Maracanã,
poço sem fundo
O novo Maracanã, fechado para reformas em agosto de 2010, custaria, inicialmente, R$ 705 milhões. No início de 2011, porém, o governo constatou que a estrutura da marquise do estádio estava deteriorada e precisava ser demolida.
A nova intervenção provocou aditivo de 36%. O preço ficou em R$ 787 milhões, divididos em R$ 400 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia(BNDES), mais R$ 250 milhões pelo Corporação Andina de Fomento(CAF), mais R$ 137 milhões pela Caixa Econômica Federal.
Um ano depois do início das obras, O Tribunal de Contas da União apontou sobrepreço de R$ 163,4 milhões no custo, e a reforma foi orçada em R$ 859 milhões. O órgão havia exigido a redução de R$ 97,8 mihões desse sobrepreço.
Com incentivos fiscais concedidos pelo governo, no valor de R$ 84 milhões, o Maracanã passou a custar R$ 775,8 milhões. A Matriz de Responsabilidades, depois, atualizou o valor: R$ 808,4 milhões. Com os recentes aditivos, chegou-se ao custo atual da obra de R$ 1,13 bilhão. Um poço sem fundo.
“Claramente houve, pelas características da obra, quando é recuperado um bem tombado como o Maracanã as necessidades de adaptação são bem maiores do que as de um prédio novo. Novos funcionários tiveram que ser contratados, a arquibancada precisou ser verticalizada.
Em obras, quando você começa, surgem fatores imponderáveis que inesperados, sobretudo em um estádio como o Maracanã, de 60 anos de vida e que sempre teve reformas mambembes” explicou o governador Sérgio Cabral, ao tentar explicar os diversos aditivos, que não significaram obras mais rápidas: o prazo de reabertura do estádio foi de dezembro de 2012 para fevereiro de 2013. Em seguida, para maio de 2013.
O Consórcio Maracanã S.A, composto por Odebrecht, IMX e AEG, oferecerá R$ 181,5 milhões para administrar o estádio pelos próximos 35 anos, muito pouco perto dos R$ 1,13 bilhão investidos pelo poder público no estádio.
Jogo teste já tinha falhas
No dia da abertura do estádio, em jogo entre amigos de Ronaldo e Amigos de Bebeto, problemas podiam ser vistos dentro e fora do estádio. Na entrada da estátua do Bellini, chama atenção o piso irregular das rampas monumentais, onde pequenos desníveis são comuns e até buracos são encontrados no caminho, colocando em risco, sobretudo,pessoas com dificuldades de locomoção.
Nem mesmo os VIPs e a imprensa escaparam. O elevador destinado às equipes de reportagem teve problemas técnicos, obrigando os profissionais a transportarem equipamentos no meio do público. No hall de entrada dos VIPs, goteiras inundaram o chão. Sem saber como agir, funcionários relatavam por rádio que "banheiros estão sem água".
Alguns dos funcionários ainda tentavam impedir que a imprensa fizesse imagens dos problemas. "Não pode filmar aí", gritou uma colaboradora do governo do Estado. "Vamos subir direto para as cadeiras, emendava outra na direção de um cinegrafista que insistia nas imagens do chão totalmente alagado por goteiras.
O novo Maracanã, fechado para reformas em agosto de 2010, custaria, inicialmente, R$ 705 milhões. No início de 2011, porém, o governo constatou que a estrutura da marquise do estádio estava deteriorada e precisava ser demolida.
A nova intervenção provocou aditivo de 36%. O preço ficou em R$ 787 milhões, divididos em R$ 400 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia(BNDES), mais R$ 250 milhões pelo Corporação Andina de Fomento(CAF), mais R$ 137 milhões pela Caixa Econômica Federal.
Um ano depois do início das obras, O Tribunal de Contas da União apontou sobrepreço de R$ 163,4 milhões no custo, e a reforma foi orçada em R$ 859 milhões. O órgão havia exigido a redução de R$ 97,8 mihões desse sobrepreço.
Com incentivos fiscais concedidos pelo governo, no valor de R$ 84 milhões, o Maracanã passou a custar R$ 775,8 milhões. A Matriz de Responsabilidades, depois, atualizou o valor: R$ 808,4 milhões. Com os recentes aditivos, chegou-se ao custo atual da obra de R$ 1,13 bilhão. Um poço sem fundo.
“Claramente houve, pelas características da obra, quando é recuperado um bem tombado como o Maracanã as necessidades de adaptação são bem maiores do que as de um prédio novo. Novos funcionários tiveram que ser contratados, a arquibancada precisou ser verticalizada.
Em obras, quando você começa, surgem fatores imponderáveis que inesperados, sobretudo em um estádio como o Maracanã, de 60 anos de vida e que sempre teve reformas mambembes” explicou o governador Sérgio Cabral, ao tentar explicar os diversos aditivos, que não significaram obras mais rápidas: o prazo de reabertura do estádio foi de dezembro de 2012 para fevereiro de 2013. Em seguida, para maio de 2013.
O Consórcio Maracanã S.A, composto por Odebrecht, IMX e AEG, oferecerá R$ 181,5 milhões para administrar o estádio pelos próximos 35 anos, muito pouco perto dos R$ 1,13 bilhão investidos pelo poder público no estádio.
Jogo teste já tinha falhas
No dia da abertura do estádio, em jogo entre amigos de Ronaldo e Amigos de Bebeto, problemas podiam ser vistos dentro e fora do estádio. Na entrada da estátua do Bellini, chama atenção o piso irregular das rampas monumentais, onde pequenos desníveis são comuns e até buracos são encontrados no caminho, colocando em risco, sobretudo,pessoas com dificuldades de locomoção.
Nem mesmo os VIPs e a imprensa escaparam. O elevador destinado às equipes de reportagem teve problemas técnicos, obrigando os profissionais a transportarem equipamentos no meio do público. No hall de entrada dos VIPs, goteiras inundaram o chão. Sem saber como agir, funcionários relatavam por rádio que "banheiros estão sem água".
Alguns dos funcionários ainda tentavam impedir que a imprensa fizesse imagens dos problemas. "Não pode filmar aí", gritou uma colaboradora do governo do Estado. "Vamos subir direto para as cadeiras, emendava outra na direção de um cinegrafista que insistia nas imagens do chão totalmente alagado por goteiras.