No dia 26 de maio , realizamos uma reunião com funcionários que trabalham na rede pública de saúde , abrangendo unidades federais , estaduais e municipais.Os que estiveram presentes trabalham em hospitais , em postos de saúde , em clínicas da família , em UPAs ou no nível central.
A pauta foi preparada para discutirmos a Emenda Constuticional 29 e a Gestão do SUS , das OSs e dos leitos , além de assuntos gerais como de praxe.
Foi um encontro muito proveitoso , onde tivemos as trocas de experiências e os depoimentos fortes , dissecando problemas de gestão e de operacionalização de recursos materiais e humanos . Corrupção ( já não é novidade ) , desvios de verbas , superfaturamentos , desperdícios , falta de planejamento e inexistência de entrosamento por ausência de comando ficaram bem evidentes na fala de quase todos.
Como exemplo da falta de coordenação , há pacientes que saem de unidades de saúde com pedidos de exames ( quando conseguem ser atendidos ) e têm que procurar onde conseguirão fazer os exames solicitados.
Para enriquecer nosso encontro , tivemos depoimentos de pacientes que foram vítimas dos descasos do sistema de saúde e que só conseguiram ser atendidos com a ajuda de terceiros , ou seja , pedidos de amigos , de políticos etc. As filas nos chamados cadastros do sistema para atendimento em todas as especialidades são muito grandes e , em consequência , são feitos atendimentos por prioridades. O problema está em quem define quais são as prioridades. Viola-se aí a Constituição Federal que preconiza ser o direito à saúde igual para todos os cidadãos.
Os problemas são muitos : falta de macas , de leitos , de materiais simples como algodão , gaze e esparadrapo , de aparelhos como tomógrafos , por exemplo , de ´médicos , de enfermeiros e de dentistas. As filas nos hospitais são intermináveis ; há superlotação nas unidades ; pacientes , por falta de leito , ficam pelos corredores em cadeiras ou no chão ; muitos pacientes desistem por não terem como esperar. As mortes se sucedem. Cerca de 40 % dos pacientes não conseguem esperar a consulta médica , apesar de estarem no sistema de controle do governo aguardando a sua vez.E ninguém do governo se mexe.
As estatísticas de dengue estão sendo manipuladas. Muitos casos não foram contabilizados por ordem superior ou por falta de diagnóstico preciso. Inclusive casos de morte por essa doença.
A entrada de profissionais de saúde por concurso ou contrato não compensa a saída voluntária por falta de condições mínimas de trabalho e pelos baixos salários.Os que resistem e permanecem na rede pública declaram que sofrem muito com as dificuldades ou a impossibilidade de atender bem os pacientes. Alguns surtam por estresse.
As verbas destinadas à saúde são desviadas por falta de fiscalização e controle. Não há GOVERNO !
O desentrosamento é tão grande que os chefes de equipe e os diretores dos hospitais não têm diálogo. Há casos em que as emergências não são integradas aos hospitais do mesmo prédio. Os diretores de unidades são nomeados sem um critério definido . As indicações são por amizade , simpatia ou por influência político-partidária. Alguns são nomeados por seu ótimo desempenho em sua prática médica , em sua especialidade , mas não têm habilidadenem competência gerencial. Há os que asumem direção por idade ou tempo de serviço ou , ainda , porque estão cansados da prática médica , achando que , na direção , poderão reduzir sua carga de trabalho.Os bons diretores que aparecem não são capacitados nem estimulados. Não há uma política de gestão pública. É um salve-se quem puder. E os pacientes pagam por isso ; e os bons profissionais sofrem com isso.
O modelo adotado para nomeação de diretores na Educação Municipal funciona há muitos anos e muito bem. Por que não adotá-lo na saúde ?
As unidades que funcionam bem só têm esse desempenho por iniciativa individual do seu gestor e pelo envolvimento da equipe médica a ele subordinada.Todos querem trabalhar bem , mas precisam de motivação , ou seja , condições de trabalho e salários compat[íveis com sua responsabilidade .Os atuais governos nada fazem . Parece que há um interesse em sucatear e desmoralizar o serviço público para favorecer os planos de saúde e os empresários que usam OSs nas terceirizações.
Denúncias a respeito de má gestão , falta de insumos , desvios de verbas e falta de condições adequadas para o exercício profissional no Hospital dos Servidores do Estado nos foram encaminhadas . As queixas são muitas e as denúncias são graves.
Os governos não respeitam os conselhos de saúde . O Nível Central ( secretaria Municipal , Secretaria Estadual e Ministério da Saúde ) simplesmente ignora tudo o que o Conselho de saúde encaminha para melhorar a gestão pública .Na verdade , não há um canal de comunicação com a população . Eles , nos gabinetes , decidem e a população fica distante dessas decisões. A gestão não é democrática.
A desorganização , a incompetência e os desmandos são tão flagrantes no SUS que a paciente MARIA BELMIRA DA SILVA , foi atendida no Hospital MS INCA Hospital do Câncer , internada em 26/04/2011 e teve alta em 29/04/2011. Veio a falecer em 01/07/2011 , em razão da doença. Em fevereiro de 2012 , chegou a sua residência e foi recebida por sua família a carta número 37242417569 , em lhe que perguntava se ela , Dona Maria Belmira ( a já falecida ) , tinha sido bem atendida duranrte o tratamento e a internação no hospital do SUS. A família ficou indignada e nos enviou essa carta. Pura falta de cuidado e de respeito ao ser humano . No caso de uma pessoa com cãncer , e no estado em que ela se encontrava , outra forma de contato deveria ser usada para não constranger os familiares.
Essa carta retrata como se encontra a administração pública no campo da saúde , seja do prefeito e do governador do Rio , ou no Ministério da Saúde. Saúde não é a praia deles , como não é a Educação. Ou melhor , os serviços públicos , para eles , não interessam. Não dão lucro ! Há um deboche , um descaso e um desrespeito com as pessoas que necessitam dos serviços de saúde pública por não terem condições financeiras de pagar médicos da rede privada nem planos de saúde.
Faremos outro encontro da Saúde , provavelmente em agosto. Para preservar os profissionais que , em um sábado pela manhã , se dispuseram a discutir esse tema tão relevante para nosso povo , sem nada ganhar para tal e com elevado espírito público , vamos omitir seus nomes. Mas queremos externar o nosso profundo agradecimento e o nosso respeirto a eles , profissionais de Saúde ! O nosso MUITO OBRIGADO ! O POVO DO RIO AGRADECE .
A pauta foi preparada para discutirmos a Emenda Constuticional 29 e a Gestão do SUS , das OSs e dos leitos , além de assuntos gerais como de praxe.
Foi um encontro muito proveitoso , onde tivemos as trocas de experiências e os depoimentos fortes , dissecando problemas de gestão e de operacionalização de recursos materiais e humanos . Corrupção ( já não é novidade ) , desvios de verbas , superfaturamentos , desperdícios , falta de planejamento e inexistência de entrosamento por ausência de comando ficaram bem evidentes na fala de quase todos.
Como exemplo da falta de coordenação , há pacientes que saem de unidades de saúde com pedidos de exames ( quando conseguem ser atendidos ) e têm que procurar onde conseguirão fazer os exames solicitados.
Para enriquecer nosso encontro , tivemos depoimentos de pacientes que foram vítimas dos descasos do sistema de saúde e que só conseguiram ser atendidos com a ajuda de terceiros , ou seja , pedidos de amigos , de políticos etc. As filas nos chamados cadastros do sistema para atendimento em todas as especialidades são muito grandes e , em consequência , são feitos atendimentos por prioridades. O problema está em quem define quais são as prioridades. Viola-se aí a Constituição Federal que preconiza ser o direito à saúde igual para todos os cidadãos.
Os problemas são muitos : falta de macas , de leitos , de materiais simples como algodão , gaze e esparadrapo , de aparelhos como tomógrafos , por exemplo , de ´médicos , de enfermeiros e de dentistas. As filas nos hospitais são intermináveis ; há superlotação nas unidades ; pacientes , por falta de leito , ficam pelos corredores em cadeiras ou no chão ; muitos pacientes desistem por não terem como esperar. As mortes se sucedem. Cerca de 40 % dos pacientes não conseguem esperar a consulta médica , apesar de estarem no sistema de controle do governo aguardando a sua vez.E ninguém do governo se mexe.
As estatísticas de dengue estão sendo manipuladas. Muitos casos não foram contabilizados por ordem superior ou por falta de diagnóstico preciso. Inclusive casos de morte por essa doença.
A entrada de profissionais de saúde por concurso ou contrato não compensa a saída voluntária por falta de condições mínimas de trabalho e pelos baixos salários.Os que resistem e permanecem na rede pública declaram que sofrem muito com as dificuldades ou a impossibilidade de atender bem os pacientes. Alguns surtam por estresse.
As verbas destinadas à saúde são desviadas por falta de fiscalização e controle. Não há GOVERNO !
O desentrosamento é tão grande que os chefes de equipe e os diretores dos hospitais não têm diálogo. Há casos em que as emergências não são integradas aos hospitais do mesmo prédio. Os diretores de unidades são nomeados sem um critério definido . As indicações são por amizade , simpatia ou por influência político-partidária. Alguns são nomeados por seu ótimo desempenho em sua prática médica , em sua especialidade , mas não têm habilidadenem competência gerencial. Há os que asumem direção por idade ou tempo de serviço ou , ainda , porque estão cansados da prática médica , achando que , na direção , poderão reduzir sua carga de trabalho.Os bons diretores que aparecem não são capacitados nem estimulados. Não há uma política de gestão pública. É um salve-se quem puder. E os pacientes pagam por isso ; e os bons profissionais sofrem com isso.
O modelo adotado para nomeação de diretores na Educação Municipal funciona há muitos anos e muito bem. Por que não adotá-lo na saúde ?
As unidades que funcionam bem só têm esse desempenho por iniciativa individual do seu gestor e pelo envolvimento da equipe médica a ele subordinada.Todos querem trabalhar bem , mas precisam de motivação , ou seja , condições de trabalho e salários compat[íveis com sua responsabilidade .Os atuais governos nada fazem . Parece que há um interesse em sucatear e desmoralizar o serviço público para favorecer os planos de saúde e os empresários que usam OSs nas terceirizações.
Denúncias a respeito de má gestão , falta de insumos , desvios de verbas e falta de condições adequadas para o exercício profissional no Hospital dos Servidores do Estado nos foram encaminhadas . As queixas são muitas e as denúncias são graves.
Os governos não respeitam os conselhos de saúde . O Nível Central ( secretaria Municipal , Secretaria Estadual e Ministério da Saúde ) simplesmente ignora tudo o que o Conselho de saúde encaminha para melhorar a gestão pública .Na verdade , não há um canal de comunicação com a população . Eles , nos gabinetes , decidem e a população fica distante dessas decisões. A gestão não é democrática.
A desorganização , a incompetência e os desmandos são tão flagrantes no SUS que a paciente MARIA BELMIRA DA SILVA , foi atendida no Hospital MS INCA Hospital do Câncer , internada em 26/04/2011 e teve alta em 29/04/2011. Veio a falecer em 01/07/2011 , em razão da doença. Em fevereiro de 2012 , chegou a sua residência e foi recebida por sua família a carta número 37242417569 , em lhe que perguntava se ela , Dona Maria Belmira ( a já falecida ) , tinha sido bem atendida duranrte o tratamento e a internação no hospital do SUS. A família ficou indignada e nos enviou essa carta. Pura falta de cuidado e de respeito ao ser humano . No caso de uma pessoa com cãncer , e no estado em que ela se encontrava , outra forma de contato deveria ser usada para não constranger os familiares.
Essa carta retrata como se encontra a administração pública no campo da saúde , seja do prefeito e do governador do Rio , ou no Ministério da Saúde. Saúde não é a praia deles , como não é a Educação. Ou melhor , os serviços públicos , para eles , não interessam. Não dão lucro ! Há um deboche , um descaso e um desrespeito com as pessoas que necessitam dos serviços de saúde pública por não terem condições financeiras de pagar médicos da rede privada nem planos de saúde.
Faremos outro encontro da Saúde , provavelmente em agosto. Para preservar os profissionais que , em um sábado pela manhã , se dispuseram a discutir esse tema tão relevante para nosso povo , sem nada ganhar para tal e com elevado espírito público , vamos omitir seus nomes. Mas queremos externar o nosso profundo agradecimento e o nosso respeirto a eles , profissionais de Saúde ! O nosso MUITO OBRIGADO ! O POVO DO RIO AGRADECE .