segunda-feira, 23 de maio de 2011

GOVERNO DO ESTADO DO RIO NÃO PRIORIZA SAÚDE.

Falta de remédios de alto custo não é o único problema nas farmácias populares do governo do estado. Os consumidores também denunciam que não encontram fraldas geriátricas. O aposentado Edson de Oliveira, de 65 anos, foi à unidade do Méier, que fica na Rua Dias da Cruz 638, para comprar o produto para a sogra, Zulma Teixeira, de 92 anos, que sofre do mal de Alzheimer, mas voltou de mãos abanando.

— Aqui temos direito a 24 pacotes, cada um com quatro unidades, no total de R$ 24. Nas farmácias convencionais, um pacote saí, em média, por R$ 11. Mas fazer o quê? Ela não pode ficar sem.

A professora Rosa Cordovil, moradora do Encantado, na Zona Norte do Rio, enfrenta o mesmo problema com a mãe, Maria José de Araujo, de 78 anos, que tem o mal de Parkinson. Ela conta que, desde o dia 5 de maio, não consegue encontrar as fraldas em farmácias do estado. Pelo telefone 0800, recebeu a informação de que só encontraria os pacotes no município de Resende:

— Se eu tivesse dinheiro para ir a Resende, seria preferível usá-lo para comprar fraldas aqui na farmácia da esquina da minha casa.

O aposentado Willian Sérgio, de 66 anos, estava indignado. Ele procurou as fraldas nas unidades de Jacarepaguá e Bangu, antes de chegar ao Méier, sem sucesso.

— É uma vergonha. Gastam milhões no Maracanã e deixam o idoso esquecido. Minha mãe tem 88, é pensionista e não tem condições. O Estado não prioriza tanto a terceira idade?

                 Problema operacional

O coordenador do Programa da Farmácia Popular, Márcio Luiz Ferreira Vieira, informou que o fabricante de fraldas geriátricas teve um problema operacional e deixou de fazer entregas durante alguns dias, o que ocasionou a falta do produto. Ele esclarece que o problema já foi sanado e os itens começaram a ser entregues no início desta semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário