domingo, 22 de janeiro de 2012

A incompetência do Governo do Rio também é vista nas farmácias populares.

Idosos ficam sem remédio a preço de custo e gastam até 50 vezes mais na rede particular..

Na unidade do Méier tem ar condicionado, cadeiras e água gelada. Contudo, falta o mais importante: 24 remédios dos 52 oferecidos a R$ 1 na cesta da Secretaria Estadual de Saúde.

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Desabastecida, rede Farmácia Popular, um programa público, não cumpre papel social .
Em Niterói, a situação é mais crítica. Quem precisa de remédios não encontra 12 de 55 que deveriam ser oferecidos a preço bem mais em conta. Isso significa que, na ponta do lápis, a compra na rede privada pode sair 5.700% mais cara, pesando muito no bolso de quem não pode pagar.

Quem vai à rede privada paga caro. Remédios como o Aciclovir de 200 mg — que trata Herpes — custam até R$ 57. Para tratar o aumento do colesterol, o Sinvastatina chega a custar R$ 25. Também não há fralda.

Remédio de pressão, para diabetes, de controle do colesterol ou calmantes são, de forma geral, básicos em uso crônico. Na falta deles, o paciente pode piorar em poucas semanas . O agravamento maior é no lado psicológico do doente que fica fora da cobertura. Quando os doentes não estão em posse do medicamento, sentem-se desprotegidos. Essa situação é pior porque gera ansiedade, um descontrole emocional muito grande. No fim, é muito desgastante para quem tem de lidar com essa situação .

Instituto culpa fornecedor pela falta de estoque

Não é a primeira vez que a rede Farmácia Popular, mantida desde novembro pelo Instituto Vital Brazil, fica sem o estoque completo de medicamentos. Em novembro do ano passado, o órgão emitiu uma nota oficial explicando a reposição de urgência do estoque dos remédios — programada para ser concluída no dia 4 daquele mesmo mês.

Em relação à atual falta, o instituto confirmou, em outra nota, que houve um atraso na entrega dos medicamentos por parte de alguns fornecedores, vencedores de licitação homologada no fim de dezembro de 2011. Ainda de acordo com a nota, a entrega desses medicamentos na rede Farmácia Popular começará a ser feita a partir de amanhã e deverá ser regularizada em um prazo máximo de 10 dias.

Lista de medicamentos em falta

Farmácia Popular do Méier

Aciclovir 200 mg / 10 comprimidos
Amitriptilina 25 mg / 40 comprimidos
Benzoato de Benzila 100/ml - vidro
Carbamazepina 200 mg / 30 comprimidos
Carbonato de Cálcio 500 mg / 30 c
Diazepam 10 mg / 40 comprimidos
Diazepam 5 mg / 30 comprimidos
Digoxina 25 mg / 20 comprimidos
Diltiazem 30 mg / 50 comprimidos
Eritromicina 250 mg / 10 comprimidos
Glibenclamida 5 mg / 40 comprimidos
Hioscina 10 mg / 20 comprimidos
Mebendazol 100 mg / 6 comprimidos
Metronidazol 250 mg / 20 comprimidos
Metronidazol 500 mg / 5G Gel Vag
Nifedipina 20 mg / 30 comprimidos
Nifedipina Retard 20 mg / 20 comprimidos
Paracetamol 500 mg / 10 comprimidos
Predinisona 20 mg / 20 comprimidos
Predinisona 5 mg / 20 comprimidos
Propranolol 40 mg / 40 comprimidos
Ranitidina 150 mg / 20 comprimidos
Sinvastatina 20 mg / 15 comprimidos
Vitamica C 500 mg / 20 comprimidos

Farmácia Popular de Niterói

AAS 100 mg / 40 comprimidos
Carbamazepina 200 mg / 30 comp
Carbonato de Cálcio 1250 mg / 60 comp
Carbonato de Cálcio 500 mg / 30 comp
Diazepam 5 mg / 30 comprimidos
Diltiazem 30 mg / 50 comprimidos
Eritromicina 250 mg / 10 comprimidos
Glibenclamida 5 mg / 40 comprimidos
Glibenclamida 5 mg / 30 comprimidos
Hioscina 10 mg / 20 comprimidos
Ranitidina 150 mg / 20 comprimidos
Sinvastatina 20 mg / 20 comprimidos
Fonte :Dia ( 22/01/12)