O que faz uma presidente da República ser contra a redução de impostos sobre alimentos básicos que pesam, principalmente, no bolso da população mais pobre do país? Para entender toda essa trama, é preciso voltar a 18 de setembro de 2012, dia em que Dilma Rousseff (PT) se negou a zerar os impostos federais sobre os itens da Cesta Básica Nacional.
Naquele mês, baseado em medida similar adotada pelo senador Aécio Neves em Minas Gerais, quando foi governador, o PSDB apresentou ao país uma proposta para zerar os impostos federais incidentes sobre os alimentos que compõem a cesta básica. Coube ao líder do partido na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PE), apresentar a emenda.
Contrariando tudo e a todos, a presidente Dilma vetou o artigo 77 apresentado pelo PSDB e promulgou a Lei 12.715/2012 mantendo a cobrança dos impostos sobre a cesta básica dos brasileiros. A petista fez isso mesmo sabendo de estudos realizados pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostrando que, se promulgada, a proposta dos tucanos representariam uma economia de 20% sobre o gasto dos brasileiros com a alimentação básica.
Por mais que Dilma tenha rapidamente se mexido para evitar um desgaste político em função do veto absurdo e injustificável (no mesmo dia, a presidente determinou a criação de um grupo técnico para estudar o que os tucanos e a Fiesp já haviam feito), ficou evidente o caráter partidário e eleitoreiro do veto ao artigo proposto pelo PSDB.
O DNA de “oposição raivosa” na gênese do PT falou mais forte. A presidente voltou a atuar da mesma maneira que o seu partido fazia quando estava no lado oposto ao governo central: era contra a qualquer medida por vício de origem, seja ela benéfica ou voltada para a população mais pobre do país.
Foi assim em relação ao Plano Real, o fim da inflação e a chegada da estabilidade monetária; à Lei de Responsabilidade Fiscal e o seu caráter moralizante e até mesmo contra a reforma tributária que buscava exatamente diminuir a cobrança de impostos no Brasil.
“Se não foi O PT que propôs, somos contra”, era assim que o petismo atuava na oposição. Traço que a petista Dilma Rousseff não conseguiu esconder ao vetar a proposta do PSDB de “imposto zero” nos itens de alimentação da cesta básica.
“A presidente Dilma inicia sua campanha à reeleição com seu governo mergulhado em contradições. Ela não está conseguindo resolver os problemas de seu governo: inflação em alta, crescimento pífio, colapso da infraestrutura, dificuldades gravíssimas na Petrobras, violência sem controle na ruas do país. O governo não responde às dificuldades do país. Para qualquer lado que olhamos, ele não tem rumo. Agora, anuncia que vai desonerar a cesta básica depois de ter vetado a proposta do PSDB com esta finalidade, sem qualquer justificativa”, declarou o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).
Nestes últimos dias, Dilma vem prometendo um giro de 360º na sua postura contra a redução dos impostos federais sobre os itens da Cesta Básica Nacional. E se seguir a estratégia de marketing que vem ditado seu governo, é bem provável que a petista ocupe a cadeia nacional de TV para anunciar como sua a iniciativa do PSDB sepultada por ela mesma no meio do ano passado.
O certo é que hoje, 18 de fevereiro de 2013, completamos exatos cinco meses do dia em que Dilma Rousseff e o PT impediram que os trabalhadores brasileiros pagassem menos impostos sobre a comida que suam todos os dias para colocar na mesa de suas famílias.
E se a presidente optar mesmo por rever seu ato, e assim, cumprir seu objetivo de impulsionar seus ganhos eleitorais, seria de bom grado que ela fosse novamente às emissoras de TV para deixar claro o que o PT sempre representou ao ser contra qualquer ação em prol da população que não lhe rendesse ganho político.
Dilma Rousseff poderia, tranquilamente, repetir uma frase que ela (ou seu marqueteiro) criou e destilou em outra ocasião recente: “aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás”.
Naquele mês, baseado em medida similar adotada pelo senador Aécio Neves em Minas Gerais, quando foi governador, o PSDB apresentou ao país uma proposta para zerar os impostos federais incidentes sobre os alimentos que compõem a cesta básica. Coube ao líder do partido na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PE), apresentar a emenda.
Contrariando tudo e a todos, a presidente Dilma vetou o artigo 77 apresentado pelo PSDB e promulgou a Lei 12.715/2012 mantendo a cobrança dos impostos sobre a cesta básica dos brasileiros. A petista fez isso mesmo sabendo de estudos realizados pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostrando que, se promulgada, a proposta dos tucanos representariam uma economia de 20% sobre o gasto dos brasileiros com a alimentação básica.
Por mais que Dilma tenha rapidamente se mexido para evitar um desgaste político em função do veto absurdo e injustificável (no mesmo dia, a presidente determinou a criação de um grupo técnico para estudar o que os tucanos e a Fiesp já haviam feito), ficou evidente o caráter partidário e eleitoreiro do veto ao artigo proposto pelo PSDB.
O DNA de “oposição raivosa” na gênese do PT falou mais forte. A presidente voltou a atuar da mesma maneira que o seu partido fazia quando estava no lado oposto ao governo central: era contra a qualquer medida por vício de origem, seja ela benéfica ou voltada para a população mais pobre do país.
Foi assim em relação ao Plano Real, o fim da inflação e a chegada da estabilidade monetária; à Lei de Responsabilidade Fiscal e o seu caráter moralizante e até mesmo contra a reforma tributária que buscava exatamente diminuir a cobrança de impostos no Brasil.
“Se não foi O PT que propôs, somos contra”, era assim que o petismo atuava na oposição. Traço que a petista Dilma Rousseff não conseguiu esconder ao vetar a proposta do PSDB de “imposto zero” nos itens de alimentação da cesta básica.
“A presidente Dilma inicia sua campanha à reeleição com seu governo mergulhado em contradições. Ela não está conseguindo resolver os problemas de seu governo: inflação em alta, crescimento pífio, colapso da infraestrutura, dificuldades gravíssimas na Petrobras, violência sem controle na ruas do país. O governo não responde às dificuldades do país. Para qualquer lado que olhamos, ele não tem rumo. Agora, anuncia que vai desonerar a cesta básica depois de ter vetado a proposta do PSDB com esta finalidade, sem qualquer justificativa”, declarou o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).
Nestes últimos dias, Dilma vem prometendo um giro de 360º na sua postura contra a redução dos impostos federais sobre os itens da Cesta Básica Nacional. E se seguir a estratégia de marketing que vem ditado seu governo, é bem provável que a petista ocupe a cadeia nacional de TV para anunciar como sua a iniciativa do PSDB sepultada por ela mesma no meio do ano passado.
O certo é que hoje, 18 de fevereiro de 2013, completamos exatos cinco meses do dia em que Dilma Rousseff e o PT impediram que os trabalhadores brasileiros pagassem menos impostos sobre a comida que suam todos os dias para colocar na mesa de suas famílias.
E se a presidente optar mesmo por rever seu ato, e assim, cumprir seu objetivo de impulsionar seus ganhos eleitorais, seria de bom grado que ela fosse novamente às emissoras de TV para deixar claro o que o PT sempre representou ao ser contra qualquer ação em prol da população que não lhe rendesse ganho político.
Dilma Rousseff poderia, tranquilamente, repetir uma frase que ela (ou seu marqueteiro) criou e destilou em outra ocasião recente: “aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás”.