quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Erro grave em Hospital estadual do Rio de Janeiro.

Hospital abre sindicância para investigar paciente que foi internado com identificação, mas seria enterrado como indigente

Parentes de Carlos Henrique de Oliveira. Na foto, Ana Lúcia Maria de Oliveira, irmã (de camisa cinza), e Ana Paula Moreira Gabriel de Oliveira, esposa (de camisa Preta)
Parentes de Carlos Henrique de Oliveira. Na foto, Ana Lúcia Maria de Oliveira, irmã (de camisa cinza), e Ana Paula Moreira Gabriel de Oliveira, esposa (de camisa Preta) Foto: Bruno Gonzalez / 09.01.2012
 
A direção do Hospital estadual Rocha Faria vai abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu com o paciente Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, internado na unidade em 23 de dezembro. Conforme o EXTRA mostrou nesta terça-feira, o marinheiro chegou ao hospital com identificação completa, levado por bombeiros após sofrer um derrame na rua. Três dias depois, ele morreu como indigente na unidade.

Vinte e quatro horas antes da morte de Carlos, entretanto, parentes procuraram por ele no Rocha Faria e foram informados de que o paciente não estava lá. Ao reconhecer o corpo, no próprio hospital, em 3 de janeiro, a viúva viu que o marido era descrito apenas como “homem negro, aparentando 40 anos”.

Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, deu entrada no hospital identificado. Após morrer, seria enterrado como indigente
Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, deu entrada no hospital identificado. Após morrer, seria enterrado como indigente Foto: Reprodução / Bruno Gonzalez / 09.01.2012

— Isso não vai trazê-lo de volta, mas nos dá uma sensação de que a justiça vai ser feita — afirmou a irmã do rapaz, Ana Lúcia de Oliveira.
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já enviou ofício ao secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, e à direção do Rocha Faria, para pedir explicações sobre o caso.( Extra/ 11)