segunda-feira, 3 de maio de 2010

ENSINI PÚBLICO MUNICIPAL ESTÁ DOENTE

Hoje,li a manchete do Jornal Extra com muita tristeza e , sobretudo, com muita preocupação.
A sensação que tive é que o produtor da manchete estava jubiloso com o que publicava.Vejam:

TAXA DE REPROVAÇÃO NAS ESCOLAS DO RIO SUBIU 447% EM 2009.

Assim como não aceitamos que os alunos não tenham compromisso com os estudos,também não podemos observar esta manchete como se fosse uma vitória da Sociedade.Não está em discussão o sepultamento dos ciclos de formação.
O jornal,no desdobramento da matéria,cita alguns casos bem sucedidos,mas que não são a regra.

A Escola não existe para REPROVAR como não pode ser irresponsável ao ponto de APROVAR quem não sabe.O tema é complexo,porque vários fatores o envolvem,passando pelo social,pelo econômico,pelo histórico e por aí vai.

Temos que ter a coragem de enfrentar a questão do ensino e da Educação sem a politização partidária.A verdade é que todos somos reprovados quando estes índices são atingidos.A Escola,a Família,a Mídia,o Governo e todos os segmentos da Sociedade têm que procurar,numa ampla discussão,a saída para a valorização da Escola como um todo.Este fúnebre resultado certamente promoverá EVASÃO.
Para onde irão estas crianças,geralmente desassistidas,sem família e sem autoestima? Lembremos que a escola pública tem um enorme contingente de alunos que são oriundos de comunidades onde falta tudo ou quase tudo.
VOLTAREMOS AO TEMA .

Analisem esta situação como fracasso da Sociedade,e não,dos alunos.


Um comentário:

  1. Como Professor em atividade da rede municipal posso garantir que a aprovação automática implantada desde 2004 (senão me engano) foi uma das causadoras, se não a maior causadora desse alto índice de reprovações no primeiro ano sem a aprovação automática. Já que, os alunos do 2º segmento do ensino fundamental (5ª a 8ª) atuais, os que aparecem na matéria, são os mesmos que foram aprovados pelo sistema, mesmo sem nada aprender, até 2008, por isso, em 2009 com o fim desse método, o nº de reprovações foram altas.
    Ass. Profº Elvis Mendes

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