sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A LONGA VIAGEM PARA A MORTE .



Ontem , enquanto os telejornais da noite anunciavam a morte do jovem de 22 anos que foi rejeitado em cinco hospitais estaduais e municipais , a Prefeitura do Rio fazia uma propaganda da Clínica da Família , como solução dos problemas graves que a população carioca enfrenta no tocante à falta de médicos , à insuficiência de leitos e de macas ,`a total ausência de condições de trabalho para os profissionais de saúde e aos equipamentos sem funcionamento entre outras mazelas.


O rapaz que faleceu foi rejeitado por cinco hospitais , dentre unidades estaduais e municipais ; peregrinou ,carregado por uma ambulância por 88 km , durante mais de 7 horas. Levando em conta todo o tempo , desde o acidente até ser internado no Salgado Filho , foram 12 horas que , certamente , agravaram o quadro do paciente com traumatismo craniano. O curioso é que a Prefeitura ,em termos de seu programa de Saúde ( se é que existe) só fala dessas Clínicas. Não se reporta aos postos de saúde nem aos hospitais municipais , como Lourenço Jorge , Salgado filho , Souza Aguiar e Pedro II nem às tão decantadas Unidades de Pronto Atendimento - UPAs ( O que houve com elas?).

Assim como o Governador , para se reeleger em 2010 , começou , em 2008-2009 , uma forte propaganda enganosa a respeito das UPAs e das UPPs , com apoio escancarado da Rede Globo e de outras emissoras de TV , o Prefeito do Rio usa do mesmo artifício exitoso de seu CABO-ELEITORAL , promovendo as clínicas desde o fim das eleições de 2010. Essa estratégia já é conhecida por parte do eleitorado esclarecido, mas eles ainda se beneficiam da ingenuidade das pessoas que não têm espírito critico..

Ao longo dos últimos anos , foram inúmeros os casos de mortes de idosos decorrentes da falta de estrutura mínima para atendimento hospitalar. E a culpa não é dos médicos nem dos enfermeiros. Quem já utilizou os serviços de saúde em unidades públicas teve a oportunidade de perceber a dedicação dos servidores. Eles trabalham acima dos limites de sua capacidade. NÃO HÁ UMA POLÍTICA DE SAÚDE NO RIO . E ela não existe de propósito para BENEFICIAR OS PARLAMENTARES QUE EXPLORAM OS CENTROS SOCIAIS ( no tocante à população mais pobre ) e os Planos de Saúde ( para os que têm condição de pagar).

Trata-se de uma MALDADE para com a população. Nada disso é ocasional . A intencionalidade dessas pessoas em relação à Saúde Pública é análoga aos procedimentos mafiosos dos que não querem resolver os problemas da Segurança Pública , fontes de renda para enriquecimento ilícito e célere de muita gente.

Assim como as UPAs , as Clínicas da Família podem ser bons projetos , mas não são a solução definitiva das questões de Saúde pública no Rio. E , na verdade , é possível que os governantes nem queiram que elas sejam. As UPAs e as Clínicas são , para eles , apenas e tão somente , PALANQUES ELEITORAIS PARA SUA SEDE DE PODER. Pouco se importam se não há macas , leitos , medicamentos , aparelhos , algodão , gaze ou esparadrapo nas unidades . O que lhes interessa é o VOTO DOS INOCENTES que ainda acreditam na sua hipocrisia , nas suas mentiras , na conivência de muitos parlamentares donos dos malditos centros sociais das zonas Norte e Oeste do Rio.

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