sexta-feira, 29 de agosto de 2014

De quem é a culpa: do sistema político, da lei eleitoral, dos partidos políticos ou dos eleitores?

Nós, cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, em 05 de outubro, elegeremos 40 deputados federais e 70 deputados estaduais. Faremos alguma mudança? Ou manteremos todos os que lá se encontram, sem nada produzir de bom para a população e servindo, apenas, aos interesses dos grandes grupos econômicos?

A indignação da população com os políticos é muito grande no período que antecede as eleições. Nos bares, nas praças, nas escolas, nas igrejas, nos teatros, nos campos de futebol e por todo canto se houve dizer que os políticos não valem nada. Faz-se até uma certa injustiça, porque há, com certeza, um pequeno grupo bem intencionado que, por motivos diversos, não consegue produzir tudo de bom que gostaria.

Em junho de 2013, nas manifestações de rua por todo o País, essa indignação se mostrou evidente. Muito bem!  Chegou a hora do acerto de contas! Se a participação nas ruas não obteve o resultado desejado, a resposta deve ser dada agora. É hora de não eleger os que deram as costas para os apelos do povo.

Como em todas as profissões e atividades humanas, há gente boa e gente que não vale nada. Há, pois, bons e maus políticos. Também como em todas as atividades humanas, as pessoas do mal são mais ousadas, mais caras de pau, mais insinuantes e envolventes e tomam as iniciativas, inibindo a parcela que se cala e acaba, por omissão, permitindo aberrações e se deixando levar pelas atrocidades cometidas pelos maus.

Tenho receio de que os mesmos políticos malfeitores sejam reeleitos na sua maioria. Por que será que isso acontece sempre? Quais são as causas que levam "esses bandidos" da política a serem reeleitos sempre e, cada vez mais, com um número maior de votos, a despeito de nada produzirem de bom para a população?

Seriam o sistema político e a lei eleitoral que permitem a candidatura até de homicidas, desde que não tenham sido condenados por um colegiado? Será que a lei eleitoral colabora ao aceitar propagandas com gastos de valores estratosféricos, usando dinheiro de origem duvidosa? Será que os partidos têm sua parcela de culpa, por não selecionarem bem os seus candidatos? Seria o governo estadual e a secretaria de segurança pública culpados por admitir os currais eleitorais dominados pelos traficantes e pelos milicianos? Ou seriam os eleitores que, mesmo sabendo das práticas ilícitas desses elementos, dão-lhes o voto?

Por que não disciplinar a propaganda no rádio e na TV, dando tempos iguais para todos os partidos e todos os candidatos? Sabe-se que, deixando ao sabor dos partidos, eles escolhem os chamados" puxadores" de votos, geralmente artistas, apresentadores de programas de rádio e TV, jogadores de futebol, ou seja, gente que entra no parlamento e não sai mais, pela sua constante exposição na Mídia, o que inibe a renovação.

Por que não limitar o número de placas, de panfletos e de cabos eleitorais? Se isso não for feito, só os que já têm mandato e os que são patrocinados por megaempresários têm condição de divulgar seus nomes e alcançar os eleitores desavisados. A dificuldade para a divulgação de um novo nome é um fator que impede a renovação do quadro político. Só os detentores de elevados recursos financeiros se beneficiam com esse modelo. Muitas vezes, o eleitor quer renovar, mas só tem conhecimento dos mesmos. E fica assim!

O fato é que, como está, em 06 de outubro, quando a Justiça Eleitoral divulgar a lista dos eleitos, constataremos que lá estarão os mesmos: os bons ( poucos), porque foram avaliados e aprovados por seus eleitores; os maus ( a maioria), porque dispõem de ilimitados recursos, parte registrada na prestação de contas de campanha ( caixa um ) e a fração maior, não registrada. A RENOVAÇÃO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E NA CÂMARA DE DEPUTADOS SERÁ EM TORNO DE ZERO. Anotem aí!

As " velhas raposas", os malfeitores, os corruptos e os fisiológicos voltarão aos seus postos e continuarão a se locupletar da ignorância política dos brasileiros e a fazer seus negócios sombrios, enriquecendo as suas contas nos paraísos fiscais. Quem quiser comprovar, procure, hoje, na internet, a lista dos 513 deputados que estão na Câmara Federal e os 70 estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e compare com a que será publicada em 06 de outubro. QUEM VIVER VERÁ !  

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Se a Copa 2014 tivesse sido realizada no Iraque ou na Síria, para o povo brasileiro teria sido muito melhor.

Passadas algumas semanas do encerramento da Copa do Mundo 2014, realizada no Brasil, procuramos fazer uma reflexão sobre o evento esportivo, no que concerne aos benefícios e aos malefícios trazidos ao nosso povo. Deixamos a poeira baixar, por conta das vergonhosas derrotas da seleção brasileira, no campo, para as seleções alemã e holandesa, respectivamente, por 7 x 1 e 3 x 0, e procuramos fazer um retrospecto do que foi prometido pelas autoridades políticas do Brasil para o nosso desenvolvimento.

Notem que tivemos o cuidado de escrever seleção brasileira, seleção alemã e seleção holandesa, em lugar de Brasil,  Alemanha e Holanda, para não misturar futebol com Nação; competição esportiva com Pátrias; fanatismo esportivo com Patriotismo. São coisas diferentes e, por via de consequência, devem ser cuidadas de modos diferentes. Quando a seleção brasileira de futebol perde para a seleção alemã, não significa que o povo brasileiro foi derrotado pelo povo alemão. Parece que estou chovendo no molhado, mas não!

A Mídia, de propósito, e orientada por patrocinadores dos eventos, insufla a população, fazendo com que ela se sinta em uma verdadeira guerra. Parece que a dignidade do povo brasileiro depende da performance dos jogadores de futebol. Se não há um resultado positivo no campo de jogo, a frustração se abate sobre todos como se a Nação tivesse sido humilhada e perdesse sua identidade. A massa humana é manobrada pela habilidade dos comunicadores de rádio e TV e reage quase bestialmente. Perde a noção dos valores!

Enquanto a população estava entorpecida pela manipulação, não se dava conta de que a Copa do Mundo estava se constituindo em um dos maiores absurdos de nossa história. A corrupção ultrapassava todos os limites toleráveis, em razão dos gastos na construção de estádios e na reforma de outros. A FIFA sugerira 8, 10 ou 12 estádios para a realização do evento, mas os insanos governantes brasileiros optaram por 12. E por que o número maior?  Porque dá para roubar mais em 12 obras de grande porte que em 8.

Segundo informam, a FIFA recebeu isenção de todos os tributos; o governo gastos 36 bilhões de reais e financiou obras em estádios particulares, à custa, é óbvio, do nosso dinheiro.

Onde está o tão falado legado para o povo brasileiro? Ninguém sabe; ninguém viu. Prometeram resolver a questão da mobilidade urbana. Não cumpriram. Prometeram investir em Saúde Pública. Neca! O sistema de saúde só vem piorando, inclusive a saúde privada por falta de fiscalização do governo. Prometeram investir e melhorar os portos e os aeroportos. Mais uma vez, nada! Prometeram tratar de nossas lagoas e de nossos rios já pensando nas Olimpíadas em 2016. Nada ! A poluição ambiental só cresce. O que ficou de benefício para os cidadãos brasileiros, depois de tanto gasto e de tantas promessas de melhores condições de vida?

Durante a Copa, não se via moradores de rua e mendigos nas zonas nobres do Rio de Janeiro, onde estavam os turistas. A Segurança Pública foi excelente. Terminada a Copa, tudo voltou à rotina e os traficantes voltaram a infernizar a vida dos cidadãos, até com maior ousadia que antes do evento esportivo mundial. Os trens da Supervia voltaram a " aprontar" para os usuários; o Metrô e as barcas a dar problemas e o trânsito a colocar os motoristas loucos. Os engarrafamentos diminuíram na Copa, apenas porque foram decretados feriados nos dias de jogos. O problema não foi enfrentado. Lançaram mão de uma solução temporária. Cuidaram de um tumor maligno com analgésico apenas.

Por outro lado, os megaempresários que patrocinaram a Copa ganharam muito; a FIFA deu gargalhadas de tanto lucro e pela isenção de tributos; alguns governantes se locupletaram com isso; os cambistas fizeram a festa. Mas, para decepção dos que contavam com o enriquecimento ilícito e o ganho eleitoral só se deram bem quanto ao primeiro quesito, já que a derrota vergonhosa do time de futebol tirou a possibilidade de os maus políticos se beneficiarem com o " carnaval " de um mês que ocorreria, iludindo os fanáticos para amealhar votos.

Para se promover a euforia dos torcedores brasileiros, as festas, os churrascos, os enfeites nas ruas e as queimas de fogos  nos dias de jogos, não seria necessário trazer a Copa para nosso País e gastar tanto dinheiro que poderia ser investido em reais e permanentes benefícios para o povo. Hoje, com a tecnologia de que dispomos, mesmo que a Copa tivesse sido no Iraque ou na Síria, teríamos como ver os jogos e fazer a nossa festa. E as escolas, os hospitais, os meios de transporte, a segurança pública e o meio ambiente teriam recebido investimentos mais interessantes.  

domingo, 24 de agosto de 2014

PLANO INCLINADO DA PENA INAUGURADO HOJE. VEJAM A VERDADE QUE NÃO ESTÁ SENDO DIVULGADA.

Como morador há 67 anos de Jacarepaguá,  37 dos quais na Rua Francisca Salles, na Freguesia, sempre achei difícil para os idosos e para os cadeirantes, visitar a Igreja de Nossa Senhora da Pena, por ser a subida da Pedra do Galo ( no topo da qual se encontra esse Santuário) muito difícil em razão de ser ingrime.

Observei, ainda, que o local, além de atender aos católicos em sua fé, tem uma vista extraordinária da Baixada de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, o que traria o interesse para o lazer das pessoas em geral e de qualquer credo. Com isso, viria  o desenvolvimento econômico do Bairro, principalmente, da Freguesia..

Quando assumi o cargo de Administrador Regional de Jacarepaguá, em 2001, levei o projeto para construção de um teleférico no local ao Prefeito Cesar Maia. Meus argumentos se baseavam no fato de a Igreja atender à Religião; ao fato de ser um local para ecoturismo; por ser ser um cartão postal de Jacarepaguá; por possibilitar o desenvolvimento econômico do Bairro e por mostrar a nossa cultura, já que, na Igreja, existe um grande acervo histórico.

A partir daí, começaram os estudos junto aos órgãos municipais para viabilizar o teleférico. A burocracia, infelizmente, dificultou o andamento do mesmo, retardando, pela primeira vez, o início da obra.

Mas não desanimei. Ao lado do Jorge Cesaro, antigo morador da Freguesia, meu amigo de longa data, membro como eu da Irmandade da Igreja e juntamente com quem eu já havia conseguido colocar telefone público no local, bem como promovido o reflorestamento do Morro, continuei provocando as autoridades responsáveis para êxito no que eu acreditava. Levantei, junto com o Jorge e com outros moradores
de Jacarepaguá, mais de 15 mil assinaturas apoiando o projeto.

Em 2007, quando assumi o cargo de Vereador, inclui uma emenda na Lei Orçamentária para reforma da Igreja de Nossa Senhora do Loreto e outra emenda orçamentária para construção do Plano Inclinado, visto que os técnicos constataram ser mais viável o Plano Inclinado que o Teleférico.

As minhas emendas foram aprovadas. Mas não bastava isso. Precisava do apoio do Prefeito; do seu interesse em aplicar as verbas aprovadas na Câmara de Vereadores, já que essa é uma tarefa do Poder Executivo. Essa etapa não foi árdua, já que o Prefeito aderiu ao nosso pleito.

Ele promoveu a reforma da Igreja do Loreto que se encontrava infestada de cupins e com sua estrutura pronta para desabar. Sendo um bem tombado, não houve ofensa ao que determina a nossa Constituição.

Os recursos para construção do Plano Inclinado foram disponibilizados pelo Prefeito; a licitação foi realizada e a empresa construtora foi contratada. Juntamente com toda a equipe da Secretaria Municipal de Obras, tivemos uma reunião no salão de festas no alto da Pedra do Galo, apresentamos a empresa vencedora da licitação, comanda pelo Senhor Fausto, bem como o projeto que seria colocado em prática.

A placa discriminando o valor, o início da obra e tudo mais, foi instalada no local em setembro de 2008. Tudo pronto para se iniciar a construção. Terminou o Mandato de César Maia no momento em que se iniciaria a construção.

O atual prefeito, contudo, não deu prosseguimento ao que já estava em curso. Paralisou tudo e só recomeçou anos depois. Nada justificava o não andamento da obra, pois até os recursos financeiros, como já citei, estavam disponibilizados para tal.

Finalmente, hoje, dia 24 de agosto de 2014, a obra foi concluída e houve a inauguração com a presença do Prefeito Eduardo Paes e de Dom Orani Tempesta. Às 12:30, o Plano Inclinado começou a funcionar oficialmente, embora com atraso de quase 6 anos. Mas o que interessa é que a população ganhou mais um interessante equipamento público.

Deixando a modéstia de lado, pois, às vezes, é preciso, deixo aqui o meu depoimento ressaltando que, para mim, essa foi mais uma vitória inestimável pela qual lutei tanto, ou seja , desde 2001 até a presente data. Quis o destino que eu fizesse a primeira subida no veículo, por volta das 8 horas, ou seja, antes da inauguração, por convite do condutor do mesmo. Parece que foi um prêmio de DEUS para coroar meus esforços nessa causa. Ao me convidar para entrar no veículo e subir no Plano Inclinado, naquele momento o rapaz estava, sem saber, fazendo JUSTIÇA.

Assim como a LONA CULTURAL do PECHINCHA, a VILA OLÍMPICA DO MATO ALTO, o PARQUE URBANO PINTO TELLES e a SUBGERÊNCIA DA COMLURB, na Praça Seca, que só foram erguidas por meu empenho junto às autoridades, o PLANO INCLINADO DA PENA é mais um motivo de orgulho para mim como morador dos mais antigos de Jacarepaguá. Não fiz nada de extraordinário, porque quem executa é o prefeito e não um vereador. Mas é preciso que o vereador insista junto ao prefeito para que a população seja contemplada.

Tenho sim a sensação do dever cumprido; do trabalho realizado em troca dos votos que recebi dos eleitores. MISSÃO EXECUTADA COM ÊXITO.

E, como, muitas vezes, pessoas estranhas ao processo se aproveitam do BOLO PRONTO para reparti-lo e fazer a festa como se fosse sua, resolvi publicar esse depoimento para restabelecer a VERDADE, ainda que deixando a modéstia de lado. Mas não é justo que você se empenhe por algo, veja que não teve apoio de determinadas pessoas, e essas mesmas pessoas apareçam, no final, levantando a taça, tentando atribuir a si um mérito que não tem. FAÇAMOS JUSTIÇA ! Vamos dar a César o que é de César.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

As mortes inexplicáveis no Brasil.

Seriam as mortes de alguns políticos brasileiros inexplicáveis ou o " SISTEMA" impede uma investigação séria? Mesmo assim, NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL, como foi dito.

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A caixa preta não gravou a conversa durante o vôo, porque estava desligada? Com o assim?...Muito bem!...

O piloto, segundos antes da queda do avião, declarou, calmamente, que faria uma manobra e, de repente, ocorre o "acidente" em Santos? Como assim?...Vá lá!...

Vizinhos ao local da queda que provocou a morte do candidato a Presidente do Brasil, Eduardo Campos, no momento do sinistro, declararam ter visto uma bola de fogo no avião, antes de ele cair e essa informação não é levada em conta e desaparece do noticiário? Como assim?...

O mais estranho é que uma personalidade morre em um suposto acidente, leva com o seu falecimento o sonho de milhões de pessoas e, dentro das hipóteses de investigação, não se coloca a possibilidade de atentado político? Por que não? Como assim?...

Há muita confusão nas cabeças das pessoas que pensam nesse País. Essa suspeita que levantamos corre por todo o Estado de Pernambuco. E não é a primeira vez que, no Brasil, pessoa desse porte morre e o povo não recebe as justificativas de forma clara.

Assim como a morte de Eduardo Campos, as mortes de Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Juscelino, Jango ( João Goulart ), Carlos Lacerda, Roberto da Silveira , Leonel Brizola e de tantos outros políticos de importância e que incomodaram ou incomodariam o " SISTEMA" não tiveram justificativa convincente para quem pensa nesse País. Para quem não engole a informação oficial.

O caso Celso Daniel também não foi elucidado até hoje. A renúncia de Jânio Quadros, o suicídio de Getúlio Vargas e a aposentadoria precoce do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, também reclamam uma análise mais apurada.

Por que, em geral, aquele que se mostra interessado em desvendar crimes, em desenvolver o País, em lutar em favor dos menos favorecidos e promover justiça social, em defender a educação e a saúde para todos, em combater a corrupção, em acabar com as oligarquias centenárias, em lutar em defesa do patrimônio nacional brasileiro, em proteger as crianças e os pobres, em tornar o Brasil um País independente de verdade, morre, por mortes mal explicadas?

Essas mortes estranhas só interessam a quem está do lado do SISTEMA. É hora de os brasileiros pensarem nisso. Que a morte de Eduardo Campos não tenha sido em vão. Daqui a menos de dois meses, estaremos votando para Presidente, para Senador, para Governador e para Deputado( Federal e Estadual). Vamos usar a nossa arma que é o voto, ainda que as urnas eletrônicas possam deturpar a nossa vontade. Mas vamos acreditar. Como foi dito: NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mais sobre o caso Bethlem

'Época': Justiça bloqueia bens de Bethlem, da ex-mulher e da ONG Tesloo

revista 'Época' informa nesta segunda-feira que a 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro bloqueou os bens do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB), da ex-mulher dele, Vanessa Felippe, da ONG Casa Espírita Tesloo e do ex-presidente da entidade, o major reformado da Polícia Militar Sérgio Pereira de Magalhães Junior. A Justiça também determinou a quebra de sigilos bancário e fiscal dos quatro.
Segundo a publicação, o pedido de bloqueio de bens e quebra de sigilo foi feito pela promotora Gláucia Santana, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania. A determinação do bloqueio é da juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto. Gláucia Santana investiga suspeita de desvios de dinheiro nos contratos entre a ONG Tesloo e a Secretaria Municipal de Assistência Social. Na época da assinatura de parte dos contratos, em 2011, Bethlem comandava a secretaria.
No último dia 25, a revista 'Época' revelou o áudio de uma conversa gravada por Vanessa em novembro de 2011, na qual Bethlem admite que recebia R$ 70 mil mensais por meio de um contrato com a Tesloo, assinado para cadastrar famílias de baixa renda que seriam beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. Segundo as próprias palavras, Bethlem embolsava propina da ONG. Ele também afirmou que ainda ganhava R$ 15 mil por mês com o fornecimento de lanche às ONGs, mas não deu maiores detalhes que pudessem identificar a qual contrato se referia.
De acordo com a revista, na ação em que pediu o bloqueio de bens, a promotora Gláucia Santana informou à Justiça que rastreia o destino de ao menos R$ 17 milhões repassados à ONG Tesloo por meio de contratos assinados na gestão Bethlem. Os repasses da Prefeitura, desde 2005, podem chegar a R$ 80 milhões. Além do cadastro de famílias de baixa renda, a Tesloo cuidava da assistência a usuários de crack.
A Promotoria de Justiça também investiga se a pensão alimentícia de Vanessa, filha do presidente da Câmara Municipal do Rio, Jorge Felippe (PMDB), foi paga com propina da ONG. Por essa razão, os bens de Vanessa também foram bloqueados. Vanessa entregou à reportagem de Época a gravação da conversa que manteve com Bethlem. Ela também apresentou vídeos nos quais aparece recebendo R$ 20 mil mensais em dinheiro vivo. Os envelopes com dinheiro eram entregues a um funcionário parlamentar de Bethlem. 
No dia 15 de julho do ano passado o Jornal do Brasil publicou uma reportagem com o título: "Segurança pública atua em eventos privados da elite". Tinha sido um final de semana marcado pelo casamento de Beatriz Barata, neta do megaempresário dos transportes no Rio de Janeiro, Jacob Barata. Após uma manifestação absolutamente pacífica em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde ocorria a festa, o vandalismo de algum convidado, que jogou um cinzeiro em direção ao público, custou a um manifestante um profundo corte na cabeça.