Desapropriação de antigo prédio da Bolsa para dar lugar à Alerj provoca polêmica
Decreto assinado por Cabral torna edifício de utilidade pública; proprietários de imóveis no local vão brigar para ficar
Um decreto assinado pelo governador Sérgio Cabral tornando de utilidade pública o prédio onde funcionou a Bolsa de Valores, na Praça XV, está no centro de uma polêmica no Rio.
A medida, publicada esta semana no Diário Oficial, autoriza a abertura de processo para a desapropriação do imóvel, onde passaria a funcionar Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A Alerj ocupa hoje, além do Palácio Tiradentes, um prédio anexo, também na Praça XV, onde fica a maioria dos gabinetes dos deputados.
Como a presidência da Casa quer demolir o anexo por considerá-lo inadequado para a estrutura do Legislativo, a saída foi buscar um local para abrigar os parlamentares.
O presidente da Alerj, Paulo Melo, alega que o prédio da antiga Bolsa de Valores é ideal porque tem estrutura para comportar os gabinentes e o setor administrativo da Casa, além de contar com um auditório onde funcionaria o plenário. Sem citar valores, Melo afirmou que a reforma e modernização do edifício anexo ficariam muito caros para o Poder Legislativo.
- Construir um prédio ou reformar o anexo sairia muito caro. Então, conversamos com o governador e pedimos que fosse publicado o decreto. Ao instalar o Poder Legislativo nesse novo prédio, a ideia é demolir o prédio anexo, devolvendo para a população a área da Praça XV. O Palácio Tiradentes passaria ser o Museu da Democracia, onde também ocorreriam cerimônias especiais da Alerj.
Mas a mudança para o prédio da Bolsa de Valores não deverá ser fácil. A maioria dos atuais proprietários pretende derrubar na Justiça o decreto para permanecer no prédio. Caso não seja possível, eles decidiram brigar para que a Alerj pague o valor de mercado do edifício, hoje, segundo eles, avaliado em torno de R$ 500 milhões.
- Há uma insatifação geral. Os proprietários marcaram uma reunião para discutir essa questão, mas já há a decisão de lutarmos para permanecermos no prédio. Se não for possível, queremos o valor justo pelo prédio - disse o administrador do edifício, Décio Ferreira de Oliveira.
Em nota, a Bolsa de Valores de São Paulo, que é uma das proprietários do prédio no Centro do Rio, afirmou que tomará as medidas cabíveis para assegurar que lhe seja pago “o valor justo pela desapropriação dos imóveis”. Segundo Décio, cerca de 60% do prédio pertence a outras dez empresas ou pessoas físicas. Hoje, os 13 andares são ocupados por escritórios de multinacionais, bancos e corretoras do mercado financeiro, além de um escritório de advocacia.
A medida, publicada esta semana no Diário Oficial, autoriza a abertura de processo para a desapropriação do imóvel, onde passaria a funcionar Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A Alerj ocupa hoje, além do Palácio Tiradentes, um prédio anexo, também na Praça XV, onde fica a maioria dos gabinetes dos deputados.
Como a presidência da Casa quer demolir o anexo por considerá-lo inadequado para a estrutura do Legislativo, a saída foi buscar um local para abrigar os parlamentares.
O presidente da Alerj, Paulo Melo, alega que o prédio da antiga Bolsa de Valores é ideal porque tem estrutura para comportar os gabinentes e o setor administrativo da Casa, além de contar com um auditório onde funcionaria o plenário. Sem citar valores, Melo afirmou que a reforma e modernização do edifício anexo ficariam muito caros para o Poder Legislativo.
- Construir um prédio ou reformar o anexo sairia muito caro. Então, conversamos com o governador e pedimos que fosse publicado o decreto. Ao instalar o Poder Legislativo nesse novo prédio, a ideia é demolir o prédio anexo, devolvendo para a população a área da Praça XV. O Palácio Tiradentes passaria ser o Museu da Democracia, onde também ocorreriam cerimônias especiais da Alerj.
Mas a mudança para o prédio da Bolsa de Valores não deverá ser fácil. A maioria dos atuais proprietários pretende derrubar na Justiça o decreto para permanecer no prédio. Caso não seja possível, eles decidiram brigar para que a Alerj pague o valor de mercado do edifício, hoje, segundo eles, avaliado em torno de R$ 500 milhões.
- Há uma insatifação geral. Os proprietários marcaram uma reunião para discutir essa questão, mas já há a decisão de lutarmos para permanecermos no prédio. Se não for possível, queremos o valor justo pelo prédio - disse o administrador do edifício, Décio Ferreira de Oliveira.
Em nota, a Bolsa de Valores de São Paulo, que é uma das proprietários do prédio no Centro do Rio, afirmou que tomará as medidas cabíveis para assegurar que lhe seja pago “o valor justo pela desapropriação dos imóveis”. Segundo Décio, cerca de 60% do prédio pertence a outras dez empresas ou pessoas físicas. Hoje, os 13 andares são ocupados por escritórios de multinacionais, bancos e corretoras do mercado financeiro, além de um escritório de advocacia.
