Se a casa própria representa o sonho de brasileiros, Antônio José de Oliveira Filho, 60, vive dois pesadelos. Após ser expulso por traficantes do imóvel de número 9 da Rua Aroer, da Cidade de Deus, em 2008, ele presenciou, três meses depois, a ocupação do imóvel por parte da polícia, que a transformou na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Contudo, alega nunca ter recebido qualquer quantia da Polícia Militar. Endividado, tenta na Justiça reaver o valor do local que um dia foi sua ‘fortaleza’.
Imóvel número 9 da Rua Aroer, na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, funciona como sede da Unidade de Polícia Pacificadora desde 2009
O jornaleiro começou a ver sua casa ‘desmoronar’ após traficantes exigirem que escondesse armas e drogas devido ao cerco da polícia. Ao descumprir a determinação e brigar com alguns bandidos, ele, sua esposa e seus três filhos foram ameaçados de morte e tiveram que deixar a comunidade.
“Disseram que iam colocar fogo na casa com a gente dentro. Registrei ocorrência e a polícia nos ajudou a fazer a mudança. Quando a UPP foi anunciada, oferecemos a casa para aquisição pela PM, já que não poderíamos voltar mesmo”, conta Antônio.
Mas, ele conta que sua dor de cabeça não passou. Sem documento de posse do imóvel — recibo dado pela associação de moradores na década de 80 foi perdido em enchente que atingiu a Cidade de Deus em 1996 — a PM, através de um coronel do 18º BPM (Jacarepaguá), teria feito um trato ‘de boca’ para aluguel do imóvel.
“Acharam a proposta de compra alta e ofereceram alugar de R$ 700 mensais. Mas nunca vimos a cor do dinheiro. Tive de sair fugido de lá, perdi minhas fontes de renda e o único patrimônio”. Antônio conta ainda que tenta uma escritura por usucapião, já que possui contas de luz e água de décadas passadas, mas ainda não conseguiu.
Processo para ter escritura está parado
Em busca de seus direitos, o jornaleiro recorreu à Defensoria Pública. Contudo, após anos juntando documentos e provas que possam confirmar a posse do imóvel, o processo para aquisição da escritura está sem prazo para definição. O próximo atendimento na Defensoria será em outubro.
“Como se não bastasse, a polícia, além de ter feito modificações internas na casa, instalou antena no quintal sem comunicar nada”, completou. Para Antônio, o medo é que a polícia já tenha preparado documentos de posse do terreno. A Polícia Militar informou apenas que não conseguiu contato com o titular da Diretoria de Logística que assina o documento emitido ao proprietário do imóvel.
O jornaleiro começou a ver sua casa ‘desmoronar’ após traficantes exigirem que escondesse armas e drogas devido ao cerco da polícia. Ao descumprir a determinação e brigar com alguns bandidos, ele, sua esposa e seus três filhos foram ameaçados de morte e tiveram que deixar a comunidade.
“Disseram que iam colocar fogo na casa com a gente dentro. Registrei ocorrência e a polícia nos ajudou a fazer a mudança. Quando a UPP foi anunciada, oferecemos a casa para aquisição pela PM, já que não poderíamos voltar mesmo”, conta Antônio.
Mas, ele conta que sua dor de cabeça não passou. Sem documento de posse do imóvel — recibo dado pela associação de moradores na década de 80 foi perdido em enchente que atingiu a Cidade de Deus em 1996 — a PM, através de um coronel do 18º BPM (Jacarepaguá), teria feito um trato ‘de boca’ para aluguel do imóvel.
“Acharam a proposta de compra alta e ofereceram alugar de R$ 700 mensais. Mas nunca vimos a cor do dinheiro. Tive de sair fugido de lá, perdi minhas fontes de renda e o único patrimônio”. Antônio conta ainda que tenta uma escritura por usucapião, já que possui contas de luz e água de décadas passadas, mas ainda não conseguiu.
Processo para ter escritura está parado
Em busca de seus direitos, o jornaleiro recorreu à Defensoria Pública. Contudo, após anos juntando documentos e provas que possam confirmar a posse do imóvel, o processo para aquisição da escritura está sem prazo para definição. O próximo atendimento na Defensoria será em outubro.
“Como se não bastasse, a polícia, além de ter feito modificações internas na casa, instalou antena no quintal sem comunicar nada”, completou. Para Antônio, o medo é que a polícia já tenha preparado documentos de posse do terreno. A Polícia Militar informou apenas que não conseguiu contato com o titular da Diretoria de Logística que assina o documento emitido ao proprietário do imóvel.