terça-feira, 26 de abril de 2011

ESCÂNDALOS NO SETOR PRIVADO DE SAÚDE.

A Constituição Brasileira permite a livre iniciativa e a concorrência no Mercado. Até aí , tudo ótimo. Ela , em nenhum momento, afirma que os serviços essenciais como Saúde e Educação sejam exclusivos da Iniciativa Privada. Por isso, sempre defendemos a participação do Estado de forma efetiva e com qualidade nesses serviços , sem prejiuizo aos empresários que atuam de maneira correta nesses campos. Uma parcela da população é quase como um "monopólio do setor público" , uma vez que a única alternativa para os mais carentes é a assistência do Estado. As crianças das famílias economica e financeiramente menos favorecidas necessitam das escolas públicas ( talvez sua única alernativa ) , assim como para muitos doentes só resta o atendimento público de saúde.


Infelizmente , entretanto , há os que defendem a ideia da ausência total do Estado nesses setores. Para eles ,em lugar de pugnarmos pela boa gestão , é mais cômodo entregar as escolas públicas , os hospitais e as demais unidades de saúde pública ao empresariado. Seria como o pai que não conseguindo educar seu filho por absoluto descaso e por incompetência contrate uma pessoa para tal . Em defesa da nossa argumentação , temos inúmeros casos que justificam a afirmativa de que não se resolvem esses problemas dessa maneira. A Light , a Supervia , as Barcas , o Metrô não estão prestando serviços de qualidade à população. Privatizar não é se ter a certeza de melhoria de gestão em benefício dos usuários.

Nos últimos dias, policiais da delegacia do Consumidor ( DECON ) encontraram 240 quilos de alimentos e remédios fora da validade em quatro hospitais particulares no Rio de Janeiro. Durante a "Operação UTI ", 6 unidades hospitalares foram vistoriadas. Quatro nutricionistas e um farmacêutico foram presos em flagrante por crime contra as relações de consumo. No Hospital Amiu , em Botafogo , os agentes encontraram pomadas vencidas desde 2009 e fios de sutura de operações cardíacas com prazo vencido desde dezembro. Também havia alimentos sem procedência no estoque.

No Hospital Barra D'OR , cerca de 170 quilos de alimentos sem etiquetas de identificação , de origem e de validade foram inutilizados. No Centro Pediátrico da Lagoa , os policiais localizaram macarrão e leite em pó com validades vencidas. No Hospital Pasteur , no Méier , havia carne fora do prazo de validade. No Centro Pediátrico da Lagoa , um menino ingeriu iogurte com validade vencida. O pai guardou a embalagem e denunciou. A Blitz do Decon revelou que a rede privada também sofre das mesmas mazelas atribuidas à rede pública.Tudo isso foi publicado no dia 15 de abril em Jornal de grande cirdulação no Rio de Janeiro.

Os problemas estão na falta de fiscalização do Poder Público que alimenta a corrupção , o enriquecimento ilícito e todos os crimes contra o consumidor indefeso. Então , em lugar de se discutir privatização , vamos debater sobre FISCALIZAÇÃO E CONTROLE.

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