sexta-feira, 14 de junho de 2013

Protesto em Brasília.

Contra a Copa, grupo queima pneus e fecha via em frente ao estádio do DF

Manifestantes usaram faixas e cartazes para protestar contra a Copa.
Eles chegaram a bloquear o acesso de bombeiros e da Polícia Militar.



Manifestantes bloquearam na manhã desta sexta-feira (14) as seis faixas do Eixo Monumental na altura do Estádio Nacional de Brasília. O grupo usou faixas e cartazes e queimou pneus para protestar contra a Copa das Confederações, que começa neste sábado (15) com jogo entre Brasil e Japão. A Polícia Militar estimou a presença de 330 a 400 pessoas no local.
Grupo fecha via em frente ao Estádio Nacional de Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)Grupo fecha via em frente ao Estádio Nacional de Brasília 
Mmbro do Comitê Popular da Copa, que organiza o protesto, Priscila Brito disse que o movimento ocorre como repúdio ao dinheiro investido nos eventos esportivos, em vez de ser investido em saúde e educação. Ela também alegou que as ações ocorrem em solidariedade às manifestações em São Paulo, contra o aumento nas passagens de ônibus.
"Nossa reivindicação principal é contra a política de investimento de dinheiro em outras áreas fundamentais que não a saúde e educação", disse Priscila. "É principalmente em defesa dos direitos humanos contra a exploração sexual. Nessa época de grandes eventos, aumenta muito a prostituição e não temos políticas para proteger as pessoas disso."
Um texto distribuído pelos manifestantes no local diz que mobilização semelhante vai ocorrer em 12 capitais do país na próxima semana. Eles alegam negligência aos direitos humanos e sociais no Brasil, que estariam pior na preparação para as copas. Afirmam ainda que 250 mil pessoas em todo o Brasil foram removidas ou sofreram ameaça de remoção por causa dos eventos.
Os manifestantes chegaram a bloquear o acesso dos bombeiros para apagar o incêndio. Carros da Polícia Militar chegaram ao local por volta das 10h15. O tenente-coronel Julio César afirmou que a PM vai tentar desobstruir a área evitando confrontos.
"Vamos fazer de tudo para evitar confronto. Dentro da técnica, vamos desobstruir a área. Estamos esperando orientação do governo para agir", disse.( G1.com)