sábado, 9 de julho de 2011

ACABOU A FARSA SOBRE O CASO JUAN .

Testemunha conta que viu o menino Juan ser assassinado por PMs no Rio


 Uma dona de casa contou à reportagem do Jornal Nacional nesta sexta-feira (8) que testemunhou o assassinato do menino Juan de Morais, de 11 anos durante uma operação da Polícia Militar na comunidade Danon, em Nova Iguaçu.

Com medo de represálias, os moradores vinham evitando os jornalistas há 18 dias. Mas nesta sexta, uma dona de casa decidiu contar o que viu na noite de 20 de junho. Ela diz que, de fato, havia um traficante no local.

"Primeiro eles mataram um bandido. Logo após o Juanzinho saiu correndo. Eles mataram o Juan e correram atrás do irmão do Juan. O que aconteceu, eles mataram o Juan, esconderam embaixo do sofá e 30 minutos depois eles foram, apanharam o Juan e jogaram dentro da viatura," conta a dona de casa.

O sofá a que se refere a testemunha tinha sido abandonado por um morador perto do beco onde Juan foi morto. De acordo com a versão dela, os policiais voltaram ao local do crime. "No dia seguinte, eles vieram e queimaram o sofá pra não ter provas," lembra ela. O suposto traficante morto na ação era Igor de Souza Afonso, de 17 anos.

Dois vizinhos - moradores de casas diferentes - procuraram a equipe do Jornal Nacional para mostrar gravações de áudio. Segundo ambos, seriam tiros disparados na noite do dia 20.

Juan foi enterrado na quinta-feira (7) à noite sob forte esquema de segurança em um cemitério em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A família está sob proteção da secretaria estadual de assistência e direitos humanos. O corpo do menino foi encontrado na semana passada, perto de um rio, a 18 km de onde morava -- mas foi confundido por uma perita com o corpo de uma menina.

No Rio, foi feita uma homenagem a Juan na praia de Copacabana. Na escola onde ele estudava, em Nova Iguaçu, os colegas de classe fizeram uma oração em memória ao menino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário