Deputado do PT confia em ruptura com o PMDB nas eleições municipais do Rio
Marcelo Freixo não consegue apoio do PV e confia em criatividade para burlar falta de tempo na TV
"A postura que o PMDB do Rio tem evidenciado é a de que o partido que fazer o PT de burro de carga. Querem nos transformar numa força auxiliar, num subalterno", aponta o deputado. "Com a aproximação das eleições, a postura intransigente do PMDB vai se tornar mais explícita, o que talvez permita uma ruptura. Temos bons nomes para concorrer à prefeitura do Rio, falta de candidatos não é o problema. Eu, no entanto, não serei candidato. Quero cumprir ou meu mandato de deputado federal até o fim".
Apesar dos protestos da base petista contra a aliança, a relação entre os partidos só ficou mais nebulosa depois das declarações de Jorge Picciani. Em entrevista ao jornal "O Dia", o presidente do PMDB no Rio minimizou a importância do PT no governo, garantiu que possíveis candidatos petistas seriam derrotados com facilidade e disse que não apoiaria os aliados em municípios do interior.
Freixo solo
Já o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que vinha tentando oficializar uma aliança com o PV, já não conta com o apoio dos verdes. Para contornar a falta de alianças, o pré-candidato aposta na criatividade e no uso das mídias sociais para sua campanha.
"O PV terá candidato próprio às eleições. Acho que, quanto maior o debate, maior a qualidade. Nossa pretensão é ter uma grande aliança com a sociedade civil democrática", minimizou Freixo. "O tempo de TV é pequeno, mas não acho correto fazer uma aliança só para ter mais espaço. A união acontece quando o conteúdo é compatível. Com criatividade e inteligência, isso pode ser superado. As mídias sociais serão fundamentais no processo eleitoral".
Assim como Alessandro Molon, Marcelo Freixo critica o distancimento da administradação em relação à população.
"A população é mais público do que povo. Ela quer mais participação na sociedade. A gestão que temos hoje não é democrática, não há debate sobre saúde, sobre transportes. Precisamos de uma administração mais moderna, mais participativa", ressalta o deputado. O pré-candidado do DEM, Rodrigo Maia, defende o mesmo argumento, além de questionar a popularidade de Eduardo Paes.
"As pessoas mais humildes que foram abandonadas, deixadas de lado pelo governo. O prefeito gastou R$ 150 milhões em publicidade e não sai dos 38% de ótimo e bom. O principal defeito dele é um governo sem marca própria, sem identidade".