Romário critica obras e diz que a Copa vai se tornar "o maior rombo" da história
O ex-jogador e deputado federal Romário voltou a fazer duras críticas à forma como vem sendo organizada a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Em sua página no Facebook, o baixinho alertou que a competição vai se tornar "o maior rombo" da história do país, por conta da má gestão das obras emergenciais.
"Esta palhaçada vai piorar quando faltar um ano e meio para o Mundial. O pior está por vir porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Ai vai acontecer o maior roubo da história do Brasil", escreveu.
O ex-camisa 11 da Seleção também fez críticas à reunião da Presidente Dilma Rousseff com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter. Romário afirmou que o Governo está enganando o povo e que, se nada melhorar, a Copa do Mundo será "uma merda" e o País vai "passar vergonha" com a atual organização.
"É uma pena que o Governo federal se uniu a Fifa para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha. Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda. E o Governo federal está enganado o povo. E a presidente Dilma está sendo enganada ou se deixando enganar", afirmou o deputado.
"Tem coisas que só existem no nosso País, ou melhor, só acontecem no nosso País. O presidente da Fifa (Blatter) vem ao Brasil e se encontra com a presidente Dilma. Nesse encontro estão presentes Aldo Rebello, ministro dos Esportes; Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014; Ronaldo, conselheiro do Comitê Organizador Local (COL). Só uma pergunta: qual dessas pessoas tem a ver com a Lei Geral da Copa? Nenhuma.
O presidente da comissão da Lei Geral da Copa, Renan Filho , não estava lá. O relator da Lei da Copa, Vicente Cândido, também não. O presidente da Casa onde será votada a lei, Marco Maia, também não estava presente. E muitos outros que tem muito a ver com a Lei Geral da Copa, não estavam presentes", disparou.
"Na minha concepção de político, a política vai de mal a pior. E o povo tem total razão de reivindicar e cobrar principalmente mais seriedade e responsabilidade das pessoas que tem autonomia para decidir coisas importantes como essa (Copa do Mundo)", acrescentou.
A principal questão em discussão na Lei Geral da Copa é a aprovação da comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. A atual legislação vigente proíbe a questão. Mas para organizar o Mundial, o Brasil se comprometeu a aceitar algumas exigências da Fifa, como esta. Para a soberania nacional não ser atropelada pela entidade, alguns e políticos e, principalmente, uma parte da opinião pública é contra a lei.