Marcos Valério aponta Lula como chefe do mensalão, diz revista
O empresário Marcos Valério de Souza acusou o ex-presidente Lula de chefiar o mensalão e disse que o PT usou R$ 350 milhões no esquema, segundo reportagem da revista "Veja" desta semana.
O STF (Supremo Tribunal Federal) já condenou Valério, considerado operador do mensalão, por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato (desvio de dinheiro). Valério ainda precisa ser julgado por evasão de divisas e formação de quadrilha.
A revista informa que a reportagem foi feita com base em revelações de parentes, amigos e associados de Valério.
"Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para Lula porque eu, o Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT] e o Zé [Dirceu, ex-ministro] não falamos", teria dito Valério em Belo Horizonte.
A acusação da Procuradoria-Geral da República fala que o mensalão foi alimentado por R$ 136 milhões. Lula não foi acusado e nega ter tido relação com o empresário.
Segundo Valério, R$ 350 milhões passaram pelo esquema. A entrada e saída de dinheiro estariam registradas num livro guardado a sete chaves por Delúbio.
Num primeiro momento, o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse à Folha que não confirmaria nem desmentiria as declarações atribuídas ao seu cliente porque, segundo ele, "não houve entrevista".
Depois, mais tarde, afirmou que conversou com Valério e o empresário negou o teor da reportagem da revista. "Ele não deu entrevista, e negou toda a matéria, inclusive as declarações", disse.
Durante o escândalo do mensalão em 2005, Marcos Valério presta depoimento na CPI dos Correios, no SenadoAinda, de acordo com a revista, Valério teria afirmado que Lula seria o fiador das operações que abasteceram o esquema. E que Dirceu era o braço de Lula "que comandava".
O texto da revista diz que o empresário tem relatado encontros que teve com o ex-presidente no Palácio do Planalto. "Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo", disse, segundo o texto.
O empresário teria feito um acordo com o PT: em troca de não revelar detalhes, recebeu garantias de impunidade, ou um esforço para retardar o início do julgamento no STF. Mas agora, diante das condenações, teria começado a contar a amigos o que sabe.
"O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo", teria dito Valério.
Valério afirma que seu contato no PT era o assessor de Lula e presidente do instituto que leva o nome do petista, Paulo Okamotto. Segundo o empresário, Okamotto chegou a dar um "safanão" na esposa dele, Renilda Santiago, quando ela foi pedir para ele ser solto, na sua primeira prisão.
O empresário teme ser assassinado. "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje", disse o empresário, segundo a reportagem.
O empresário Marcos Valério de Souza acusou o ex-presidente Lula de chefiar o mensalão e disse que o PT usou R$ 350 milhões no esquema, segundo reportagem da revista "Veja" desta semana.
O STF (Supremo Tribunal Federal) já condenou Valério, considerado operador do mensalão, por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato (desvio de dinheiro). Valério ainda precisa ser julgado por evasão de divisas e formação de quadrilha.
A revista informa que a reportagem foi feita com base em revelações de parentes, amigos e associados de Valério.
"Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para Lula porque eu, o Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT] e o Zé [Dirceu, ex-ministro] não falamos", teria dito Valério em Belo Horizonte.
A acusação da Procuradoria-Geral da República fala que o mensalão foi alimentado por R$ 136 milhões. Lula não foi acusado e nega ter tido relação com o empresário.
Segundo Valério, R$ 350 milhões passaram pelo esquema. A entrada e saída de dinheiro estariam registradas num livro guardado a sete chaves por Delúbio.
Num primeiro momento, o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse à Folha que não confirmaria nem desmentiria as declarações atribuídas ao seu cliente porque, segundo ele, "não houve entrevista".
Depois, mais tarde, afirmou que conversou com Valério e o empresário negou o teor da reportagem da revista. "Ele não deu entrevista, e negou toda a matéria, inclusive as declarações", disse.
Durante o escândalo do mensalão em 2005, Marcos Valério presta depoimento na CPI dos Correios, no SenadoAinda, de acordo com a revista, Valério teria afirmado que Lula seria o fiador das operações que abasteceram o esquema. E que Dirceu era o braço de Lula "que comandava".
O texto da revista diz que o empresário tem relatado encontros que teve com o ex-presidente no Palácio do Planalto. "Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo", disse, segundo o texto.
O empresário teria feito um acordo com o PT: em troca de não revelar detalhes, recebeu garantias de impunidade, ou um esforço para retardar o início do julgamento no STF. Mas agora, diante das condenações, teria começado a contar a amigos o que sabe.
"O PT me fez de escudo, me usou como um boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo", teria dito Valério.
Valério afirma que seu contato no PT era o assessor de Lula e presidente do instituto que leva o nome do petista, Paulo Okamotto. Segundo o empresário, Okamotto chegou a dar um "safanão" na esposa dele, Renilda Santiago, quando ela foi pedir para ele ser solto, na sua primeira prisão.
O empresário teme ser assassinado. "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje", disse o empresário, segundo a reportagem.