Mesmo que muito já se tenha discutido sobre o avanço do consumo de crack nas principais capitais brasileiras, o tema continua atual. Porém, ao que parece, faltam medidas eficazes para solucioná-lo ou, pelo menos, amenizar um problema que deve ser tratado no campo da saúde pública.
Hoje em dia qualquer cidadão sabe o que é cracolândia. No Rio, a recente comunidade formada na Avenida Brasil, altura da Ilha do Governador, expôs para o Brasil as mazelas desses dependentes. Homens e mulheres de todas as idades vivendo como desorientados e presos a uma das piores drogas que existem, devido ao seu alto poder de dependência e destruição.
Acuados, abandonados e sem qualquer senso de cidadania, esses indivíduos, muitas vezes sob o efeito da droga, se arriscam numa via expressa, vivem expostos ao relento e, às vezes, ameaçam a sociedade em busca de dinheiro para saciar o vício.
Uma situação caótica e que chegou ao extremo. Se antes a cracolândia se caracterizava por lugares escondidos e isolados, hoje esse “muro” caiu, e toda a sociedade se deparou com uma cena chocante e que fere os princípios básicos da condição humana.
O problema do crack e de todo o consumo de drogas em geral é grave e, essencialmente, deve ser tratado como de saúde pública. Reprimi-los como bandidos não é a solução, pelo contrário, pode causar ainda mais revolta de pessoas que na maior parte do tempo vivem sob os efeitos alucinógenos, o que pode trazer consequências piores.
É preciso providências emergenciais por parte dos governos, que podem investir em políticas de prevenção, mostrando os efeitos devastadores da droga no ser humano, assim como foi feito na campanha de combate à Aids. O alerta sobre como se prevenir, o que fazer quando se tem um dependente químico na família, para onde levá-lo, entre outras, são dúvidas cruciais a que grande parte da população não sabe como responder.
Enfim, medidas de Saúde e, num outro patamar, providências sérias em relação às nossas fronteiras e repressão ao tráfico de drogas no país são possíveis caminhos para o combate ao crack.
Por Marcos Espínola , advogado criminalista.
Hoje em dia qualquer cidadão sabe o que é cracolândia. No Rio, a recente comunidade formada na Avenida Brasil, altura da Ilha do Governador, expôs para o Brasil as mazelas desses dependentes. Homens e mulheres de todas as idades vivendo como desorientados e presos a uma das piores drogas que existem, devido ao seu alto poder de dependência e destruição.
Acuados, abandonados e sem qualquer senso de cidadania, esses indivíduos, muitas vezes sob o efeito da droga, se arriscam numa via expressa, vivem expostos ao relento e, às vezes, ameaçam a sociedade em busca de dinheiro para saciar o vício.
Uma situação caótica e que chegou ao extremo. Se antes a cracolândia se caracterizava por lugares escondidos e isolados, hoje esse “muro” caiu, e toda a sociedade se deparou com uma cena chocante e que fere os princípios básicos da condição humana.
O problema do crack e de todo o consumo de drogas em geral é grave e, essencialmente, deve ser tratado como de saúde pública. Reprimi-los como bandidos não é a solução, pelo contrário, pode causar ainda mais revolta de pessoas que na maior parte do tempo vivem sob os efeitos alucinógenos, o que pode trazer consequências piores.
É preciso providências emergenciais por parte dos governos, que podem investir em políticas de prevenção, mostrando os efeitos devastadores da droga no ser humano, assim como foi feito na campanha de combate à Aids. O alerta sobre como se prevenir, o que fazer quando se tem um dependente químico na família, para onde levá-lo, entre outras, são dúvidas cruciais a que grande parte da população não sabe como responder.
Enfim, medidas de Saúde e, num outro patamar, providências sérias em relação às nossas fronteiras e repressão ao tráfico de drogas no país são possíveis caminhos para o combate ao crack.
Por Marcos Espínola , advogado criminalista.