terça-feira, 15 de maio de 2012

A maior crise de todos os tempos na Saúde Pública do Rio !


(Globo, 14) 1. As mazelas da saúde pública em solo fluminense são reveladas pelos próprios médicos em uma pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Os profissionais sofrem com a falta de equipamentos básicos nas unidades. A pesquisa mostra que 67% das emergências não estão suficientemente equipadas com monitores de sinais vitais e 27% não possuem desfibriladores em quantidade adequada. Foram ouvidos 90% dos profissionais de 15 unidades de saúde das três esferas de governo — federal, estadual e municipal.

2. De acordo com os médicos ouvidos na pesquisa, 83% consideram que suas equipes não estão completas e que esse déficit de pessoal seria causado, principalmente, pelos baixos salários (34%), seguido por sobrecarga de trabalho (23%), superlotação (22%) e falta de condições materiais (13%).

3. De acordo com a pesquisa, dos pacientes que chegam em regime de urgência às unidades, 33% permanecem no setor após a fase emergencial. Outro dado preocupante é a quantidade de pacientes crônicos que seguem sendo atendidos no pronto-socorro, por falta de leitos de retaguarda. O estudo aponta que 80% dos doentes crônicos que dão entrada em emergências permanecem no setor por pelo menos mais 15 dias.

4. Em comparação com o último levantamento, realizado em 2008, as condições pioraram: 40% dos pacientes crônicos ficavam mais de 15 dias nas emergências e 32% permaneciam por até 15 dias. Atualmente, 46% dos pacientes ficam duas semanas na emergência, enquanto 34% continuam internados por período ainda maior.