Quem passa pela Av. das Américas, na Barra, pode achar que há novo calçadão entre as pistas. Mas ali funciona, há 20 dias, o BRT Transoeste, corredor expresso para ônibus que tem sido usado com frequência e imprudência por pedestres e ciclistas. Ontem, horas depois de jovem de 23 anos ser atropelado por ônibus ao atravessar a pista, O DIA fez flagrantes de exposição ao perigo: em 20 minutos, ao menos seis pessoas se arriscaram, cruzando a via exclusiva para coletivos, a poucos metros da faixa de pedestres.
Pedestres são imprudentes e usam corredor expresso como calçadão
A travessia acontece a qualquer horário, mas sobretudo nos períodos de pico do trânsito. Transeuntes esperam o melhor momento para atravessar, em vez de ir até a faixa de pedestres. “Estou cheia de pressa”, justificou Maria Angélica Pereira, 42. A 50 metros da estação Nova Barra, alunos que saem de um colégio estadual também fazem o percurso arriscado. “É perigoso. Até penso no risco, mas acabo atravessando. Perco mais tempo se andar até a faixa de pedestre”, assumiu o auxiliar administrativo Rony Santos, 20.
Algumas pessoas desafiam o perigo e se equilibram na estreita mureta que divide as pistas. Em outro flagrante, ciclista pedalava tranquilo pela contramão do corredor. Outros acidentes ocorreram desde a inauguração do Transoeste, como colisões entre caminhão e ônibus e de carro que desrespeitou a sinalização.
No trecho próximo ao local do acidente, na altura do número 7.777 da Av. das Américas, não há passarela, mas nos cruzamentos que cortam o BRT Transoeste, existem faixas de pedestres nos sinais de trânsito. As placas de sinalização indicam que a via é de uso exclusivo para ônibus. O corredor tem 40 km de extensão e, nas pistas laterais, a velocidade máxima é de 70km/h.
O Rio Ônibus informou que não há projeto para evitar a travessia de pedestres e ciclistas. O consórcio Santa Cruz, que administra o Transoeste, lamentou o atropelamento e fez apelo para que as pessoas não circulem na pista.
Vítima estaria ao celular
Motorista do ônibus BRT envolvido no atropelamento de ontem, Marlon Alessi Ferreira, disse na 16ª DP (Barra da Tijuca), que o pedestre surgiu repentinamente e que ainda tentou frear o ônibus. No registro nº 207015/12, feito por policiais do 31º BPM (Recreio) no local do acidente, o motorista alegou que a vítima, o mecânico Marlon Martins Barbosa, 23, usava fone de ouvido ao atravessar.
Um amigo do atropelado, identificado apenas como Arnaldo, disse que falava com Marlon pelo celular quando o acidente ocorreu.
Lotação e atrasos irritam passageiros da via seletiva
A travessia perigosa não foi o único problema notado desde a inauguração do BRT Transoeste. Passageiros reclamaram de superlotação e de atrasos, e houve tumultos no embarque. Segunda-feira, quando começou a circular o coletivo de Santa Cruz ao terminal Alvorada, na Barra, a venda de bilhetes chegou a ser interrompida por conta do grande número de usuários.
Moradora de Santa Cruz, Cláudia Tavares disse que só conseguiu sair do terminal 45 minutos depois. “Um verdadeiro inferno. Plataformas lotadas, ônibus atrasados, empurra-empurra para entrar. Um perigo para idosos e crianças. Entendo que o sistema ainda esteja passando por testes, mas o que foi visto foi uma completa falta de respeito com os moradores da Zona Oeste”, criticou.( O Dia )
Pedestres são imprudentes e usam corredor expresso como calçadão
A travessia acontece a qualquer horário, mas sobretudo nos períodos de pico do trânsito. Transeuntes esperam o melhor momento para atravessar, em vez de ir até a faixa de pedestres. “Estou cheia de pressa”, justificou Maria Angélica Pereira, 42. A 50 metros da estação Nova Barra, alunos que saem de um colégio estadual também fazem o percurso arriscado. “É perigoso. Até penso no risco, mas acabo atravessando. Perco mais tempo se andar até a faixa de pedestre”, assumiu o auxiliar administrativo Rony Santos, 20.
Algumas pessoas desafiam o perigo e se equilibram na estreita mureta que divide as pistas. Em outro flagrante, ciclista pedalava tranquilo pela contramão do corredor. Outros acidentes ocorreram desde a inauguração do Transoeste, como colisões entre caminhão e ônibus e de carro que desrespeitou a sinalização.
No trecho próximo ao local do acidente, na altura do número 7.777 da Av. das Américas, não há passarela, mas nos cruzamentos que cortam o BRT Transoeste, existem faixas de pedestres nos sinais de trânsito. As placas de sinalização indicam que a via é de uso exclusivo para ônibus. O corredor tem 40 km de extensão e, nas pistas laterais, a velocidade máxima é de 70km/h.
O Rio Ônibus informou que não há projeto para evitar a travessia de pedestres e ciclistas. O consórcio Santa Cruz, que administra o Transoeste, lamentou o atropelamento e fez apelo para que as pessoas não circulem na pista.
Vítima estaria ao celular
Motorista do ônibus BRT envolvido no atropelamento de ontem, Marlon Alessi Ferreira, disse na 16ª DP (Barra da Tijuca), que o pedestre surgiu repentinamente e que ainda tentou frear o ônibus. No registro nº 207015/12, feito por policiais do 31º BPM (Recreio) no local do acidente, o motorista alegou que a vítima, o mecânico Marlon Martins Barbosa, 23, usava fone de ouvido ao atravessar.
Um amigo do atropelado, identificado apenas como Arnaldo, disse que falava com Marlon pelo celular quando o acidente ocorreu.
Lotação e atrasos irritam passageiros da via seletiva
A travessia perigosa não foi o único problema notado desde a inauguração do BRT Transoeste. Passageiros reclamaram de superlotação e de atrasos, e houve tumultos no embarque. Segunda-feira, quando começou a circular o coletivo de Santa Cruz ao terminal Alvorada, na Barra, a venda de bilhetes chegou a ser interrompida por conta do grande número de usuários.
Moradora de Santa Cruz, Cláudia Tavares disse que só conseguiu sair do terminal 45 minutos depois. “Um verdadeiro inferno. Plataformas lotadas, ônibus atrasados, empurra-empurra para entrar. Um perigo para idosos e crianças. Entendo que o sistema ainda esteja passando por testes, mas o que foi visto foi uma completa falta de respeito com os moradores da Zona Oeste”, criticou.( O Dia )