Esposa diz que indenização de R$ 2 milhões não paga os 11 anos que marido ficou na prisão. “Sofrimento imenso”, diz ela
Preso por 11 anos anos e oito meses sem direito a julgamento, o técnico em eletrônica Vladimir Ranieri Pereira Sobrosa teve oportunidades de sobra para fugir da cadeia. É o que diz a esposa dele, a funcionária pública e bacharel em Direito Cristina - ela preferiu não dar o sobrenome para preservar a família. Segundo ela, o marido - que sempre disse ser inocente das acusações de homicídio e de pertencer a um grupo de extermínio - teve várias oportunidades de fugir, mas nunca cedeu.
- Mas ele não quis. O Vladimir sempre foi inocente e conseguiu provar isso. Passou por várias fugas e rebeliões e continuou firme - disse ela.
O técnico em eletrônica saiu da cadeia em 2007, depois de ser absolvido pela Justiça. Esta semana ele ganhou, em primeira instância, uma ação que moveu contra o estado, condenado a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais por causa da prisão longa demais.
- Ainda cabe recurso, nem sabemos se receberemos esse dinheiro. Mas de qualquer forma, ele não paga o sofrimento. Se alguém propuse a você ganhar R$ 2 milhões depois de passar quase 12 anos na cadeia, você toparia? Ele já cumpriu uma pena, mesmo sendo inocente.
Segundo ela, o marido tem sequelas: praticamente perdeu a visão do olho direito e sofre de doenças respiratórias. Além disso, não conseguiu acompanhar o crescimento do filho - o menino tinha apenas 7 anos quando o pai foi preso e não aguentava o constrangimento das revistas antes das visitas. Hoje, anos 24 anos, é militar do Exército.
- O Vladimir quase não recebia visitas. Era muito complicado. No período em que ele ficou preso morreram avô, avó, tia... Foi um sofrimento imenso - disse Cristina.
A bacharel em Direito conheceu Vladimir depois que ele saiu da prisão. Desde então, os dois estão juntos. Ela já pensou em escrever um livro contando a história do marido, mas desistiu da ideia por achar que a família ficaria muito exposta.
Procurada pelo EXTRA por telefone, a mãe de Vladimir chorou muito e apenas disse:
- Já sofremos muito com essa história. Não queremos mais falar sobre isso.
Preso por 11 anos anos e oito meses sem direito a julgamento, o técnico em eletrônica Vladimir Ranieri Pereira Sobrosa teve oportunidades de sobra para fugir da cadeia. É o que diz a esposa dele, a funcionária pública e bacharel em Direito Cristina - ela preferiu não dar o sobrenome para preservar a família. Segundo ela, o marido - que sempre disse ser inocente das acusações de homicídio e de pertencer a um grupo de extermínio - teve várias oportunidades de fugir, mas nunca cedeu.
- Mas ele não quis. O Vladimir sempre foi inocente e conseguiu provar isso. Passou por várias fugas e rebeliões e continuou firme - disse ela.
O técnico em eletrônica saiu da cadeia em 2007, depois de ser absolvido pela Justiça. Esta semana ele ganhou, em primeira instância, uma ação que moveu contra o estado, condenado a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais por causa da prisão longa demais.
- Ainda cabe recurso, nem sabemos se receberemos esse dinheiro. Mas de qualquer forma, ele não paga o sofrimento. Se alguém propuse a você ganhar R$ 2 milhões depois de passar quase 12 anos na cadeia, você toparia? Ele já cumpriu uma pena, mesmo sendo inocente.
Segundo ela, o marido tem sequelas: praticamente perdeu a visão do olho direito e sofre de doenças respiratórias. Além disso, não conseguiu acompanhar o crescimento do filho - o menino tinha apenas 7 anos quando o pai foi preso e não aguentava o constrangimento das revistas antes das visitas. Hoje, anos 24 anos, é militar do Exército.
- O Vladimir quase não recebia visitas. Era muito complicado. No período em que ele ficou preso morreram avô, avó, tia... Foi um sofrimento imenso - disse Cristina.
A bacharel em Direito conheceu Vladimir depois que ele saiu da prisão. Desde então, os dois estão juntos. Ela já pensou em escrever um livro contando a história do marido, mas desistiu da ideia por achar que a família ficaria muito exposta.
Procurada pelo EXTRA por telefone, a mãe de Vladimir chorou muito e apenas disse:
- Já sofremos muito com essa história. Não queremos mais falar sobre isso.