terça-feira, 26 de julho de 2011

Internação compulsória e faxina da Cidade ? ( 2)

As drogas se tornaram um problema de saúde pública há muito tempo , mas as autoridades responsáveis pela implementação das políticas públicas não se preocuparam ou , simplesmente , não priorizaram as ações preventivas e curativas para esse FLAGELO DA HUMANIDADE . Independentemente da classe social , essa ENFERMIDADE assola , principalmente, jovens ricos e pobres , destruindo famílias , promovendo redução da capacidade intelectual e produtiva das gerações e sendo motivo de crimes violentos que abalam a Sociedade. TODOS DEVEMOS ESTAR ATENTOS A ESSA MAZELA ; A ESSA PRAGA !
  
Hoje , é o filho do vizinho ; amanhã , poderá ser o nosso . Por isso , devemos ter a verdadeira dimensão da situação que , por vezes , parece distante de nós .Contudo , em um piscar de olhos , podemos ter na família uma situação dessas. Não olhemos essas pessoas como RESTOS HUMANOS. Elas precisam de nós!

Não há uma política voltada para a prevenção , para o acolhimento e para o tratamento das pessoas que enveradaram pelo uso das drogas, tanto a nível municipal , como estadual e federal. Embora esse MAL já tenha invadido a Sociedade há muito tempo , não houve atenção para tal.

Não acreditamos em medidas repressivas e com caráter nazi-fascista de recolher pessoas , quase sempre pobres , em condição deplorável e atirá-las em depósitos sem uma infraestrutura adequada. Se o sistema prisional brasileiro está falido e deveria ser um organismo preparado para ressocializar pessoas que cometeram delitos , dirá os depósitos para usuários de drogas.

Não há médicos , enfermeiros, psicólogos , nutricionistas, assistentes sociais nem instalações adequadas , como salas de aula e áreas de lazer. São muitos os casos de denúncia de maus tratos. Entidades de direitos humanos classificam essa atitude da Prefeitura de internação obrigatória , nos termos e nas condições atuais como FAXINA DA CIDADE.

O perfil do Secretário é de ações repressivas típicas das operações de Choque de Ordem , e não , de quem encara o usuário de Crack como um doente a ser tratado. A portaria que instituiu o abrigo compulsório é inconstitucional , não garante tratamento adequado às crianças e aos adolescentes recolhidos nas ações conjuntas da Prefeitura , com apoio das polícias Civil e Militar e da Guarda Municipal.

Segundo relato , os jovens passam boa parte do tempo medicados , com remédios de tarja preta e sem acompanhamento adequado. Ou seja , são colocados para dormir e não "aporrinhar". A Ministra dos Direitos Humanos e a Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente são contrárias à medida. A OAB lançou o manifesto " RECOLHER NÃO É ACOLHER ".

A fiscal do Conselho Regional de Enfermagem denunciou que , em visita , constatou que não existe , nos abrigos , o KIT de reanimação e  que nenhum enfermeiro se responsabilizava pelo acompanhamento dos jovens. Esses Kits são fundamentais para os casos de parada cardiorespiratória.

Sabemos que esse é um problema sério , mas não é com o confinamento de jovens em instituições inadequadas que a situação será solucionada . Vendo-se as imagens abaixo , tem-se a ideia do procedimento de captura dos drogados. Captura e só !



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