sábado, 30 de julho de 2011

COMENTÁRIO DO Dr JOÃO BITENCOURT (ADVOGADO) E NOSSA RÉPLICA.

Amigo Célio!



Me admira Vossa Excelência, professor e hoje estudante de direito, defender a não realização desse EXAME. A que título?


Veja os últimos resultads dos EXAMES e entenderás que, além de importante, é necessário.


Somente quem advoga há muitos anos é capaz de avaliar a situação caótica e o despreparo dos bacharéis, principalmente aqueles gestados nas faculdades particulares, verdadeiros comércios de "ensino".


Enquanto outras profissões, como médicos e engemheiros, através de seus Conselhos querem instituir este de EXAME, alguns se movimentam contrariamente, ao da OAB que existe há muitos anos e tem revelado o BAIXO nível do ensino jurídico no país.


Selecionar é preciso!
Pense nisso!
Abs
João Bitencourt.




Dr João Batista,


Primeiramente, quero declarar que respeito sua opinião, pois sua vasta experiência profissional lhe permite ser favorável à prova da OAB. Sei que essas distorções na qualificação profissional existem , mas temos que debater o tema. Essa é a função desse Blog,ou seja, levantar a discussão.Sabemos que uma única prova , por melhor que seja a sua elaboração ( sem pegandinhas) , não é capaz de avaliar o pleno conhecimento de uma pessoa.


Defendo a ideia de que os cursos de habilitação, para qualquer carreira sejam fiscalizados pelo órgão competente que é MEC.


A partir da instalação do período autoritário , em 1964, houve uma proliferação de autorizações para cursos de graduação e pós -graduação, como sabemos. Na década de 70 , a farra foi maior. Compete ao MEC corrigir esse erro , fiscalizando as instituições , mês a mês, ano a ano , ou seja ininterruptamente. O que não considero correto é pegar um jovem de 18 , 19 ou 20 anos que não tem a capacidade de selecionar a melhor universidade , deixar que ele se iluda dentro da mesma , sem que saiba que está sendo enganado, recebendo notas para aprovação ,sem o mérito devido , permitir que ele receba um cerificado de habilitação , como ocorre nas outras carreiras e , depois, lhe seja dito que ele não está apto a exercer a profissão para a qual ele acreditava ser capaz . Quem está errado : a faculdade ( que só pensou em lucro) , o MEC ( que não fiscalizou ; não cumpriu seu papel ) ou o aluno (vítima da ganância de uns e do descaso do governo ) ? Com a sua licença, vou publicar sua crítica construtiva no Blog.


Agradeço sua participação, sempre lúcida e construtiva. E vamos , juntos , provocar os debates para o fortalecimento da Democracia.


Um forte abraço e um bom final de semana.

Um comentário:

  1. Em que pese a OAB ser uma instituição sui generis, há a necessidade de um maior debate. A carreira de Advocacia é como outra qualquer. O MEC deve mostrar ao que veio, sob pena de ficar refém da Ordem. O debate é mandatorio. Parabéns ao Prof. Célio Lupparelli por suscitar tal tema.

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