Desvio de verba em hospitais federais pode passar de R$ 30 milhões no RJ
Os prejuízos com os esquemas de desvio de dinheiro em seis hospitais federais no Rio podem ser ainda maiores do que os cerca de R$ 16 milhões já identificados pela auditoria da Controladoria Geral da União. O dobro desse valor foi pago irregularmente, em forma de indenização a empresas que não tinham contrato com as unidades.
No Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio, as refeições de pacientes e funcionários são fornecidas por uma empresa terceirizada. Mas, segundo a CGU, a comida servida custa bem mais do que em outros hospitais federais. Segundo a CGU, no lanche, por exemplo, o relatório aponta superfaturamento de quase 100%. E os auditores descobriram ainda que a empresa trabalhou praticamente dois anos sem contrato, o que é ilegal.
Por isso, o hospital fez pagamentos indenizatórios, que somaram mais de R$ 6 milhões. A irregularidade se repete nas outras unidades investigadas.
As roupas do Hospital Federal de Bonsucesso são lavadas por um empresa terceirizada que também ficou sem contrato. Mas os serviços continuaram sendo feitos e pagos. Em um ano e meio, as indenizações chegam a mais de R$ 5 milhões.
Esse valor até poderia ser menor se o preço do serviço não fosse tão alto. O quilo da roupa lavada sai por praticamente o dobro da tabela de referência usada pela CGU. Só que o preço alto não garante qualidade: segundo o relatório, a lavanderia está em condições insalubres e sujeita a disseminação de doenças infecciosas.
Já o Hospital federal do Andaraí aparece no relatório como a unidade que mais pagou sem contrato. Foram R$ 8,5 milhões pelos serviço de limpeza realizados durante um ano. No relatório preliminar da CGU, a que o RJTV teve acesso, cinco dos seis hospitais federais fizeram pagamentos irregulares. O valor total é de mais de R$ 32 milhões.
A auditoria foi pedida pelo Ministério da Saúde, e o Departamento de Gestão dos hospitais federais do Rio informou que já estão sendo tomadas medidas para pôr fim às irregularidades. "A maioria dos serviços que estão em caráter indenizatório já estão sendo substituídos com novos contratos por pregões eletrônicos. Nós gostaríamos de já não ter, pelo menos até o final do ano, nenhum serviço sem contrato", disse João Ramalho Alves, diretor de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde.
ESSA É MAIS UMA EVIDÊNCIA DOS PROBLEMAS DAS TERCEIRIZAÇÕES . OS GOVERNOS CONTRATAM , MAS NÃO FISCALIZAM E O NOSSO DINHEIRO VAI PELO RALO.
SE NÃO QUEREM ADMINISTRAR , RENUNCIEM !
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