Corregedoria da PM vai fazer pente-fino no Bope
Policiais suspeitos de algum desvio serão afastados da tropa até conclusão do caso
A Corregedoria da Polícia Militar vai fazer uma espécie de pente-fino no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a fim de identificar agentes que respondam a algum procedimento. Os que estiverem sob suspeita serão afastados da tropa até que o caso seja concluído.
A decisão foi tomada após a expulsão na sexta-feira do ex-cabo do Bope Mauro Lopes de Figueiredo. Há dois anos e meio, ele foi pego com uma arma de procedência ignorada ao fazer segurança particular em Minas Gerais.
Na época, por três votos a zero, foi decidida sua permanência. Mas, após revisão do procedimento, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, ordenou a sua expulsão.
Ela aconteceu após o ex-policial ser preso dia 19 pela Polícia Federal, sob acusação de desviar três mil projéteis da PM e vendê-los ao traficante de Itaboraí Paulo Victor Petronilho, o Gago. Segundo a PF, interceptação telefônica autorizada pela Justiça flagrou Lopes pedindo ao concunhado, Alceli Coelho da Silva Junior, que avisasse a Gago sobre operação policial. O carro de Lopes é citado nas investigações. Alceli está foragido.
Na última segunda-feira, o ex-cabo Lopes prestou depoimento à CPI das Armas da Assembleia Legislativa e negou as acusações. “Esse caso fortalece a linha da CPI de que está claro que o problema não se reduz ao controle de armamento das fronteiras”, afirmou o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSOL).
Do Ary Franco para a CPI
No mesmo dia em que foi expulso da PM, sexta-feira, Mauro Lopes de Figueiredo teve que deixar o Batalhão Especial Prisional — destinado apenas a PMs presos. O ex-cabo foi transferido para o presídio Ary Franco, em Água Santa, e conduzido na segunda-feira à CPI das Armas, sem algemas, por agentes da Secretaria de Administração Penitenciária.
Ele foi lotado no Bope por quase 10 anos. “Usava cinco carregadores para fuzil FAL. É impossível desviar munição do Bope, o quartel onde tem o armamento mais bem guardado que já visitei. O Bope é montado na honra. E a gente sempre sai com 15 a 20 homens. Um fiscaliza o outro”, disse Lopes, que era auxiliar de instrução e dava aula de tiros.
Policiais suspeitos de algum desvio serão afastados da tropa até conclusão do caso
A Corregedoria da Polícia Militar vai fazer uma espécie de pente-fino no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a fim de identificar agentes que respondam a algum procedimento. Os que estiverem sob suspeita serão afastados da tropa até que o caso seja concluído.
A decisão foi tomada após a expulsão na sexta-feira do ex-cabo do Bope Mauro Lopes de Figueiredo. Há dois anos e meio, ele foi pego com uma arma de procedência ignorada ao fazer segurança particular em Minas Gerais.
Na época, por três votos a zero, foi decidida sua permanência. Mas, após revisão do procedimento, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, ordenou a sua expulsão.
Ela aconteceu após o ex-policial ser preso dia 19 pela Polícia Federal, sob acusação de desviar três mil projéteis da PM e vendê-los ao traficante de Itaboraí Paulo Victor Petronilho, o Gago. Segundo a PF, interceptação telefônica autorizada pela Justiça flagrou Lopes pedindo ao concunhado, Alceli Coelho da Silva Junior, que avisasse a Gago sobre operação policial. O carro de Lopes é citado nas investigações. Alceli está foragido.
Na última segunda-feira, o ex-cabo Lopes prestou depoimento à CPI das Armas da Assembleia Legislativa e negou as acusações. “Esse caso fortalece a linha da CPI de que está claro que o problema não se reduz ao controle de armamento das fronteiras”, afirmou o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (PSOL).
Do Ary Franco para a CPI
No mesmo dia em que foi expulso da PM, sexta-feira, Mauro Lopes de Figueiredo teve que deixar o Batalhão Especial Prisional — destinado apenas a PMs presos. O ex-cabo foi transferido para o presídio Ary Franco, em Água Santa, e conduzido na segunda-feira à CPI das Armas, sem algemas, por agentes da Secretaria de Administração Penitenciária.
Ele foi lotado no Bope por quase 10 anos. “Usava cinco carregadores para fuzil FAL. É impossível desviar munição do Bope, o quartel onde tem o armamento mais bem guardado que já visitei. O Bope é montado na honra. E a gente sempre sai com 15 a 20 homens. Um fiscaliza o outro”, disse Lopes, que era auxiliar de instrução e dava aula de tiros.
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