sábado, 17 de novembro de 2012

OMS : 75 % das mortes de bebês prematuros são evitáveis.

OMS: No mundo, 15 milhões de bebês nascem de forma prematura todos os anos (ThinkStock)

Anualmente, um milhão de bebês prematuros — ou seja, antes da 37ª semana de gestação — morrem em todo o mundo. Desses óbitos, ao menos 750.000 poderiam ser evitados com intervenções simples e de baixo (ou nenhum) custo, informou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, são medidas como injeções de esteroides nas gestantes e o incentivo do contato pele a pele entre mãe e criança, hábito que mantém o bebê aquecido e facilita a amamentação. Esses dados foram divulgados pelo órgão por ocasião do Dia Mundial da Prematuridade, que acontece neste sábado.

Os dez países com maior número de bebês prematuros*
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Índia – 3.519.100

China – 1.172.300

Nigéria – 773.600

Paquistão – 748.100

Indonésia – 675.700

Estados Unidos – 517.400

Bangladesh – 424.100

Filipinas – 348.900

República Democrática do Congo – 341.400

Brasil – 279.300

*nascidos em 2010

O nascimento prematuro é a principal causa da morte de bebês em suas quatro primeiras semanas de vida e a segunda causa de morte, depois da pneumonia, em crianças com menos de cinco anos. De acordo com Elizabeth Mason, diretora do Departamento de Saúde Materna, de Recém-nascidos, de Crianças e de Adolescentes da OMS, um nascimento prematuro também por levar a criança a sofrer de "deficiências físicas, neurológicas ou educacionais durante a vida."

Uma em cada dez crianças nasce antes das 37 semanas de gestação. São 15 milhões de nascimentos prematuros todos os anos no mundo, dentre os quais mais de 60% acontecem na África e no Sul da Ásia e apenas 9% ocorrem nos países mais ricos, segundo a OMS. Apesar disso, o Brasil e os Estados Unidos estão entre os dez países com mais casos de partos prematuros no mundo, em números absolutos

Intervenções de baixo custo — Em nota divulgada no site oficial, a OMS listou três intervenções de baixo custo que não são frequentemente aplicadas, mas são capazes de garantir a saúde do bebê prematuro. A primeira delas são as injeções de esteroides que, quando dadas às gestantes durante o trabalho de parto prematuro, ajudam a acelerar o desenvolvimento dos pulmões dos bebês e evitar que eles sofram de insuficiência respiratória ao nascer. De acordo com o órgão, cada injeção custa um dólar nos Estados Unidos.

Outra intervenção citada pela OMS é a técnica que permite que a mãe carregue o seu bebê junto a seu peito, com o contato pele a pele, a fim de manter a criança aquecida e facilitar a amamentação. "Manter bebês prematuros aquecidos é especialmente importante porque os seus corpos, pequenos, perdem calor rapidamente, tornando-os altamente vulneráveis a infecções, doenças e morte", informou o órgão. A terceira medida é o uso de antibióticos básicos para tratar infecções no bebê, como a amoxicilina para pneumonia, por exemplo.