Informe do Dia: O conselheiro e os patrocínios
POR Fernando Molica
Acima, patrocínio da Rufollo no uniforme de Edmundo (e), convocado por Moraes (d) para o Mundialito. Entre eles está o lutador Vitor Belfort. Ao lado, a marca da Locanty nas camisas do técnico Moraes (d) e de um jogador do Iate-Modus | Foto: Reprodução / Divulgação
A Rufollo patrocinou, em 2011, a seleção brasileira que conquistou o vice-campeonato do Mundialito de Futebol de 7 realizado numa arena montada em Copacabana — Moraes foi o técnico da equipe. O presidente da Rufollo, Rufollo Villar, prestigiou o evento e entregou o prêmio ao melhor goleiro do torneio. Em 2007, a empresa foi uma das patrocinadoras da equipe de futsal do Iate Clube Jardim Guanabara. O Informe não conseguiu falar ontem com Moraes que, segundo o TCM, está em viagem de férias.
Moraes e Locanty
Presidente do Tribunal de Contas do Município, Thiers Montebello diz que Moraes deixa de votar em processos que envolvam a Locanty. Ele afirma não recordar se o conselheiro tem tomado a mesma atitude em casos relacionados à Rufollo.
Sem medalha
A deputada Cidinha Campos (PDT) pediu ontem a revogação da Medalha Tiradentes concedida pela Assembleia Legislativa ao presidente da Toesa, David Gomes da Silva. A empresa também está envolvida no escândalo.
Empresa suspeita reformou quadra da Ilha
A prefeitura disse que cancelará os contratos que tem com a Locanty e com a Rufollo. Mas não se manifestou sobre outra empresa citada no ‘Fantástico’, a Trade Building (que entraria em licitações para perder) recebeu R$ 2,7 milhões do município em 2011. Dirigida por Sid Villar, irmão dos donos da Rufollo, a Trade venceu a licitação para ampliar a quadra da Unidos da Ilha. A prefeitura, que bancou a reforma, estimara seu custo em R$ 4,8 milhões; a proposta vencedora foi de R$ 5,3 milhões. Na inauguração, a própria prefeitura divulgou que o investimento chegou a R$ 6,3 milhões.
Passou raspando
A Trade ganhou a licitação por muito pouco. Sua proposta foi apenas R$ 48.762 inferior à da segunda colocada, a Tensor, o que representa uma diferença de 0,9% em relação à concorrente. Pelo regulamento, as empresas poderiam superar o preço estimado em até 10% — a Trade cobrou 9% a mais.
Servente caro
O Iabas, Organização Social que cuida de unidades de saúde na Zona Oeste, também contratou serviços da Rufollo. Segundo o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), o custo de cada servente terceirizado chega a R$ 2.698 — a prefeitura gastava menos, R$ 1.991.