A Cidade do Rio de Janeiro está em Guerra?

As declarações das autoridades da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Governador Sérgio Cabral a respeito do erro grosseiro que o policial do BOPE cometeu, nesta semana,confundindo uma furadeira com uma arma de fogo, e ,por isso,atirando no Sr Hélio morador do Bairro do Andaraí,em sua casa,quando este se encontrava recolocando uma lona na varanda,e provocando o óbito do mesmo,mostraram que o modelo adotado pela Secretaria de Segurança Pública para o controle da criminalidade transformando a Cidade em praça de guerra e em zona de conflitos descontrolados,precisa de uma reavaliação.


As autoridades,em seu discursos,não convenceram ninguém e aprofundaram a ansiedade e o pânico na população carioca.

O policial que provocou a tragédia,embora sendo integrante de um setor especializado e altamente qualificado da PM, equivocou-se.Sua ação causou dano irreparável.

Esse clima beligerante e a sensação de iminente confronto levam os policiais a se sentirem sob tensão em todos os cantos da Cidade:nas favelas,nas vilas e nas grandes vias do Centro da Capital Fluminense.Eles se encontram "no limite" da tolerância adrenérgica.

Os shows pirotécnicos,visando às eleições de outubro deste ano,a utilização irresponsável pela Mídia para promover os fatos como se fossem espetáculos de audiência televisiva e o sensacionalismo expondo os policiais e toda a corporação ao ridículo,exigindo resultados através do "custe o que custar" para baixar os índices de criminalidade estão se sobrepondo à inteligência diligencial, à técnica de investigação,à prudência na informação e ao cuidado na ação policial.

Vale tudo para se dar a sensação ilusória de que os criminosos estão sendo derrotados.Sabemos ,todos,que estão ocorrendo migração territorial , mudança de estratégias e alteração de modelos de crimes.

Uma boa política de Segurança Pública é avaliada pelos resultados concretos que produz ,pela PAZ que promove de forma discreta e firme,com autoridade e sabedoria ,sem alardes e sem exibicionismos.

Estamos em pânico!
Ontem foi o sr Hélio do Andaraí.Amanhã,poderá ser um de nós.