Ora bolas!.. É preciso ter muita paciência e sangue de barata para ouvir isso e ficar calado. Não dá... Além de afirmar sua surpresa com a intensidade das chuvas, admitir que falta drenagem na Via Binário e em muitos bairros da Cidade, pede para que não se saia de casa. Tá bom! E o patrão? Vai perdoar a falta? Não seria mais lógico se dirigir também aos patrões e pedir que abonem as faltas dos seus empregados?
O fato é que as chuvas existem antes do primeiro Ser Humano e até antes da primeira forma de vida em nosso planeta. Chuva não é novidade, sobretudo em uma cidade situada entre o mar e a montanha e que já foi cenário de muitas catástrofes em razão das precipitações pluviométricas.
Os governantes do Rio de Janeiro deveriam, antes de pensar em obras faraônicas que se arrastam por meses a fio, infernizando a vida dos que aqui moram, cuidar das medidas preventivas, limpando bueiros, desobstruindo galerias pluviais, desassoreando rios e córregos, instalando contenções de encostas, recolhendo o lixo para facilitar o fluxo da água.
Se o maior desejo deles é agradar os megaempresários com obras por todo o canto, muitas inexplicáveis, que sua execução tenha um planejamento com etapas de forma a evitar buracos, tapumes e outros obstáculos ao mesmo tempo, na cidade inteira, sem dar chance ou opção para o fluxo do trânsito e para o escoamento das águas. Há muitas vias nas quais foram colocados tal asfalto liso, não tão liso assim, e que taparam os bueiros. Nelas, não há como escoar a água. Quem é o responsável por tamanho absurdo?
As medidas preventivas são simples e só dependem da vontade política. Hoje, com os estudos e os serviços meteorológicos, é possível detectar os locais, os dias e a intensidade das chuvas. Como aceitar que uma autoridade pública afirme ter sido apanhada de surpresa com as chuvas de hoje? E se as obras da Via Binário foram inauguradas, como é possível a autoridade afirmar que o sistema de drenagem não está pronto. Ao que se sabe, a drenagem deve fazer parte da infraestrutura de qualquer obra. Que surpresa é essa? Então, não inaugurasse...
A verdade é que as intervenções simples e que são muito eficazes e benéficas para diminuir o sofrimento da população não dão Mídia, não estão no perfil do governador nem do prefeito do Rio que gostam de holofotes e entrevistas pirotécnicas. Acrescente-se que os megaempresários precisam da contrapartida. Não seriam essas intervenções pequenas e eficazes que lhes trariam o lucro desejado para engordar, ainda mais, as suas contas bancárias aqui e nos paraísos fiscais. Diz o ditado popular: "por trás de muitas obras, há muita corrupção". Será?...
A ânsia desmedida de agradar os " parceiros" megaempresários faz com que as autoridades se esqueçam das práticas miúdas, mas que têm elevado valor social, como tratar do trânsito, cuidar das escolas, aparelhar e fazer funcionar as unidades de saúde, despoluir os rios, as lagoas e outros ecossistemas, gerar emprego e renda, conservar as vias públicas e a sua iluminação, promover política habitacional, promover segurança pública de verdade, desenvolver política pública para tratamento dos drogados e, como vimos agora, evitar enchentes e os seus desdobramentos.
O fato é que as chuvas existem antes do primeiro Ser Humano e até antes da primeira forma de vida em nosso planeta. Chuva não é novidade, sobretudo em uma cidade situada entre o mar e a montanha e que já foi cenário de muitas catástrofes em razão das precipitações pluviométricas.
Os governantes do Rio de Janeiro deveriam, antes de pensar em obras faraônicas que se arrastam por meses a fio, infernizando a vida dos que aqui moram, cuidar das medidas preventivas, limpando bueiros, desobstruindo galerias pluviais, desassoreando rios e córregos, instalando contenções de encostas, recolhendo o lixo para facilitar o fluxo da água.
Se o maior desejo deles é agradar os megaempresários com obras por todo o canto, muitas inexplicáveis, que sua execução tenha um planejamento com etapas de forma a evitar buracos, tapumes e outros obstáculos ao mesmo tempo, na cidade inteira, sem dar chance ou opção para o fluxo do trânsito e para o escoamento das águas. Há muitas vias nas quais foram colocados tal asfalto liso, não tão liso assim, e que taparam os bueiros. Nelas, não há como escoar a água. Quem é o responsável por tamanho absurdo?
As medidas preventivas são simples e só dependem da vontade política. Hoje, com os estudos e os serviços meteorológicos, é possível detectar os locais, os dias e a intensidade das chuvas. Como aceitar que uma autoridade pública afirme ter sido apanhada de surpresa com as chuvas de hoje? E se as obras da Via Binário foram inauguradas, como é possível a autoridade afirmar que o sistema de drenagem não está pronto. Ao que se sabe, a drenagem deve fazer parte da infraestrutura de qualquer obra. Que surpresa é essa? Então, não inaugurasse...
A verdade é que as intervenções simples e que são muito eficazes e benéficas para diminuir o sofrimento da população não dão Mídia, não estão no perfil do governador nem do prefeito do Rio que gostam de holofotes e entrevistas pirotécnicas. Acrescente-se que os megaempresários precisam da contrapartida. Não seriam essas intervenções pequenas e eficazes que lhes trariam o lucro desejado para engordar, ainda mais, as suas contas bancárias aqui e nos paraísos fiscais. Diz o ditado popular: "por trás de muitas obras, há muita corrupção". Será?...
A ânsia desmedida de agradar os " parceiros" megaempresários faz com que as autoridades se esqueçam das práticas miúdas, mas que têm elevado valor social, como tratar do trânsito, cuidar das escolas, aparelhar e fazer funcionar as unidades de saúde, despoluir os rios, as lagoas e outros ecossistemas, gerar emprego e renda, conservar as vias públicas e a sua iluminação, promover política habitacional, promover segurança pública de verdade, desenvolver política pública para tratamento dos drogados e, como vimos agora, evitar enchentes e os seus desdobramentos.