O Rio de Janeiro, há muito tempo, tem sido o centro cultural e político do Brasil. Mesmo perdendo a condição de capital do país, os acontecimentos no Rio "agitam" o cenário nacional, repercutindo e formando opiniões.
O comício do dia 13 de março de 1964, comandado pelo ex-presidente João Goulart (Jango) foi tão significativo que provocou o golpe militar que durou mais de duas décadas. Em 10 de abril de 1984, o comício pelas Diretas Já, liderado por Leonel Brizola, reuniu mais de 1 milhão de pessoas. E tem sido assim...Tudo começa no Rio de Janeiro.
Seja pelo charme dos clubes cariocas que têm marca registrada em todo país, pela beleza do Carnaval e pela magia do Samba, pelo encanto de nossas praias, pelo carisma e pelo bom humor dos cariocas, pelo encanto transmitido pelo Pão de Açúcar e pelo Corcovado, a Cidade Maravilhosa é a referência, o modelo e o cartão de visita do País.
Nesses últimos meses, entretanto, o Rio virou palco de eventos fúnebres que enodoam a sua história. Quase tudo motivado por irresponsabilidade, omissão, incompetência, imaturidade e até leviandade das autoridades governamentais. Eles só pensam "naquilo" (R$), diria a Dona Bela da Escolinha do professor Raimundo.
A Cidade está partida em duas: uma ocupada militarmente e composta, em sua maioria, por pessoas excluídas das políticas sociais e dos serviços a serem prestados pelo Estado e outra, onde uma parcela de pessoas paga impostos abusivos para que meia dúzia de megaempresários enriqueçam por meio de contratos para obras e serviços superfaturados, sem licitação e, quase sempre, mal prestados. Nesse compartimento, as multas, os reboques, os assaltos e a corrupção formam um mosaico de atitudes que tornaram o Rio uma terra para os mais "sabidos", os mais "espertos". O negócio é tirar vantagem enquanto puder. O Social passa longe.
Mas não fica só nisso. Ninguém governa, ninguém fiscaliza, ninguém se responsabiliza por sinistros! Bondes sem freios matam pessoas em Santa Tereza; 439 bombeiros são presos como se fossem marginais por reclamarem das condições de trabalho (e não há diálogo com eles); professores e médicos são chamados de "vagabundos" por autoridades eleitas pelo povo; um turista francês cai por entre as grades mal conservadas do alto dos arcos da Lapa e morre; barcas sem freio se chocam e causam pânico e ferimentos nas pessoas; trens da SuperVia se deslocam por 9 Km sem maquinista, atrasam e enguiçam a toda hora; jovens armados invadem escolas e matam alunos em sala de aula; brinquedos de parques de diversão se desprendem e matam jovens; pedalinhos da Lagoa afundam com gente dentro; restaurante explode na Praça Tiradentes e mata jovens na calçada; metrô aterroriza usuários todos os dias; ônibus mal conservado pega fogo em túnel e paralisa o trânsito em toda a Cidade; bueiros explodem matando gente toda semana; pacientes agonizam em corredores de hospitais e idosos são desprezados...
Se tudo isso não bastasse, agora, tivemos o sinistro maior, pondo os dois "reis nus": três edifícios desabaram como se fosse um castelo de cartas e duas dezenas de pessoas morreram no Centro da Cidade. Vidas se foram; histórias de vida profissional e afetiva se apagaram; os cariocas ficaram perplexos, tristes e indignados pela falta de prevenção, como em todos os casos aqui relatados. A inaptidão e o despreparo de quem nos comanda, hoje, são flagrantes. A autoestima e o bom humor do carioca feneceram por agora. Talvez o Carnaval apague as chagas expostas. Que sorte desses maus governantes ! Sempre há uma festa para empanar.
Moralmente, o Rio "desabou" junto com os prédios! E, como o Rio de Janeiro é o epicentro das atenções nacionais, o Brasil moralmente também desabou !
O comício do dia 13 de março de 1964, comandado pelo ex-presidente João Goulart (Jango) foi tão significativo que provocou o golpe militar que durou mais de duas décadas. Em 10 de abril de 1984, o comício pelas Diretas Já, liderado por Leonel Brizola, reuniu mais de 1 milhão de pessoas. E tem sido assim...Tudo começa no Rio de Janeiro.
Seja pelo charme dos clubes cariocas que têm marca registrada em todo país, pela beleza do Carnaval e pela magia do Samba, pelo encanto de nossas praias, pelo carisma e pelo bom humor dos cariocas, pelo encanto transmitido pelo Pão de Açúcar e pelo Corcovado, a Cidade Maravilhosa é a referência, o modelo e o cartão de visita do País.
Nesses últimos meses, entretanto, o Rio virou palco de eventos fúnebres que enodoam a sua história. Quase tudo motivado por irresponsabilidade, omissão, incompetência, imaturidade e até leviandade das autoridades governamentais. Eles só pensam "naquilo" (R$), diria a Dona Bela da Escolinha do professor Raimundo.
A Cidade está partida em duas: uma ocupada militarmente e composta, em sua maioria, por pessoas excluídas das políticas sociais e dos serviços a serem prestados pelo Estado e outra, onde uma parcela de pessoas paga impostos abusivos para que meia dúzia de megaempresários enriqueçam por meio de contratos para obras e serviços superfaturados, sem licitação e, quase sempre, mal prestados. Nesse compartimento, as multas, os reboques, os assaltos e a corrupção formam um mosaico de atitudes que tornaram o Rio uma terra para os mais "sabidos", os mais "espertos". O negócio é tirar vantagem enquanto puder. O Social passa longe.
Mas não fica só nisso. Ninguém governa, ninguém fiscaliza, ninguém se responsabiliza por sinistros! Bondes sem freios matam pessoas em Santa Tereza; 439 bombeiros são presos como se fossem marginais por reclamarem das condições de trabalho (e não há diálogo com eles); professores e médicos são chamados de "vagabundos" por autoridades eleitas pelo povo; um turista francês cai por entre as grades mal conservadas do alto dos arcos da Lapa e morre; barcas sem freio se chocam e causam pânico e ferimentos nas pessoas; trens da SuperVia se deslocam por 9 Km sem maquinista, atrasam e enguiçam a toda hora; jovens armados invadem escolas e matam alunos em sala de aula; brinquedos de parques de diversão se desprendem e matam jovens; pedalinhos da Lagoa afundam com gente dentro; restaurante explode na Praça Tiradentes e mata jovens na calçada; metrô aterroriza usuários todos os dias; ônibus mal conservado pega fogo em túnel e paralisa o trânsito em toda a Cidade; bueiros explodem matando gente toda semana; pacientes agonizam em corredores de hospitais e idosos são desprezados...
Se tudo isso não bastasse, agora, tivemos o sinistro maior, pondo os dois "reis nus": três edifícios desabaram como se fosse um castelo de cartas e duas dezenas de pessoas morreram no Centro da Cidade. Vidas se foram; histórias de vida profissional e afetiva se apagaram; os cariocas ficaram perplexos, tristes e indignados pela falta de prevenção, como em todos os casos aqui relatados. A inaptidão e o despreparo de quem nos comanda, hoje, são flagrantes. A autoestima e o bom humor do carioca feneceram por agora. Talvez o Carnaval apague as chagas expostas. Que sorte desses maus governantes ! Sempre há uma festa para empanar.
Moralmente, o Rio "desabou" junto com os prédios! E, como o Rio de Janeiro é o epicentro das atenções nacionais, o Brasil moralmente também desabou !