Greve no Pedro II: pais denunciam sucateamento e criticam governo federal
"Matricular nossos filhos neste colégio não pode virar uma doce ilusão de ter acesso ao ensino gratuito de boa qualidade", diz mãe de aluno
Pombos no refeitório, falta de professores e ausência de rampas para deficientes físicos em algumas unidades do Colégio Pedro II. Estas são algumas das queixas de pais de alunos que apoiam a greve iniciada no último dia 15, nas escolas da rede federal de ensino. Para os pais que apoiam a iniciativa de mais de 1.500 professores e servidores grevistas, há uma tentativa de resgatar o que, segundo eles, "O Pedro II foi no passado" e frear o "sucateamento imposto pelo governo federal" decorrente de sucessivos cortes. O último foi de R$ 3 bilhões na verba destinada à educação.
"O sonho de estudar numa unidade do Colégio Pedro II não pode virar uma doce ilusão. Tem faltado muitos professores e não há inspetores. Quando os alunos ficam com tempo livre porque não tem professores para todas as matérias, é comum ficarem à toa pelo pátio. Além disso, de que adianta ter laboratórios para os estudantes se não há funcionários para mantê-los funcionando?", questiona a arquivologista Luciana Zanetti, mãe de um estudante da unidade de São Cristóvão (Zona Norte). "A greve foi o último recurso que restou aos professores e demonstra que há preocupação deles pela qualidade do ensino dos nossos filhos. Ter professor nas salas é o mínimo que deve ser oferecido", cobra.
Mães apoiam causas dos professores e veem na greve pedido de socorro derradeiro da educação de qualidade.
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