Quem autorizou a instalação de um depósito de combustível em área residencial como essa? Por que as autoridades não fiscalizaram e fecharam esse deepósito? Há poucos meses, tivemos a tragédia em Santa Maria, quando 242 jovens morreram por falta de fiscalização e de atuação eficaz do Poder Público. Na época, fizeram muitas promessas de acompanhamento, interdições etc. O tempo passou e nada de concreto em defesa da população. Quem mora no local ficou em pânico. E houve morte. Até quando?...
Incêndio atinge depósito de combustíveis em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, confirmou a morte de uma pessoa devido ao incêndio de grandes proporções que atinge um depósito de combustíveis e lubrificantes da Petrogold, próximo à Rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), nesta quinta-feira (23). Mais sete pessoas ficaram feridas e foram atendidas no Hospital Adão Pereira Nunes.
Segundo eles, o morto seria um funcionário da empresa Petrogold, identificado como Gelson da Silva Ferreira, 43 anos, e chegou a ser levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas morreu na unidade. A secretaria estadual de Saúde confirmou que a vítima chegou ao hospital com 90% do corpo queimado.
Além da vítima, a direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informou que prestou atendimento a sete vítimas do incêndio. Destas, quatro homens e duas mulheres, que foram atendidos, já receberam alta. Um homem, de 21 anos, deu entrada na unidade mas saiu à revelia.
O fogo, que começou por volta das 11h, se espalhou por todo o quarteirão, consumindo casas vizinhas após uma grande explosão às 12h30. O Coronel Ronaldo Alcântara, comandante da operação do Corpo de Bombeiros em Caxias disse que o fogo foi controlado às 15h30. De acordo com o Coronel, ainda há chamas no local, porque ainda tem combustível líquido nos tanques que precisam queimar. No depósito tinham dois tanques com gasolina, dois com álcool, um com diesel e outro com água.
Segundo o coronel, muitos animais domésticos morreram, pois estavam presos nas casas do entorno. Sobre as três casas pegaram fogo, o coronel acredita que a causa foi o calor. A maior dificuldade, de acordo com ele, foi isolar a área e afastar as pessoas.
No local, a temperatura passou de mil graus. O calor que irradiou pra rua chegou a aproximadamente 600 graus.
Uma área de aproximadamente quatro quarteirões ao redor do depósito foi isolada, de acordo com a Defesa Civil do Rio de Janeiro. A previsão é que de que, até o fim do dia, 80% dos moradores retornem para suas residências. A Polícia Militar e a Guarda Municipal fazem a segurança para evitar a invasão das residências.
Os bombeiros acionaram cinco quartéis: Grupamento Operacional com Produtos Perigosos, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Irajá e Caju. Além de várias residências, na região há, pelo menos, uma escola municipal, da qual um grupo de cerca de 10 crianças foi retirado.
Por volta das 12h, as chamas podiam ser vistas a quilômetros de distância e assustavam os moradores da Vila Maria Helena. Os bombeiros informaram que a área era resfriada para que as chamas não se alastrassem. O combate ao fogo propriamente dito, no entanto, só deve começar após o combustível armazenado ser consumido.
Segundo a Defesa Civil estadual, a área foi esvaziada pela Defesa Civil municipal de Caixas para a segurança dos moradores e mais agentes do estado seguiam para auxiliar as equipes.
Inea x ANP
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Petrogold não tem licença ambiental do estado para funcionar. A única licença era do município de Caxias, de 2009. Segundo o Inea, o município não tem autonomia para conceder esse tipo de licença.
Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP), informou que a empresa atuava de forma regular. De acordo com a ANP, a "Petrogold tem autorização de operação 179, publicada no Diário Oficial da União em 07 de abril de 2009. Por ocasião da outorga a empresa apresentou todos os documentos exigidos pelas Portarias ANP Nºs 29 e 202 de 1999, incluindo o alvará de funcionamento da Prefeitura de Duque de Caxias, o certificado de vistoria de Corpo de Bombeiros e a licença de operação ambiental, todos dentro do prazo de validade. A empresa foi fiscalizada pela ANP quatro vezes este ano, desde janeiro e não foram encontradas irregularidades."
Incêndio atinge depósito de combustíveis em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, confirmou a morte de uma pessoa devido ao incêndio de grandes proporções que atinge um depósito de combustíveis e lubrificantes da Petrogold, próximo à Rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), nesta quinta-feira (23). Mais sete pessoas ficaram feridas e foram atendidas no Hospital Adão Pereira Nunes.
Segundo eles, o morto seria um funcionário da empresa Petrogold, identificado como Gelson da Silva Ferreira, 43 anos, e chegou a ser levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas morreu na unidade. A secretaria estadual de Saúde confirmou que a vítima chegou ao hospital com 90% do corpo queimado.
Além da vítima, a direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informou que prestou atendimento a sete vítimas do incêndio. Destas, quatro homens e duas mulheres, que foram atendidos, já receberam alta. Um homem, de 21 anos, deu entrada na unidade mas saiu à revelia.
O fogo, que começou por volta das 11h, se espalhou por todo o quarteirão, consumindo casas vizinhas após uma grande explosão às 12h30. O Coronel Ronaldo Alcântara, comandante da operação do Corpo de Bombeiros em Caxias disse que o fogo foi controlado às 15h30. De acordo com o Coronel, ainda há chamas no local, porque ainda tem combustível líquido nos tanques que precisam queimar. No depósito tinham dois tanques com gasolina, dois com álcool, um com diesel e outro com água.
Segundo o coronel, muitos animais domésticos morreram, pois estavam presos nas casas do entorno. Sobre as três casas pegaram fogo, o coronel acredita que a causa foi o calor. A maior dificuldade, de acordo com ele, foi isolar a área e afastar as pessoas.
No local, a temperatura passou de mil graus. O calor que irradiou pra rua chegou a aproximadamente 600 graus.
Uma área de aproximadamente quatro quarteirões ao redor do depósito foi isolada, de acordo com a Defesa Civil do Rio de Janeiro. A previsão é que de que, até o fim do dia, 80% dos moradores retornem para suas residências. A Polícia Militar e a Guarda Municipal fazem a segurança para evitar a invasão das residências.
Os bombeiros acionaram cinco quartéis: Grupamento Operacional com Produtos Perigosos, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Irajá e Caju. Além de várias residências, na região há, pelo menos, uma escola municipal, da qual um grupo de cerca de 10 crianças foi retirado.
Por volta das 12h, as chamas podiam ser vistas a quilômetros de distância e assustavam os moradores da Vila Maria Helena. Os bombeiros informaram que a área era resfriada para que as chamas não se alastrassem. O combate ao fogo propriamente dito, no entanto, só deve começar após o combustível armazenado ser consumido.
Segundo a Defesa Civil estadual, a área foi esvaziada pela Defesa Civil municipal de Caixas para a segurança dos moradores e mais agentes do estado seguiam para auxiliar as equipes.
Inea x ANP
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Petrogold não tem licença ambiental do estado para funcionar. A única licença era do município de Caxias, de 2009. Segundo o Inea, o município não tem autonomia para conceder esse tipo de licença.
Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP), informou que a empresa atuava de forma regular. De acordo com a ANP, a "Petrogold tem autorização de operação 179, publicada no Diário Oficial da União em 07 de abril de 2009. Por ocasião da outorga a empresa apresentou todos os documentos exigidos pelas Portarias ANP Nºs 29 e 202 de 1999, incluindo o alvará de funcionamento da Prefeitura de Duque de Caxias, o certificado de vistoria de Corpo de Bombeiros e a licença de operação ambiental, todos dentro do prazo de validade. A empresa foi fiscalizada pela ANP quatro vezes este ano, desde janeiro e não foram encontradas irregularidades."