ 2, 3 bilhões do setor foram para o ralo da corrupção.
Além da corrupção , um dos maiores problemas da Saúde Pública é a GESTÃO. A implantação das OSs na saúde não trouxe benefícios . Ao contrário , os desvios de verbas e de equipamentos e materiais aumentaram , mostrando que essa não é a solução para o problema da gestão.
A falta de equipamentos , de médicos , de enfermeiros , de gaze , de soro , de esparadrapo e até de algodão torna o exercício da medicina um desafio capaz de provocar desânimo e evasão de médicos da rede pública. As emergências estão superlotadas e não há entrosamento entre as unidades de saúde. Pediatras e neurocirurgiões passaram a ser coisa rara no serviço público. É claro que os baixos salários e a precariedade das condições de trabalho são causas dessa evasão e da falta de interesse de médicos que se formam em participar de concursos para preencher os quadros nas unidades de saúde . Não vale a pena.
Com intervenções periódicas do professor Célio Lupparelli e da professora Edjane , os presentes passaram a relatar casos de atendimento precário em UPAs , em clínicas da família , em postos de saúde e em hospitais. Como alguns dentre os presentes eram pessoas ligadas aos serviços de saúde pública do Rio , a reunião ganhou muito em depoimentos. Foi realmente , um encontro muito proveitoso. No dia 13 de agosto , a pedido dos presentes , haverá um outro encontro , mas para abordar a educação pública.
É ASSIM QUE SE CONSTRÓI A CIDADANIA !
MAS É PRECISO TER COMPETÊNCIA E CORAGEM PARA OUVIR A POPULAÇÂO E CONHECER SEUS ANSEIOS.