O secretário de Educação do Estado, um economista, abriu mão da autoridade pedagógica ao convocar o comandante da Policia Militar para pôr ordem em suas casas de educação. Disse o doutor Wilson que não se recorda de debates calorosos sobre segurança nas escolas para filhos de ricos. Não precisa, secretário, porque nessas escolas os responsáveis contratam orientador educacional, psicólogos, coordenadores pedagógicos, capacitam e valorizam seus profissionais e respeitam-nos com salários dignos.
Assim se impõe a autoridade pedagógica, e prescindem da violência que representam policiais armados dentre de ambiente educacional. Nem mesmo nos piores dias de violência da ditadura política foi permitida a entrada das forças repressoras nos santuários de educação.
Propostas eficientes estão à disposição do eminente secretário se quiser efetivamente combater a violência nas escolas. Estão aí, com bons resultados como práticas de mediação escolar, Justiça Restaurativa, Escolas de Pais e outras medidas muito mais baratas e eficientes que contratar policiais para ameaçar e amedrontar estudantes pobres e já tão oprimidos pela falta de políticas públicas.
Quando um pseudoeducador abre mão do diálogo para optar pelos atos de violência e chama os que pugnam pela volta do diálogo de românticos ultrapassados, está na hora de fechar as escolas, ou melhor, mudar seus dirigentes que massacram pessoas, poetas e românticos, que são a chave de sustentação dos educadores que fazem dessa profissão sua vocação.