sábado, 17 de dezembro de 2011

Papa pede atenção à "frustração " dos jovens.

O papa Bento XVI pediu à comunidade internacional que dê atenção especial à "frustração" dos jovens devido à crise que angustia as sociedades modernas em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, divulgada esta sexta-feira.

"Prestar atenção ao mundo juvenil, saber ouvi-lo e valorizá-lo não é só uma oportunidade, mas um dever primário de toda a sociedade para a construção de um futuro de justiça e de paz", escreveu o Papa na mensagem tradicional.
Sob o título "Educar os jovens para a justiça e a paz", o pontífice reconheceu que os jovens representam "uma nova esperança" diante da crise, que para ele é antes de tudo de natureza "cultural e antropológica".

Bento XVI pediu à comunidade internacional que dê atenção especial à "frustração" dos jovens "Parece que um manto de escuridão tivesse descido sobre este tempo e não deixasse ver com clareza a luz do dia", destacou.

Ao ilustrar a mensagem do Papa, lida em todas as paróquias do mundo no começo do ano, o cardeal africano Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, falou do movimento dos indignados.

"Uma série de manifestações em Europa, América Latina e Estados Unidos revelam uma visão pessimista, desesperadora da crise", comentou em alusão também aos protestos da "Primavera Árabe" no começo do ano, protagonizados por milhares de jovens.

Para o Papa, os jovens com "seu entusiasmo e seu impulso por ideais podem dar ao mundo uma nova esperança", destacou.

"As preocupações manifestas nestes últimos tempos por muitos jovens em várias regiões do mundo expressam o desejo de olhar para o futuro com esperança", acrescentou o Papa.

Entre os aspectos que preocupam as novas gerações, segundo o líder católico, estão "o desejo de receber uma formação que os prepare com mais profundidade a enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um posto estável de trabalho", destacou.

Na mensagem, o Papa pediu aos jovens para que "não se deixem vencer pelo desânimo diante das dificuldades", nem se entreguem "às falsas soluções, que com frequência se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas".

O pontífice também os convidou a "não ter medo", "enfrentar o esforço e o sacrifício" e "escolher os caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação". ( JB, 17 )





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