15/10/2012
às 7:05
Sim, acompanhei cada VERSO da “ocupação” de Manguinhos e Jacarezinho, no Rio. Não me comovo com má poesia!
É claro que eu vi na televisão a operação de “pacificação” do Complexo de Manguinhos e da favela do Jacarezinho, no Rio. Acompanhei cada verso! Sim, leitores, falo em “verso” porque, em matéria de UPP e José Mariano Beltrame, boa parte da imprensa, especialmente a televisão, prefere a poesia — e poesia de péssima qualidade — ao jornalismo. Ontem, houve até reportagem que terminou com crianças sorrindo. Quando a imprensa apela a um clichê, ou não tem o que informar ou tem o que esconder. É batata!
Os policiais chegaram, os bandidos evaporaram, e Beltrame concedeu uma entrevista coletiva em que exaltou o ambiente de paz em que tudo se deu. Já são 30 “comunidades” — “favela”, agora, só em São Paulo! — “pacificadas”. Parece haver pouco mais de 1.200. Entendo. O importante é começar.
Ao exaltar a paz da ocupação, entendi que a bandidagem deu no pé. Dali, foi para algum outro lugar, aonde a “pacificação” ainda não chegou. Cinco traficantes pés de chinelo foram presos. Os chefões do tráfico sumiram. Mas o Rio, aquele pedaço ao menos, segundo entendi, voltou a sorrir.
Se um dia o Rio conseguir espantar todos os seus bandidos, os estados fronteiriços é que terão problemas, não é mesmo?
Não! Não venham me pedir versos. Não que não goste deles ou que já não os tenha até mesmo cometido. É que prefiro, nesses casos, a lógica. Os bandidos que Beltrame não prende ficam soltos. Como não mudam de ramo, apenas de rumo, vão fazer vítimas em outro lugar. Como sou um cara bacana, aceito que tentem provar que estou errado.
Por Reinaldo Azevedo
às 7:05
Sim, acompanhei cada VERSO da “ocupação” de Manguinhos e Jacarezinho, no Rio. Não me comovo com má poesia!
É claro que eu vi na televisão a operação de “pacificação” do Complexo de Manguinhos e da favela do Jacarezinho, no Rio. Acompanhei cada verso! Sim, leitores, falo em “verso” porque, em matéria de UPP e José Mariano Beltrame, boa parte da imprensa, especialmente a televisão, prefere a poesia — e poesia de péssima qualidade — ao jornalismo. Ontem, houve até reportagem que terminou com crianças sorrindo. Quando a imprensa apela a um clichê, ou não tem o que informar ou tem o que esconder. É batata!
Os policiais chegaram, os bandidos evaporaram, e Beltrame concedeu uma entrevista coletiva em que exaltou o ambiente de paz em que tudo se deu. Já são 30 “comunidades” — “favela”, agora, só em São Paulo! — “pacificadas”. Parece haver pouco mais de 1.200. Entendo. O importante é começar.
Ao exaltar a paz da ocupação, entendi que a bandidagem deu no pé. Dali, foi para algum outro lugar, aonde a “pacificação” ainda não chegou. Cinco traficantes pés de chinelo foram presos. Os chefões do tráfico sumiram. Mas o Rio, aquele pedaço ao menos, segundo entendi, voltou a sorrir.
Se um dia o Rio conseguir espantar todos os seus bandidos, os estados fronteiriços é que terão problemas, não é mesmo?
Não! Não venham me pedir versos. Não que não goste deles ou que já não os tenha até mesmo cometido. É que prefiro, nesses casos, a lógica. Os bandidos que Beltrame não prende ficam soltos. Como não mudam de ramo, apenas de rumo, vão fazer vítimas em outro lugar. Como sou um cara bacana, aceito que tentem provar que estou errado.
Por Reinaldo Azevedo