Prefeitura gasta R$ 10,7 milhões para remover moradores de área segura . Mesmo sem respaldo técnico, Secretaria de Habitação oferece até R$ 170 mil para retirar moradores
A prefeitura do Rio de Janeiro desembolsou R$ 10,7 milhões dos cofres públicos para desapropriar 348 casas numa suposta área de risco na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, Zona Sul da cidade. O problema é que um relatório da Fundação Geo-Rio, feito pela empresa de engenharia e meio ambiente Concremat, garante que a área é segura. Indignados com a falta de respaldo técnico para as remoções, moradores da região garantem que são pressionados diariamente pela prefeitura para aceitar o acordo e deixar o local.
Proocurado pelo Jornal do Brasil, o secretário de Habitação Jorge Bittar reafirmou que a área em questão, que fica de frente para o Cemitério São João Batista, é de risco. Bittar ainda desqualificou o trabalho da Concremat, dizendo que ela não tinha experiência no ramo para fazer esse tipo de avaliação. Classificada como "inexperiente" pelo próprio secretário, a Concremat foi contratada pela própria prefeitura para fazer o mapeamento das áreas de risco de 196 comunidades cariocas.
Moradores que se mantiveram no Tabajaras convivem com escombros das casas demolidas .
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