Educadores recorrem à Corregedoria e até ao Ministério Público para registrar queixas.
Se não bastasse a agressão física e verbal de alunos enfurecidos, professores que são vítimas de violência nas escolas têm enfrentado verdadeiro martírio para fazer o registro de ocorrência nas delegacias do Rio. O último episódio de repercussão, o caso de Leila Soares, diretora da Escola Municipal João Kopke, em Piedade — que foi espancada por um aluno de 15 anos —, acabou na Corregedoria da Polícia Civil. Mas não foi o único. Alguns educadores foram parar no Ministério Público para conseguir fazer um boletim.
“Fui tratada com sarcasmo. Tinha sido esbofeteada, socada. Passar por esta situação me deixou pior ainda. Um policial não tem que tomar partido. Ele tem que fazer o trabalho dele, que é registrar o fato”, afirmou Leila, que procurou a Corregedoria para relatar o tratamento que recebeu na 24ª DP (Piedade).
Situações como a dela são mais comuns do que se imagina. Professor de uma escola estadual de Brás de Pina foi ridicularizado ao tentar fazer a queixa na 22ª DP (Penha) contra dois alunos, de 20 e 21 anos, que o agrediram verbalmente. “Fui atendido por um inspetor que do primeiro ao último momento se negou a fazer o boletim. Ele disse que a polícia é para resolver crimes e não problemas escolares”, contou o educador.
Um outro professor de um colégio do Estado, no bairro de Olaria, não se conformou com as negativas recebidas na delegacia. Ele foi ao Ministério Público (MP) registrar a ocorrência contra a mãe de aluno de 13 anos, que invadiu a sala de aula dele e o xingou. “O policial me disse que não havia necessidade de registro. Eu falei que ela havia me desacatado. Fui ao setor de inquéritos do MP e consegui fazer. Lá, tipificaram como perturbação do trabalho. A mulher entrou na sala, que estava com alunos menores, e gritou que achava estranho que, em tempos de pedofilia, um professor mandasse uma criança desenhar órgão reprodutor na prova”, contou ele, que dá aula de Ciências.( O DIA)
Se não bastasse a agressão física e verbal de alunos enfurecidos, professores que são vítimas de violência nas escolas têm enfrentado verdadeiro martírio para fazer o registro de ocorrência nas delegacias do Rio. O último episódio de repercussão, o caso de Leila Soares, diretora da Escola Municipal João Kopke, em Piedade — que foi espancada por um aluno de 15 anos —, acabou na Corregedoria da Polícia Civil. Mas não foi o único. Alguns educadores foram parar no Ministério Público para conseguir fazer um boletim.
“Fui tratada com sarcasmo. Tinha sido esbofeteada, socada. Passar por esta situação me deixou pior ainda. Um policial não tem que tomar partido. Ele tem que fazer o trabalho dele, que é registrar o fato”, afirmou Leila, que procurou a Corregedoria para relatar o tratamento que recebeu na 24ª DP (Piedade).
Situações como a dela são mais comuns do que se imagina. Professor de uma escola estadual de Brás de Pina foi ridicularizado ao tentar fazer a queixa na 22ª DP (Penha) contra dois alunos, de 20 e 21 anos, que o agrediram verbalmente. “Fui atendido por um inspetor que do primeiro ao último momento se negou a fazer o boletim. Ele disse que a polícia é para resolver crimes e não problemas escolares”, contou o educador.
Um outro professor de um colégio do Estado, no bairro de Olaria, não se conformou com as negativas recebidas na delegacia. Ele foi ao Ministério Público (MP) registrar a ocorrência contra a mãe de aluno de 13 anos, que invadiu a sala de aula dele e o xingou. “O policial me disse que não havia necessidade de registro. Eu falei que ela havia me desacatado. Fui ao setor de inquéritos do MP e consegui fazer. Lá, tipificaram como perturbação do trabalho. A mulher entrou na sala, que estava com alunos menores, e gritou que achava estranho que, em tempos de pedofilia, um professor mandasse uma criança desenhar órgão reprodutor na prova”, contou ele, que dá aula de Ciências.( O DIA)