Isolado no PMDB, conversa com Aécio prossegue.
Os entendimentos entre o governador Sérgio Cabral e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), seu quase parente - segundo declarou o próprio Cabral - estão cada vez mais frequentes. Os dois políticos estão acertando os ponteiros para um possível apoio à candidatura de Aécio à Presidência da República e uma candidatura de Cabral ao Senado. Desde que começou a pressionar a presidente Dilma Rousseff sobre as eleições para o Governo do Rio, Cabral deu início a um processo de auto-fritura que culminou no jantar que teve com o vice-presidente, Michel Temer, no último dia 22.
No encontro, o governador mais uma vez ameaçou retirar seu apoio a Dilma, caso seu candidato, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, não fosse o único a concorrer no Estado pela coligação que dá sustentação ao Governo. Chegou a dizer, inclusive, que seu filho tinha o sobrenome “Neves”, de sua mulher, que é parente de Aécio, numa ameaça velada de apoio ao tucano. Cabral não aceita a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) e a possibilidade de um palanque duplo para a presidente.
Aborrecida com a pressão, Dilma resolveu esfriar as relações com o governador. Como consequência, Cabral vem experimentando um isolamento dentro de seu próprio partido e, por conta disso, resolveu prosseguir com a alternativa prenunciada no jantar com Temer. As conversas com Aécio foram intensificadas e a possibilidade de apoio ao senador mineiro estão sendo cada vez mais consideradas por ambos.
As articulações com o PSDB não estão restritas a Cabral e Aécio, o próprio Pezão vem conversando com parlamentares tucanos acertando possíveis apoios para sua candidatura, já que o PSDB no Rio não possui um nome forte para concorrer ao Governo do Estado. O presidente do PMDB, Jorge Piccianni, também vem mantendo contatos com tucanos visando o apoio à candidatura do senador mineiro.
Cabral seria um vice perfeito para a estratégia de Aécio Neves que teria um palanque no Rio de Janeiro, onde mora, mas onde também não possui eleitores nem para ser síndico. Aécio traria ainda para sua candidatura parte do PMDB, a tropa de choque do governador que poderia até migrar para outros partidos. A movimentação de Aécio conta com apoio de seu tio, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que na semana passada teve participação importante numa possível acolhida de Cabral pelo PP.
A cúpula do PMDB, no entanto, não está gostando do fato de perder Cabral e sua corte para outros partidos, o que poderia enfraquecer a sigla no Estado, onde mantém um eleitorado fiel desde o final da ditadura, nos anos 80. Uma nova rodada de conversas entre os caciques do PMDB e Cabral está sendo marcada para breve, com o intuito de convencer o governador do erro que vem cometendo ao não abrir mão da candidatura única de Pezão. Nesses entendimentos, ficará claro para Sérgio Cabral que a candidatura de Lindbergh é irreversível e já está nas ruas e caberá a ele cuidar de seu candidato nas urnas e não com pressões sobre a presidente. ( Fonte : JB )
Os entendimentos entre o governador Sérgio Cabral e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), seu quase parente - segundo declarou o próprio Cabral - estão cada vez mais frequentes. Os dois políticos estão acertando os ponteiros para um possível apoio à candidatura de Aécio à Presidência da República e uma candidatura de Cabral ao Senado. Desde que começou a pressionar a presidente Dilma Rousseff sobre as eleições para o Governo do Rio, Cabral deu início a um processo de auto-fritura que culminou no jantar que teve com o vice-presidente, Michel Temer, no último dia 22.
No encontro, o governador mais uma vez ameaçou retirar seu apoio a Dilma, caso seu candidato, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, não fosse o único a concorrer no Estado pela coligação que dá sustentação ao Governo. Chegou a dizer, inclusive, que seu filho tinha o sobrenome “Neves”, de sua mulher, que é parente de Aécio, numa ameaça velada de apoio ao tucano. Cabral não aceita a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) e a possibilidade de um palanque duplo para a presidente.
Aborrecida com a pressão, Dilma resolveu esfriar as relações com o governador. Como consequência, Cabral vem experimentando um isolamento dentro de seu próprio partido e, por conta disso, resolveu prosseguir com a alternativa prenunciada no jantar com Temer. As conversas com Aécio foram intensificadas e a possibilidade de apoio ao senador mineiro estão sendo cada vez mais consideradas por ambos.
As articulações com o PSDB não estão restritas a Cabral e Aécio, o próprio Pezão vem conversando com parlamentares tucanos acertando possíveis apoios para sua candidatura, já que o PSDB no Rio não possui um nome forte para concorrer ao Governo do Estado. O presidente do PMDB, Jorge Piccianni, também vem mantendo contatos com tucanos visando o apoio à candidatura do senador mineiro.
Cabral seria um vice perfeito para a estratégia de Aécio Neves que teria um palanque no Rio de Janeiro, onde mora, mas onde também não possui eleitores nem para ser síndico. Aécio traria ainda para sua candidatura parte do PMDB, a tropa de choque do governador que poderia até migrar para outros partidos. A movimentação de Aécio conta com apoio de seu tio, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que na semana passada teve participação importante numa possível acolhida de Cabral pelo PP.
A cúpula do PMDB, no entanto, não está gostando do fato de perder Cabral e sua corte para outros partidos, o que poderia enfraquecer a sigla no Estado, onde mantém um eleitorado fiel desde o final da ditadura, nos anos 80. Uma nova rodada de conversas entre os caciques do PMDB e Cabral está sendo marcada para breve, com o intuito de convencer o governador do erro que vem cometendo ao não abrir mão da candidatura única de Pezão. Nesses entendimentos, ficará claro para Sérgio Cabral que a candidatura de Lindbergh é irreversível e já está nas ruas e caberá a ele cuidar de seu candidato nas urnas e não com pressões sobre a presidente. ( Fonte : JB )