Menina engole moeda em Queimados e só é atendida seis horas depois, no Rio .
Exame de raios-X mostra moeda dentro do sistema digestivo de Jiseli, na altura do tórax
Após engolir uma moeda de 50 centavos, uma criança de 8 anos precisou esperar por seis horas para conseguir atendimento médico. A dona de casa Daniele Cristina Ré, de 32 anos, conta que chamou a Samu às 15h20m para a filha Jiseli Ré dos Santos, mas a ambulância chegou 40 minutos depois. Diferentemente de ser o alívio, era o início de uma longa viagem, que incluiu até um trajeto de trem, em busca de atendimento médico.
Depois da espera pelo Samu, a ambulância chegou e Jiseli foi levada para o Hospital Infantil de Queimados, uma clínica particular que atende em convênio com o SUS. Depois que deu entrada, a menina foi submetida a um exame de raios-X, que mostrou a moeda alojada na altura do tórax. Como a clínica não teria capacidade para monitorar, com exames de raios-X, a movimentação da moeda durante as horas seguintes, a menina foi liberada para que procurasse auxílio no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
— Não tinha ambulância lá. Chegamos a ir ao batalhão de polícia pedir ajuda. Eles nos deram o telefone do Samu, mas não conseguimos mais falar com eles. No desespero, pegamos um trem para garantir atendimento à menina — contou Rogério, padrasto de Jiseli.
Na chegada ao Souza Aguiar, a família procurou a emergência. Uma funcionária do hospital olhou o exame de raios-X feito pelo hospital de Queimados e informou que deveriam buscar atendimento na UPA que fica ao lado da unidade. A justificativa seria a falta de pediatras no Souza Aguiar. Na “UPA” indicada pelo funcionário, que na verdade é a Coordenação de Emergência Regional (CER) do Centro, o casal recebeu outra negativa.
— Eles falaram que não tinha pediatra na unidade. Não tem pediatra no Souza Aguiar, também não tem na UPA. Falaram para procurarmos atendimento em Botafogo ou na Tijuca. E a menina com a moeda, sentindo dor e sem poder respirar direito. E a gente sem dinheiro para tantas passagens. É muito descaso com a população — afirmou Daniele.
Sem esperança e revoltados, os pais planejavam registrar queixa de negligência na 6ª DP (Cidade Nova), mas antes encontraram uma equipe de EXTRA, que passou a acompanhar o caso. De volta ao CER, acompanhada da reportagem, Jiseli finalmente foi atendida pelo pediatra de plantão, às 21h, com um novo exame de raios-X e tranferência para o Hospital Municipal Souza Aguiar.
Exame de raios-X mostra moeda dentro do sistema digestivo de Jiseli, na altura do tórax
Após engolir uma moeda de 50 centavos, uma criança de 8 anos precisou esperar por seis horas para conseguir atendimento médico. A dona de casa Daniele Cristina Ré, de 32 anos, conta que chamou a Samu às 15h20m para a filha Jiseli Ré dos Santos, mas a ambulância chegou 40 minutos depois. Diferentemente de ser o alívio, era o início de uma longa viagem, que incluiu até um trajeto de trem, em busca de atendimento médico.
Depois da espera pelo Samu, a ambulância chegou e Jiseli foi levada para o Hospital Infantil de Queimados, uma clínica particular que atende em convênio com o SUS. Depois que deu entrada, a menina foi submetida a um exame de raios-X, que mostrou a moeda alojada na altura do tórax. Como a clínica não teria capacidade para monitorar, com exames de raios-X, a movimentação da moeda durante as horas seguintes, a menina foi liberada para que procurasse auxílio no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
— Não tinha ambulância lá. Chegamos a ir ao batalhão de polícia pedir ajuda. Eles nos deram o telefone do Samu, mas não conseguimos mais falar com eles. No desespero, pegamos um trem para garantir atendimento à menina — contou Rogério, padrasto de Jiseli.
Na chegada ao Souza Aguiar, a família procurou a emergência. Uma funcionária do hospital olhou o exame de raios-X feito pelo hospital de Queimados e informou que deveriam buscar atendimento na UPA que fica ao lado da unidade. A justificativa seria a falta de pediatras no Souza Aguiar. Na “UPA” indicada pelo funcionário, que na verdade é a Coordenação de Emergência Regional (CER) do Centro, o casal recebeu outra negativa.
— Eles falaram que não tinha pediatra na unidade. Não tem pediatra no Souza Aguiar, também não tem na UPA. Falaram para procurarmos atendimento em Botafogo ou na Tijuca. E a menina com a moeda, sentindo dor e sem poder respirar direito. E a gente sem dinheiro para tantas passagens. É muito descaso com a população — afirmou Daniele.
Sem esperança e revoltados, os pais planejavam registrar queixa de negligência na 6ª DP (Cidade Nova), mas antes encontraram uma equipe de EXTRA, que passou a acompanhar o caso. De volta ao CER, acompanhada da reportagem, Jiseli finalmente foi atendida pelo pediatra de plantão, às 21h, com um novo exame de raios-X e tranferência para o Hospital Municipal Souza Aguiar.