Em quatro dias, 127 boates são interditadas no Estado
Para o coronel Sérgio Simões, do Corpo de Bombeiros, interdições 'retratam falta de cuidado'. Apenas 10 estabelecimentos estavam totalmente regulares
Em apenas quatro dias, 127 boates e casas de shows do Estado do Rio foram interditadas. A informação foi dada nesta sexta-feira pelo coronel Sérgio Simões, do Corpo de Bombeiros, durante entrevista coletiva na sede da corporação. De segunda a quinta-feira, bombeiros fiscalizaram 209 estabelecimentos. Destes, 127 foram interditados, 52 multados e 20 notificados. Apenas 10 estavam totalmente regulares.
"Os locais interditados apresentam risco iminente para o público, como, por exemplo, falta de extintores ou obstrução de via de escape. Ignorar as condições de segurança e obstruir uma via de escape retrata falta de cuidado", afirmou Simões.
De acordo com ele, em 2012 bombeiros vistoriaram 16 mil estabelecimentos, como boates, hotéis, construções, laboratórios, entre outros. Segundo Simões, o objetivo é realizar 48 mil vistorias em 2013.
Boates e casas noturnas construídas antes de 1977, como muitas da Lapa e Centro, utilizavam critério diferente e tinham autorização para que portas de saída tivessem 1,10 metros de largura. A partir deste sábado, segundo o coronel, será publicada resolução obrigando todas as casas tenham portas de saída com no mínimo dois metros de largura.
Espaços públicos fechados
Espaços culturais públicos municipais e estaduais suspenderem a programação artística até sejam vistoriados e liberados pelo Corpo de Bombeiros. A suspensão deve durar 20 dias. Entre os locais fechados está o Teatro Carlos Gomes, administrado pela prefeitura. As apresentações do musical “Ary Barroso — Do princípio ao fim”, escrito e dirigido pelo ator Diogo Vilela, foram canceladas nesta sexta-feira e final de semana.
Fiscalização prende gerentes e fecha bares e boates
Dois gerentes foram presos, quatro estabelecimentos comerciais foram interditados e outros seis foram parcialmente fechados. Esse foi o saldo de duas operações distintas realizadas pela Defesa Civil e por fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Rio e policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira, na Lapa e na Zona Sul do Rio.
O objetivo era verificar as condições de segurança e fiscalizar o direito dos consumidores em bares, restaurantes e boates dos dois principais pólos de entretenimento e turismo da cidade. Dezesseis foram visitados.
Fiscalização do Procon na Rua do Lavradio, na Lapa
As operações foram motivadas após a morte de 236 pessoas no incêndio que destruiu a boate Kiss, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo. Cerca de 70 pessoas ainda estão internadas em estado grave em hospitais da região. Os estabelecimentos notificados nas duas oeprações tem 15 dias para apresentar defesa sobre as irregularidades encontradas e 30 dias para regularizar a situação. Todos foram multados.
A Defesa Civil visitou sete estabelecimentos em cinco horas de operação. As tradicionais boates Le Boy, na Rua Raul Pompéia, e Fosfobox, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, na Zona Sul, foram interditadas por falta de condições de segurança para o público Na Rua Siqueira Campos, o Bar do Copa foi notificado. Segundo a Defesa Civil, a casa não possui alvará para funcionar como boate, apenas como bar.
Na Lagoa, o Club Praia, na Avenida Borges de Medeiros, tinha documentação em ordem. No entanto, foram encontradas pequenas iirregularidades e a boate também foi notificada.
Agentes encontraram alimentos vencidos na Pizzaria Guanabara
Na Lapa, os bares Carioca da Gema, Sacrilégio e Favellas, todos na Avenida Mém de Sá, na Lapa, foram proibidos de realizar shows ao vivo. A Defesa Civil constatou falhas na segurança dos estabelecimentos em caso de emergência. Apenas o serviço de restaurante está liberado para funcionamento. No Carioca da Gema, o show chegou a ser interrompido durante a operação.
A Operação do Procon e da Deat durou cerca de sete horas e visitou outros 11 estabelecimentos, todos na região da Lapa. Dois deles (Carioca da Gema e Sacrilégio) já tinham sido fiscalizados antes pela Defesa Civil. O gerente do Dom Lukas, Carlos Otaviano da Costa, e o da Pizzaria Guanabara, Antonio Gomes, foram presos.
Shows proibidos por questões de segurança
De acordo com o coordenador de Fiscalização do Procon-RJ, Marco Antonio Silva, nos dois locais foram encontrados estoque de alimentos vencidos e condições precárias de higiene nas cozinhas, com a presença de insetos e vestígios de roedores. Apenas no segundo foram encontrados cerca de 90 quilos de arroz impróprios para o consumo. Os dois funcionários foram autuados por crime contra o consumidor e os dois estabelecimentos multados.
A boate Alto Lapa, na Avenida Mém de Sá, e o bar Quintal Carioca, na Rua do Lavradio, foram fechadas por falta de licença do Corpo de Bombeiros. O Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, foi autuado e está proibido de realizar shows por questões de segurança. O serviço de bar e restaurante, porém, está liberado para funcionamento.
Em outros bares autuados foram encontrados problemas pontuais pelo Procon e pela Deat. No Restaruante Nova Capela, não foram encontradas informações de alimentos que estavam abertos, mas ainda não tinham sido totalmente preparados para consumo. No Lapa 40 Graus, dois alimentos foram encontrados com datas vencidas.
Já na Cachaçaria Mangue Seco, na Rua do Lavradio, não havia cofre ou setor para acautelamento de armas de policiais. No Rio Scenarium, na mesma rua, o estabelecimento informava na comanda de consumo que, em caso de extravio, o cliente teria que pagar R$ 300 de multa. Segundo os fiscais, a iniciativa é proibida por lei.
O coordenador de Fiscalização do Procon-RJ considerou satisfatória a operação, mas aproveitou para criticar os donos de estabelecimentos no desumprimento dos direitos do consumidor. "Tivemos cinco ou seis casos de problemas com produtos alimentares, com diversos deles com a validade vencida. Falta consciência aos empresários. É uma total falta de preocupação com a segurança e a saúde do consumidor. Dependendo do organismo, cada pessoa pode desenvolver uma consequência gravíssima se consumir um produto impróprio", alertou Marco Antonio da Silva.
A turista gaúcha e arquiteta Telma Porto, de 53 anos, disse que depois da tragédia na boate Kiss está mais atenta aos estabelecimentos que frequenta na noite. "Passei a observar mais o que tem neles. A primeira é a sinalização, como as saídas de emergência. Acho que depois da tragédia no Sul as pessoas estão tomando mais consciência dos perigos e o Estado está tomando as providências para fiscalizar e punir", acredita Telma, moradora de Cachoeira do Sul, cidade há 150 quilômetros de Santa Maria.
Confira lista dos 49 espaços culturais que serão fechados
Teatros municipais
Carlos Gomes
Gonzaguinha
Café Pequeno
Sérgio Porto
Ziembinsky
Maria Clara Machado
Baden Powell
Teatro Jockey
Carlos Werneck
Teatros estaduais
Glaucio Gill
Arthur Azevedo
Mario Lago
Armando Gonzaga
Museus, centros de referência e culturais da Prefeitura
Memorial Getúlio Vargas
Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo
Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Centro Cultural Municipal Prof. Dyla Sylvia de Sá
Centro Municipal Calouste Gulbenkian
Museus estaduais
Fonte : O Dia
Museu do Ingá
Casa de Oliveira Viana
Carmen Miranda
Museus dos Teatros
Casa de Euclides da Cunha
Museus da Imagem e do Som
Escola de Artes Visuais
Casa França-Brasil
Bibliotecas municipais
Botafogo - Machado de Assis
Campo Grande - Manuel Ignácio da Silva Alvarenga
Ilha do Governador – Euclides da Cunha
Maré – Jorge Amado
Irajá – João do Rio
Jacarepaguá – Cecília Meireles
Santa Teresa – José de Alencar
Tijuca – Marques Rebelo
Abgar Renault
Bibliotecas estaduais
Niterói
Lonas culturais
Gilberto Gil
Elza Osborne
Sandra de Sá
Renato Russo
Terra
Jacob do Bandolim
Herbert Vianna
João Bosco
Hermeto Pascoal
Carlos Zéfiro
Para o coronel Sérgio Simões, do Corpo de Bombeiros, interdições 'retratam falta de cuidado'. Apenas 10 estabelecimentos estavam totalmente regulares
Em apenas quatro dias, 127 boates e casas de shows do Estado do Rio foram interditadas. A informação foi dada nesta sexta-feira pelo coronel Sérgio Simões, do Corpo de Bombeiros, durante entrevista coletiva na sede da corporação. De segunda a quinta-feira, bombeiros fiscalizaram 209 estabelecimentos. Destes, 127 foram interditados, 52 multados e 20 notificados. Apenas 10 estavam totalmente regulares.
"Os locais interditados apresentam risco iminente para o público, como, por exemplo, falta de extintores ou obstrução de via de escape. Ignorar as condições de segurança e obstruir uma via de escape retrata falta de cuidado", afirmou Simões.
De acordo com ele, em 2012 bombeiros vistoriaram 16 mil estabelecimentos, como boates, hotéis, construções, laboratórios, entre outros. Segundo Simões, o objetivo é realizar 48 mil vistorias em 2013.
Boates e casas noturnas construídas antes de 1977, como muitas da Lapa e Centro, utilizavam critério diferente e tinham autorização para que portas de saída tivessem 1,10 metros de largura. A partir deste sábado, segundo o coronel, será publicada resolução obrigando todas as casas tenham portas de saída com no mínimo dois metros de largura.
Espaços públicos fechados
Espaços culturais públicos municipais e estaduais suspenderem a programação artística até sejam vistoriados e liberados pelo Corpo de Bombeiros. A suspensão deve durar 20 dias. Entre os locais fechados está o Teatro Carlos Gomes, administrado pela prefeitura. As apresentações do musical “Ary Barroso — Do princípio ao fim”, escrito e dirigido pelo ator Diogo Vilela, foram canceladas nesta sexta-feira e final de semana.
Fiscalização prende gerentes e fecha bares e boates
Dois gerentes foram presos, quatro estabelecimentos comerciais foram interditados e outros seis foram parcialmente fechados. Esse foi o saldo de duas operações distintas realizadas pela Defesa Civil e por fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Rio e policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira, na Lapa e na Zona Sul do Rio.
O objetivo era verificar as condições de segurança e fiscalizar o direito dos consumidores em bares, restaurantes e boates dos dois principais pólos de entretenimento e turismo da cidade. Dezesseis foram visitados.
As operações foram motivadas após a morte de 236 pessoas no incêndio que destruiu a boate Kiss, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo. Cerca de 70 pessoas ainda estão internadas em estado grave em hospitais da região. Os estabelecimentos notificados nas duas oeprações tem 15 dias para apresentar defesa sobre as irregularidades encontradas e 30 dias para regularizar a situação. Todos foram multados.
A Defesa Civil visitou sete estabelecimentos em cinco horas de operação. As tradicionais boates Le Boy, na Rua Raul Pompéia, e Fosfobox, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, na Zona Sul, foram interditadas por falta de condições de segurança para o público Na Rua Siqueira Campos, o Bar do Copa foi notificado. Segundo a Defesa Civil, a casa não possui alvará para funcionar como boate, apenas como bar.
Na Lagoa, o Club Praia, na Avenida Borges de Medeiros, tinha documentação em ordem. No entanto, foram encontradas pequenas iirregularidades e a boate também foi notificada.
Agentes encontraram alimentos vencidos na Pizzaria Guanabara
Na Lapa, os bares Carioca da Gema, Sacrilégio e Favellas, todos na Avenida Mém de Sá, na Lapa, foram proibidos de realizar shows ao vivo. A Defesa Civil constatou falhas na segurança dos estabelecimentos em caso de emergência. Apenas o serviço de restaurante está liberado para funcionamento. No Carioca da Gema, o show chegou a ser interrompido durante a operação.
A Operação do Procon e da Deat durou cerca de sete horas e visitou outros 11 estabelecimentos, todos na região da Lapa. Dois deles (Carioca da Gema e Sacrilégio) já tinham sido fiscalizados antes pela Defesa Civil. O gerente do Dom Lukas, Carlos Otaviano da Costa, e o da Pizzaria Guanabara, Antonio Gomes, foram presos.
Shows proibidos por questões de segurança
De acordo com o coordenador de Fiscalização do Procon-RJ, Marco Antonio Silva, nos dois locais foram encontrados estoque de alimentos vencidos e condições precárias de higiene nas cozinhas, com a presença de insetos e vestígios de roedores. Apenas no segundo foram encontrados cerca de 90 quilos de arroz impróprios para o consumo. Os dois funcionários foram autuados por crime contra o consumidor e os dois estabelecimentos multados.
A boate Alto Lapa, na Avenida Mém de Sá, e o bar Quintal Carioca, na Rua do Lavradio, foram fechadas por falta de licença do Corpo de Bombeiros. O Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, foi autuado e está proibido de realizar shows por questões de segurança. O serviço de bar e restaurante, porém, está liberado para funcionamento.
Em outros bares autuados foram encontrados problemas pontuais pelo Procon e pela Deat. No Restaruante Nova Capela, não foram encontradas informações de alimentos que estavam abertos, mas ainda não tinham sido totalmente preparados para consumo. No Lapa 40 Graus, dois alimentos foram encontrados com datas vencidas.
Já na Cachaçaria Mangue Seco, na Rua do Lavradio, não havia cofre ou setor para acautelamento de armas de policiais. No Rio Scenarium, na mesma rua, o estabelecimento informava na comanda de consumo que, em caso de extravio, o cliente teria que pagar R$ 300 de multa. Segundo os fiscais, a iniciativa é proibida por lei.
O coordenador de Fiscalização do Procon-RJ considerou satisfatória a operação, mas aproveitou para criticar os donos de estabelecimentos no desumprimento dos direitos do consumidor. "Tivemos cinco ou seis casos de problemas com produtos alimentares, com diversos deles com a validade vencida. Falta consciência aos empresários. É uma total falta de preocupação com a segurança e a saúde do consumidor. Dependendo do organismo, cada pessoa pode desenvolver uma consequência gravíssima se consumir um produto impróprio", alertou Marco Antonio da Silva.
A turista gaúcha e arquiteta Telma Porto, de 53 anos, disse que depois da tragédia na boate Kiss está mais atenta aos estabelecimentos que frequenta na noite. "Passei a observar mais o que tem neles. A primeira é a sinalização, como as saídas de emergência. Acho que depois da tragédia no Sul as pessoas estão tomando mais consciência dos perigos e o Estado está tomando as providências para fiscalizar e punir", acredita Telma, moradora de Cachoeira do Sul, cidade há 150 quilômetros de Santa Maria.
Confira lista dos 49 espaços culturais que serão fechados
Teatros municipais
Carlos Gomes
Gonzaguinha
Café Pequeno
Sérgio Porto
Ziembinsky
Maria Clara Machado
Baden Powell
Teatro Jockey
Carlos Werneck
Teatros estaduais
Glaucio Gill
Arthur Azevedo
Mario Lago
Armando Gonzaga
Museus, centros de referência e culturais da Prefeitura
Memorial Getúlio Vargas
Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo
Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Centro Cultural Municipal Prof. Dyla Sylvia de Sá
Centro Municipal Calouste Gulbenkian
Museus estaduais
Fonte : O Dia
Museu do Ingá
Casa de Oliveira Viana
Carmen Miranda
Museus dos Teatros
Casa de Euclides da Cunha
Museus da Imagem e do Som
Escola de Artes Visuais
Casa França-Brasil
Bibliotecas municipais
Botafogo - Machado de Assis
Campo Grande - Manuel Ignácio da Silva Alvarenga
Ilha do Governador – Euclides da Cunha
Maré – Jorge Amado
Irajá – João do Rio
Jacarepaguá – Cecília Meireles
Santa Teresa – José de Alencar
Tijuca – Marques Rebelo
Abgar Renault
Bibliotecas estaduais
Niterói
Lonas culturais
Gilberto Gil
Elza Osborne
Sandra de Sá
Renato Russo
Terra
Jacob do Bandolim
Herbert Vianna
João Bosco
Hermeto Pascoal
Carlos Zéfiro