1. Os jornais informaram que a prefeitura do Rio vai conceder a gestão da Cidade da Música (das Artes) a uma (argh!) OS. E que a OS que for “escolhida” receberá 2 milhões de reais por mês, durante dois anos. Bem, se a Fundação OSB for considerada uma OS todos ficarão aliviados. Mas se for uma OS dessas criadas de afogadilho, como as da Saúde, pelos “amigos do rei”, virá mais um escândalo. Bem, que será criteriosamente auditado a partir de janeiro de 2013.
2. “Naming Rights”, ou direitos sobre a marca do equipamento (como na Arena do PAN-2007, que passou a ser Arena HSBC), bem no coração da Barra da Tijuca, com visibilidade para 400 mil veículos por dia e com as placas de trânsito espalhadas, indicando o nome (como no caso da Arena), quanto vale? Garantidamente bem mais que aqueles 2 milhões mensais.
3. Admitindo que esses 2 milhões de reais sejam o custo, a prefeitura do Rio não teria que pagar nada, pois a marca do equipamento cobriria. E ainda há um shopping cultural com livraria, videoteca e cinemas, e restaurante e cafés, que serão subconcedidos pela tal OS. Mais receita. E ainda há o aluguel do equipamento (como o Theatro Municipal), que em função da localização e dos espaços internos livres, será a coqueluche de reuniões de grandes empresas, com Concertos da OSB na Grande Sala. E ainda a Escola de Música, com 12 salas (espera-se 20% de gratuidade para baixa renda e 80% pagos para músicos da OSB/professores e taxa de uso pelo equipamento como receita).
4. A OSB –espera-se que seja a Orquestra Residente- tem seu patrocínio básico há muitos anos garantido pela Vale e pela Prefeitura. Não será um custo rotineiro.
5. Ou seja, ou a Fundação OSB assume a Cidade da Música e o alívio será geral, ou teremos mais um escândalo na prefeitura das OSs que será inescapavelmente auditado a partir de janeiro de 2013.