sexta-feira, 26 de agosto de 2011

BANCOS LEVAM R$ 3,5 MILHÕES POR DIA COM CHEQUE ESPECIAL.

Os bancos no Brasil ganham R$ 3,5 milhões por dia concedendo cheque especial a clientes, segundo dados fornecidos pelo Banco Central e compilados pelo Radar Econômico e pela jornalista Yolanda Fordelone, do blog “No Azul”.

Esse valor corresponde aos juros a que as instituições financeiras cobram dos clientes a dia dia. Não desconta o que o banco perde, por exemplo, com inadimplência ou o que precisa deixar depositado compulsoriamente no BC.

As instituições financeiras cobraram, em média, uma taxa de 188% ao ano por esse tipo de empréstimos, segundo o BC, um percentual que não era visto desde 1999. Por dia, isso dá 0,29%, considerando juros compostos. Os bancos concedem diariamente R$ 1,179 bilhão em empréstimos de cheque especial.

Os juros do cheque especial continuam sendo os mais altos e tornam a modalidade de crédito a mais cara entre as disponíveis no mercado. A taxa para esse tipo de empréstimo atingiu 188% ao ano, segundo divulgou nesta quarta o Banco Central (BC), a maior taxa dos últimos 12 anos. Em abril de 1999, a taxa de juros do cheque especial era de 193,6% ao ano.

A taxa de juros do crédito pessoal caiu pelo 3º mês seguido, atingindo 48,7% ao ano. Os juros para a aquisição de veículos também caíram, chegando ao patamar de 29,5% ao ano em julho. A inadimplência total - levando em consideração as contas de famílias e empresas com atraso superior a 90 dias - teve leve alta entre junho e julho deste ano, passando de 5,1% para 5,2%. O aumento se deve ao aumento da porcentagem de empresas inadimplentes, que passaram de 6,4% para 6,6% de junho para julho. O número de famílias em débito ficou estável pelo terceiro mês seguido, em 3,8%.

O volume de crédito oferecido pelos bancos somou R$ 1,85 trilhão em julho, uma alta de 1,1% em relação a junho. O montante equivale a 47,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - a soma de todas as riquezas produzidas no País. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 19,8% na oferta de crédito. O montante é menor que o registrado nos 12 meses anteriores a junho, que foi de 20%, mas ainda segue fora do padrão considerado "desejável" pelo presidente do BC, Alexandre Tombini. Para o titular da autoridade monetária, o adequado seria uma expansão entre 10% e 15% do volume de crédito num ano.

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