Polícia do Rio confirma morte do menino Juan e admite engano
A chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, anunciou nesta quarta-feira a morte do menino Juan Moraes, 11, desaparecido desde o fim de junho após uma operação policial na favela Danon, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense).
De acordo com a delegada, o corpo foi localizado no rio Botas, em Nova Iguaçu, na quinta-feira (30). Inicialmente a informação da polícia era de que o corpo localizado era de uma menina, mas exames de DNA comprovaram que se tratava da criança desaparecida.
Segundo Sérgio Henriques, diretor técnico-científico da Polícia Civil, a perita que fez o exame preliminar no corpo foi "precipitada" ao divulgar que se tratava de um corpo feminino e "vai responder à sindicância no tribunal". O IML (Instituto Médico Legal) ainda prepara um laudo sobre o corpo de Juan, que estava submerso e em estado avançado de decomposição.
O titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Ricardo Souza, não confirmou se o menino foi baleado pelos PMs que participaram da operação. Ele disse que aguarda a realização de uma reprodução simulada da operação, na manhã de sexta-feira (8). Ele disse que já tem as informações do localizador via satélite instalado nos veículos da PM que estavam no local.
Juan sumiu durante confronto entre PMs e traficantes no último dia 20, na favela Danon. Seu irmão, de 14 anos, foi ferido e acabou desmaiando, mas diz que chegou a ver o menino ser baleado. Segundo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), moradores da região dizem que Juan foi colocado dentro de um carro da PM.
Invadir comunidades pobres dando tiros e deixando policiais suspeitos de envolvimento com diversos crimes atuarem na linha de frente dessas operações só pode dar nisso. Mas , como a família é pobre ...
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